Trump chama Lula de 'muito vigoroso' e diz que reunião sobre tarifas foi 'muito boa'

Após encontro, Trump chama Lula de 'vigoroso' O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, elogiou novamente o presidente Lula nesta segunda-feira (27) ao chamá-lo de "muito vigoroso e impressionante" e chamou de "muito boa" a reunião que os dois tiveram para tratar questões comerciais. Trump também desejou os parabéns a Lula, que completou 80 anos nesta segunda. ✅ Clique aqui para seguir o canal de notícias internacionais do g1 no WhatsApp “Tivemos uma reunião muito boa, vamos ver o que acontece. Não sei se alguma coisa vai acontecer, mas veremos. Eles gostariam de fazer um acordo. Vamos ver, agora mesmo eles estão pagando, acho que 50% de tarifa. E quero desejar feliz aniversário ao presidente, hoje é o aniversário dele. Ele é um cara muito vigoroso, na verdade, e foi muito impressionante”, afirmou Trump a repórteres antes de embarcar para o Japão. A fala de Trump ocorre após uma reunião com o presidente Lula no domingo (26), em Kuala Lampur, na Malásia, que marcou um novo passo das negociações comerciais entre os dois países em busca de uma resolução às tarifas de 50% impostas pelos EUA a produtos brasileiros. Lula também demonstrou otimismo com o resultado da reunião e afirmou na madrugada desta segunda-feira que "se depender dele e de Trump, vai ter acordo". O presidente brasileiro também disse ter tido a impressão de que logo não haverá mais problema entre o Brasil e os EUA. Esta foi a primeira vez que os líderes se encontraram oficialmente para conversar sobre as tarifas. As negociações comerciais entre representantes brasileiros e americanos iniciaram logo após o encontro. Durante o encontro, Lula e Trump também conversaram sobre outros assuntos, como Bolsonaro, a China e a crise entre EUA e Venezuela. Leia mais sobre o encontro abaixo. Veja aqui perguntas e respostas sobre o que ocorreu no encontro entre Lula e Trump. Encontro entre Lula e Trump residente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, durante Encontro com o Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, durante o 47ª Cúpula da Associação de Nações do Sudeste Asiático - ASEAN em Kuala Lampur, Malásia. Ricardo Stuckert/Presidência da República A reunião entre Lula e Trump, ocorrida no domingo (26), marcou um novo passo das negociações entre os dois países, por consolidar uma aproximação entre os presidentes, que já teve um encontro breve nos corredores da Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU), em setembro, e uma ligação telefônica já em outubro. Durante o encontro, Lula afirmou que o Brasil tem um déficit comercial com os EUA, e não o contrário, o que não justifica a aplicação das tarifas comerciais de 50% a produtos brasileiros feita por Trump em julho. Segundo o ministro das relações exteriores do Brasil, Mauro Vieira, Lula voltou a pedir a suspensão das tarifas durante o período de negociação. Após a reunião, o presidente Lula disse que a reunião com Trump foi "surpreendentemente boa", impressão ecoada por membros de sua equipe como o ministro Mauro Vieira. Lula acrescentou que, a depender do desenrolar da situação, já vai "importunar [Trump] com um telefonema direto" na próxima semana. Lula disse reconhecer ser um direito de um presidente aplicar taxas quando acredita que a indústria nacional está sendo prejudicada, porém não era o caso do que Trump fez. "O que não pode é acontecer o que aconteceu com o Brasil, com base em informações equivocadas, tomar uma decisão de taxar o Brasil em 50%. Ele sabe disso porque eu tive a oportunidade de dizer [a ele]. Agora não tem mais intermediário" "Se depender do Trump e de mim, vai ter acordo", diz Lula após reunião na Malásia Conversa sobre Bolsonaro Além de tratarem sobre o tarifaço, Lula disse que eles conversaram sobre o julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro. "Eu disse para ele que o julgamento [de Bolsonaro] foi muito sério, com provas muito contundentes", afirmou. Segundo Lula, o presidente norte-americano sabe que "Bolsonaro faz parte do passado da política brasileira". Segundo a apresentadora da GloboNews Andréia Sadi, o entorno de Jair Bolsonaro encarou a reunião entre Lula e Trump como uma derrota. Isso porque Lula ocupou o espaço de interlocutor