Trump anuncia intervenção federal na segurança de Washington, controlada por democrata
Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anuncia envio de Guarda Nacional em Washington D.C. em 11 de agosto de 2025. REUTERS/Jonathan Ernst O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou nesta segunda-feira (11) uma intervenção federal na segurança de Washington D.C., sob a justificativa de combater a violência na capital e buscar retirar os sem-teto e os criminosos da cidade. Trump afirmou que há uma "trágica emergência de segurança" na capital dos EUA, e para isso disse que enviará cerca de 800 tropas da Guarda Nacional e controlará a polícia da cidade. ✅ Clique aqui para seguir o canal de notícias internacionais do g1 no WhatsApp Em coletiva na Casa Branca, o presidente americano afirmou que a taxa de homicídios em Washington D.C. é maior do que em alguns dos piores lugares do mundo. No entanto, apesar da cidade ter problemas de violência armada e criminalidade, o crime em geral está em queda na capital e atingiu em 2024 o menor nível dos últimos 30 anos, segundo dados de segurança pública dos EUA. Já o crime violento, que Trump citou diversas vezes, caiu 26%, segundo o Departamento de Polícia local. Washington D.C. fica no distrito de Colúmbia, região administrativa dos EUA que funciona sob regime especial. A prefeita de Colúmbia, Muriel Bowser, uma democrata, nega a emergência citada por Trump, reiterando que a criminalidade no distrito caiu desde 2023. Bowser é a principal autoridade executiva da cidade e exerce funções equivalentes às de governadora. A medida de Trump é interpretada pelos jornais dos EUA como "uma medida extraordinária de uso do poder federal", que pode expor os moradores da capital do país a encontros imprevisíveis com uma força militar mobilizada internamente. ➡️ A Guarda Nacional é uma força híbrida vinculada ao Exército dos EUA, com função estadual e federal. Normalmente opera sob comando dos estados, com financiamento dos governos locais. Às vezes, os soldados são enviados para missões federais, ainda sob comando estadual, mas com recursos federais. No domingo (10), Trump pediu que as pessoas em situação de rua deixem Washington D.C. "imediatamente", garantindo que o governo lhes ofereceria abrigo "longe" da capital do país. O republicano voltou a tocar no assunto nesta segunda, e disse que a cidade será "libertada". "Washington, D.C. será LIBERTADA hoje! O crime, a selvageria, a imundice e a escória vão DESAPARECER. Eu vou TORNAR NOSSA CAPITAL GRANDE NOVAMENTE! Os dias de matar ou ferir brutalmente pessoas inocentes ACABARAM! Consertei rapidamente a fronteira (ZERO IMIGRANTES ILEGAIS nos últimos 3 meses!), D.C. é a próxima!!!", afirmou Trump em publicação na rede social Truth Social nesta segunda-feira. Trump disse que apresentou seu plano para tornar a cidade "mais segura e bonita do que nunca" durante coletiva de imprensa na Casa Branca nesta segunda-feira. O anúncio de tropas da Guarda Nacional foi adiantado por diversos veículos da imprensa dos EUA, e falam que entre 800 e mil soldados podem ser enviados ao Distrito de Colúmbia —onde fica Washington D.C. Trump quer retirar pessoas sem-teto de Washington D.C. Segundo o relatório anual do Departamento de Habitação, em 2024, Washington D.C. tinha mais de 5,6 mil pessoas em situação de rua, ocupando o 15º lugar entre as principais cidades dos Estados Unidos nesse aspecto. Desde que voltou à Casa Branca, em janeiro, Trump enviou mais de duas mil tropas da Guarda Nacional a Los Angeles para conter protestos contra suas políticas anti-imigração. Cada designação do tipo deve ser feita em coordenação com o governo estadual, porém, nesse caso o envio ocorreu contra a vontade do governador, Gavin Newsom. Durante seu segundo mandato, Trump já ameaçou várias vezes colocar Washington D.C., que possui um estatuto especial, sob controle federal. LEIA TAMBÉM: Quais eram as 'leis da feiura', regras usadas pelos EUA para criminalizar e perseguir pobres e pessoas com deficiência Morte de Miguel Uribe, pré-candidato presidencial da Colômbia: onda de atentados revive fantasma da violência política dos anos 90 Netanyahu e Trump discutem planos de ofensiva de Israel em Gaza Policiais falam com um homem sem-teto que se recusa a sair da McPherson Square, em Washington, em fevereiro de 2023, após policiais retirarem um acampamento de pessoas em condição de rua Brendan Smialowski/AFP


Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anuncia envio de Guarda Nacional em Washington D.C. em 11 de agosto de 2025. REUTERS/Jonathan Ernst O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou nesta segunda-feira (11) uma intervenção federal na segurança de Washington D.C., sob a justificativa de combater a violência na capital e buscar retirar os sem-teto e os criminosos da cidade. Trump afirmou que há uma "trágica emergência de segurança" na capital dos EUA, e para isso disse que enviará cerca de 800 tropas da Guarda Nacional e controlará a polícia da cidade. ✅ Clique aqui para seguir o canal de notícias internacionais do g1 no WhatsApp Em coletiva na Casa Branca, o presidente americano afirmou que a taxa de homicídios em Washington D.C. é maior do que em alguns dos piores lugares do mundo. No entanto, apesar da cidade ter problemas de violência armada e criminalidade, o crime em geral está em queda na capital e atingiu em 2024 o menor nível dos últimos 30 anos, segundo dados de segurança pública dos EUA. Já o crime violento, que Trump citou diversas vezes, caiu 26%, segundo o Departamento de Polícia local. Washington D.C. fica no distrito de Colúmbia, região administrativa dos EUA que funciona sob regime especial. A prefeita de Colúmbia, Muriel Bowser, uma democrata, nega a emergência citada por Trump, reiterando que a criminalidade no distrito caiu desde 2023. Bowser é a principal autoridade executiva da cidade e exerce funções equivalentes às de governadora. A medida de Trump é interpretada pelos jornais dos EUA como "uma medida extraordinária de uso do poder federal", que pode expor os moradores da capital do país a encontros imprevisíveis com uma força militar mobilizada internamente. ➡️ A Guarda Nacional é uma força híbrida vinculada ao Exército dos EUA, com função estadual e federal. Normalmente opera sob comando dos estados, com financiamento dos governos locais. Às vezes, os soldados são enviados para missões federais, ainda sob comando estadual, mas com recursos federais. No domingo (10), Trump pediu que as pessoas em situação de rua deixem Washington D.C. "imediatamente", garantindo que o governo lhes ofereceria abrigo "longe" da capital do país. O republicano voltou a tocar no assunto nesta segunda, e disse que a cidade será "libertada". "Washington, D.C. será LIBERTADA hoje! O crime, a selvageria, a imundice e a escória vão DESAPARECER. Eu vou TORNAR NOSSA CAPITAL GRANDE NOVAMENTE! Os dias de matar ou ferir brutalmente pessoas inocentes ACABARAM! Consertei rapidamente a fronteira (ZERO IMIGRANTES ILEGAIS nos últimos 3 meses!), D.C. é a próxima!!!", afirmou Trump em publicação na rede social Truth Social nesta segunda-feira. Trump disse que apresentou seu plano para tornar a cidade "mais segura e bonita do que nunca" durante coletiva de imprensa na Casa Branca nesta segunda-feira. O anúncio de tropas da Guarda Nacional foi adiantado por diversos veículos da imprensa dos EUA, e falam que entre 800 e mil soldados podem ser enviados ao Distrito de Colúmbia —onde fica Washington D.C. Trump quer retirar pessoas sem-teto de Washington D.C. Segundo o relatório anual do Departamento de Habitação, em 2024, Washington D.C. tinha mais de 5,6 mil pessoas em situação de rua, ocupando o 15º lugar entre as principais cidades dos Estados Unidos nesse aspecto. Desde que voltou à Casa Branca, em janeiro, Trump enviou mais de duas mil tropas da Guarda Nacional a Los Angeles para conter protestos contra suas políticas anti-imigração. Cada designação do tipo deve ser feita em coordenação com o governo estadual, porém, nesse caso o envio ocorreu contra a vontade do governador, Gavin Newsom. Durante seu segundo mandato, Trump já ameaçou várias vezes colocar Washington D.C., que possui um estatuto especial, sob controle federal. LEIA TAMBÉM: Quais eram as 'leis da feiura', regras usadas pelos EUA para criminalizar e perseguir pobres e pessoas com deficiência Morte de Miguel Uribe, pré-candidato presidencial da Colômbia: onda de atentados revive fantasma da violência política dos anos 90 Netanyahu e Trump discutem planos de ofensiva de Israel em Gaza Policiais falam com um homem sem-teto que se recusa a sair da McPherson Square, em Washington, em fevereiro de 2023, após policiais retirarem um acampamento de pessoas em condição de rua Brendan Smialowski/AFP
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