Trump cobra do governo Trump compensação equivalente a R$ 1,2 bilhão por investigações contra ele, diz jornal
Trump começa reforma na Casa Branca para criar salão de baile O presidente dos EUA, Donald Trump, está cobrando US$ 230 milhões (o equivalente a R$ 1,238 milhão) do Departamento de Justiça em compensação pelas investigações federais que o tinham como alvo durante o governo anterior, do democrata Joe Biden. As informações são do jornal "The New York Times", o qual afirma que "a situação não tem paralelo na história dos EUA". Especialistas entrevistados pela reportagem apontam também que a situação impõe graves dilemas éticos, já que os funcionários do Departamento de Justiça que teriam de aprovar tais pagamentos foram indicados por Trump ou por seus aliados, e muitos deles trabalharam como advogados de defesa do presidente antes de ele voltar à Casa Branca. Trump busca ressarcimento por supostas violações contra seus direitos em duas investigações conduzidas durante governo Biden, segundo o "Times". Uma delas tem relação com as suspeitas de interferência da Rússia nas eleições presidenciais americanas de 2016, a primeira vencida por Trump. Donald Trump em pronunciamento na Casa Branca, em 15 de outubro de 2025 ANDREW CABALLERO-REYNOLDS / AFP O relatório do procurador especial Robert Mueller concluiu que não há provas de que Trump cometeu o crime de conspiração, associando-se a Moscou — mas não o isenta da possibilidade de ter cometido outro crime, o de obstrução de justiça. Trump não chegou a ser acusado. O outro caso tem relação com uma operação de busca e apreensão conduzida pelo FBI em sua residência em Mar-a-Lago, na Flórida, em 2022. Na época, os agentes recolherem mais de 20 caixas com mais de 100 documentos com marcações de "confidencial" a "ultra secreto" em depósitos e até em um banheiro do local. Todas as investigações contra Trump foram encerradas pela Justiça dos EUA após o seu retorno à Casa Branca. Imagem contida em um relatório apresentado em 30 de agosto de 2022 pelo Departamento de Justiça, e editado em parte pelo FBI, mostra documentos apreendidos durante a busca em 8 de agosto na propriedade do ex-presidente Donald Trump em Mar-a-Lago , na Flórida. AP/Jon Elswick Segundo funcionários do Departamento de Justiça que falaram com a reportagem do "Times" sob anonimato, Trump também acusa a pasta, sob o governo Biden, de perseguição ao acusá-lo de manipulação indevida de documentos oficiais após deixar a Presidência. Trump apresentou um requerimento administrativo, que é uma reclamação feita a um órgão do governo. Caso a reivindicação não seja atendida, ou não haja um acordo, o cidadão pode entrar com um processo na Justiça. No último dia 15, durante uma solenidade no Salão Oval, Trump fez referência à situação: “Tenho um processo que estava indo muito bem, e quando me tornei presidente, pensei: vou me processar. Não sei como resolver o processo, vou dizer: Me deem X dólares, e não sei o que fazer com o processo”, disse. "Parece meio ruim, vou processar a mim mesmo, certo? Então, não sei. Mas foi um processo muito forte, muito poderoso", completou. Conflito ético "O conflito ético é tão básico e fundamental que não é preciso um professor de direito para explicá-lo", disse ao jornal americano o professor de ética Bennett L. Gershman, da universidade Pace. "E então ter pessoas no Departamento de Justiça decidindo se sua reivindicação deve ser bem-sucedida ou não, e essas são as pessoas que reportam a ele decidindo se ele ganha ou perde. É bizarro e quase absurdo demais para acreditar."


Trump começa reforma na Casa Branca para criar salão de baile O presidente dos EUA, Donald Trump, está cobrando US$ 230 milhões (o equivalente a R$ 1,238 milhão) do Departamento de Justiça em compensação pelas investigações federais que o tinham como alvo durante o governo anterior, do democrata Joe Biden. As informações são do jornal "The New York Times", o qual afirma que "a situação não tem paralelo na história dos EUA". Especialistas entrevistados pela reportagem apontam também que a situação impõe graves dilemas éticos, já que os funcionários do Departamento de Justiça que teriam de aprovar tais pagamentos foram indicados por Trump ou por seus aliados, e muitos deles trabalharam como advogados de defesa do presidente antes de ele voltar à Casa Branca. Trump busca ressarcimento por supostas violações contra seus direitos em duas investigações conduzidas durante governo Biden, segundo o "Times". Uma delas tem relação com as suspeitas de interferência da Rússia nas eleições presidenciais americanas de 2016, a primeira vencida por Trump. Donald Trump em pronunciamento na Casa Branca, em 15 de outubro de 2025 ANDREW CABALLERO-REYNOLDS / AFP O relatório do procurador especial Robert Mueller concluiu que não há provas de que Trump cometeu o crime de conspiração, associando-se a Moscou — mas não o isenta da possibilidade de ter cometido outro crime, o de obstrução de justiça. Trump não chegou a ser acusado. O outro caso tem relação com uma operação de busca e apreensão conduzida pelo FBI em sua residência em Mar-a-Lago, na Flórida, em 2022. Na época, os agentes recolherem mais de 20 caixas com mais de 100 documentos com marcações de "confidencial" a "ultra secreto" em depósitos e até em um banheiro do local. Todas as investigações contra Trump foram encerradas pela Justiça dos EUA após o seu retorno à Casa Branca. Imagem contida em um relatório apresentado em 30 de agosto de 2022 pelo Departamento de Justiça, e editado em parte pelo FBI, mostra documentos apreendidos durante a busca em 8 de agosto na propriedade do ex-presidente Donald Trump em Mar-a-Lago , na Flórida. AP/Jon Elswick Segundo funcionários do Departamento de Justiça que falaram com a reportagem do "Times" sob anonimato, Trump também acusa a pasta, sob o governo Biden, de perseguição ao acusá-lo de manipulação indevida de documentos oficiais após deixar a Presidência. Trump apresentou um requerimento administrativo, que é uma reclamação feita a um órgão do governo. Caso a reivindicação não seja atendida, ou não haja um acordo, o cidadão pode entrar com um processo na Justiça. No último dia 15, durante uma solenidade no Salão Oval, Trump fez referência à situação: “Tenho um processo que estava indo muito bem, e quando me tornei presidente, pensei: vou me processar. Não sei como resolver o processo, vou dizer: Me deem X dólares, e não sei o que fazer com o processo”, disse. "Parece meio ruim, vou processar a mim mesmo, certo? Então, não sei. Mas foi um processo muito forte, muito poderoso", completou. Conflito ético "O conflito ético é tão básico e fundamental que não é preciso um professor de direito para explicá-lo", disse ao jornal americano o professor de ética Bennett L. Gershman, da universidade Pace. "E então ter pessoas no Departamento de Justiça decidindo se sua reivindicação deve ser bem-sucedida ou não, e essas são as pessoas que reportam a ele decidindo se ele ganha ou perde. É bizarro e quase absurdo demais para acreditar."
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