do Brasil com o presidente americano – espaço esse antes ocupado primordialmente por Eduardo. Discussão sobre a Venezuela Sobre a tensão dos EUA com a Venezuela, Lula disse que demonstrou preocupação com o agravamento da situação e afirmou que é extremamente importante levar em consideração a experiência que o Brasil tem como potência na América do Sul para ser mediador na relação entre os países. O presidente brasileiro se colocou à disposição para ajudar, caso necessário, em futuras negociações. "Nós queremos manter a América do Sul como zona de paz. Nós não queremos trazer os conflitos de outras regiões para o nosso continente", defendeu. Lula fala após encontro com Trump na Malásia REUTERS/Edgar Su 'Não aceitamos uma nova Guerra Fria' Perguntado sobre como as tarifas impostas a diversos países pelos EUA poderiam

Oct 27, 2025 - 08:30
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Trump chama Lula de 'muito vigoroso' e diz que reunião sobre tarifas foi 'muito boa'

Após encontro, Trump chama Lula de 'vigoroso' O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, elogiou novamente o presidente Lula nesta segunda-feira (27) ao chamá-lo de "muito vigoroso e impressionante" e chamou de "muito boa" a reunião que os dois tiveram para tratar questões comerciais. Trump também desejou os parabéns a Lula, que completou 80 anos nesta segunda. ✅ Clique aqui para seguir o canal de notícias internacionais do g1 no WhatsApp “Tivemos uma reunião muito boa, vamos ver o que acontece. Não sei se alguma coisa vai acontecer, mas veremos. Eles gostariam de fazer um acordo. Vamos ver, agora mesmo eles estão pagando, acho que 50% de tarifa. E quero desejar feliz aniversário ao presidente, hoje é o aniversário dele. Ele é um cara muito vigoroso, na verdade, e foi muito impressionante”, afirmou Trump a repórteres antes de embarcar para o Japão. A fala de Trump ocorre após uma reunião com o presidente Lula no domingo (26), em Kuala Lampur, na Malásia, que marcou um novo passo das negociações comerciais entre os dois países em busca de uma resolução às tarifas de 50% impostas pelos EUA a produtos brasileiros. Lula também demonstrou otimismo com o resultado da reunião e afirmou na madrugada desta segunda-feira que "se depender dele e de Trump, vai ter acordo". O presidente brasileiro também disse ter tido a impressão de que logo não haverá mais problema entre o Brasil e os EUA. Esta foi a primeira vez que os líderes se encontraram oficialmente para conversar sobre as tarifas. As negociações comerciais entre representantes brasileiros e americanos iniciaram logo após o encontro. Durante o encontro, Lula e Trump também conversaram sobre outros assuntos, como Bolsonaro, a China e a crise entre EUA e Venezuela. Leia mais sobre o encontro abaixo. Veja aqui perguntas e respostas sobre o que ocorreu no encontro entre Lula e Trump. Encontro entre Lula e Trump residente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, durante Encontro com o Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, durante o 47ª Cúpula da Associação de Nações do Sudeste Asiático - ASEAN em Kuala Lampur, Malásia. Ricardo Stuckert/Presidência da República A reunião entre Lula e Trump, ocorrida no domingo (26), marcou um novo passo das negociações entre os dois países, por consolidar uma aproximação entre os presidentes, que já teve um encontro breve nos corredores da Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU), em setembro, e uma ligação telefônica já em outubro. Durante o encontro, Lula afirmou que o Brasil tem um déficit comercial com os EUA, e não o contrário, o que não justifica a aplicação das tarifas comerciais de 50% a produtos brasileiros feita por Trump em julho. Segundo o ministro das relações exteriores do Brasil, Mauro Vieira, Lula voltou a pedir a suspensão das tarifas durante o período de negociação. Após a reunião, o presidente Lula disse que a reunião com Trump foi "surpreendentemente boa", impressão ecoada por membros de sua equipe como o ministro Mauro Vieira. Lula acrescentou que, a depender do desenrolar da situação, já vai "importunar [Trump] com um telefonema direto" na próxima semana. Lula disse reconhecer ser um direito de um presidente aplicar taxas quando acredita que a indústria nacional está sendo prejudicada, porém não era o caso do que Trump fez. "O que não pode é acontecer o que aconteceu com o Brasil, com base em informações equivocadas, tomar uma decisão de taxar o Brasil em 50%. Ele sabe disso porque eu tive a oportunidade de dizer [a ele]. Agora não tem mais intermediário" "Se depender do Trump e de mim, vai ter acordo", diz Lula após reunião na Malásia Conversa sobre Bolsonaro Além de tratarem sobre o tarifaço, Lula disse que eles conversaram sobre o julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro. "Eu disse para ele que o julgamento [de Bolsonaro] foi muito sério, com provas muito contundentes", afirmou. Segundo Lula, o presidente norte-americano sabe que "Bolsonaro faz parte do passado da política brasileira". Segundo a apresentadora da GloboNews Andréia Sadi, o entorno de Jair Bolsonaro encarou a reunião entre Lula e Trump como uma derrota. Isso porque Lula ocupou o espaço de interlocutor do Brasil com o presidente americano – espaço esse antes ocupado primordialmente por Eduardo. Discussão sobre a Venezuela Sobre a tensão dos EUA com a Venezuela, Lula disse que demonstrou preocupação com o agravamento da situação e afirmou que é extremamente importante levar em consideração a experiência que o Brasil tem como potência na América do Sul para ser mediador na relação entre os países. O presidente brasileiro se colocou à disposição para ajudar, caso necessário, em futuras negociações. "Nós queremos manter a América do Sul como zona de paz. Nós não queremos trazer os conflitos de outras regiões para o nosso continente", defendeu. Lula fala após encontro com Trump na Malásia REUTERS/Edgar Su 'Não aceitamos uma nova Guerra Fria' Perguntado sobre como as tarifas impostas a diversos países pelos EUA poderiam reorganizar a ordem mundial, com a China desempenhando um importante papel, Lula afirmou que o Brasil não tem preferência entre países e deseja manter uma boa relação comercial com todas as nações. "Nós não aceitamos uma nova Guerra Fria que durante 50 anos permeou a vida da humanidade entre Estados Unidos e Rússia", comentou. Ele ainda destacou a relação comercial com a China e ressaltou a importância do Brasil não depender exclusivamente de um país em suas trocas comerciais. Quais os próximos passos? Os presidentes dos Estados Unidos, Donald Trump, e do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), falam com jornalistas antes de reunião em Kuala Lumpur. Evelyn Hockstein/Reuters Início das negociações bilaterais e suspensão de tarifas O encontro entre as equipes de Trump e Lula marca o início do período de negociação bilateral após a conversa entre os dois presidentes. "Esse será o primeiro passo do processo negociador, o encontro com os três membros da delegação americana [...]. E vamos estabelecer um cronograma de negociação e estabelecer os setores sobre os quais vamos conversar para que possamos avançar", disse o chanceler Mauro Vieira. Ainda de acordo com o ministro, o Brasil também deve pedir a suspensão das tarifas impostas pelos EUA durante o período de negociação. Não há, no entanto, previsão de se e quando as taxas devem ser suspensas. "Esperamos em pouco tempo agora, em algumas semanas, concluir uma negociação bilateral que trate de cada um dos setores da atual tributação americana ao Brasil", disse Vieira, destacando que Lula está disposto a conversar sobre "todos os setores e áreas de comércio bilateral, e também sobre a questão de minerais críticos e terras raras". Interlocução com a Venezuela Segundo Vieira, Trump teria agradecido e concordado com a proposta de Lula, de servir como um interlocutor para o diálogo entre os EUA e a Venezuela. O ministro, no entanto, não detalhou de que forma ou quando essa intermediação poderia acontecer. Trump no Brasil e Lula nos EUA Vieira também afirmou que houve um entendimento entre os dois presidentes sobre a necessidade de visitas recíprocas. "O presidente Trump quer ir ao Brasil e o presidente Lula aceitou também, disse que irá com prazer aos Estados Unidos no futuro", disse o ministro, sem dar mais detalhes de quando as visitas devem acontecer. Veja a íntegra da conversa de Lula e Trump com jornalistas Veja na íntegra conversa de Lula e Trump com jornalistas antes de reunião na Malásia

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