Trump diz que EUA vão ficar com petróleo e navios venezuelanos
Ao anunciar os "navios mais letais da história dos EUA", Donald Trump ameaça Maduro e afirma que ficará com petróleo e navios venezuelanos
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou nesta segunda-feira (22/12) que o governo norte-americano vai manter sob seu controle os 1,9 milhão de barris de petróleo apreendidos em um navio-tanque na costa da Venezuela.
“Vamos ficar com ele. Vamos ficar com os navios também”, disse Trump, ao comentar a apreensão da carga ligada ao governo venezuelano.
Novas interceptações
- Nesse domingo (21/12), agências internacionais noticiaram que os Estados Unidos interceptaram um terceiro navio petroleiro próximo à costa da Venezuela.
- Se confirmada, esta será a terceira interceptação de um petroleiro ligado à Venezuela em pouco mais de 10 dias.
- No sábado (20/12), os EUA apreenderam o navio Centuries e, em 10 de dezembro, o petroleiro Skipper. As ações fazem parte da estratégia anunciada por Trump de impor um “bloqueio total” a embarcações sujeitas a sanções que entrem ou saiam de portos venezuelanos.
- Nicolás Maduro reagiu afirmando que a Venezuela enfrenta uma “campanha de agressão de terrorismo psicológico e corsários que assaltaram petroleiros”.
- O chavista disse ainda que o país está preparado para “acelerar a marcha da Revolução profunda”.
Segundo o republicano, a medida faz parte de uma estratégia mais ampla de pressão econômica contra o regime de Nicolás Maduro, especialmente sobre as receitas do petróleo, principal fonte de recursos do país sul-americano.
A Venezuela afirma que os EUA sequestraram cerca de 4 milhões de barris de petróleo venezuelano após a apreensão de dois navios petroleiros no Caribe.
A informação foi confirmada pelo chanceler venezuelano Yván Gil em pronunciamento na TV estatal. “Em dezembro de 2025, os Estados Unidos procederam ao sequestro e ao roubo de dois navios em alto-mar que continham aproximadamente 4 milhões de barris de petróleo venezuelano e anunciaram um bloqueio naval absoluto contra os petroleiros que transportavam a energia venezuelana”.
Trump afirmou ainda que já conversou com empresas petrolíferas americanas sobre o cenário de um eventual governo pós-Maduro e os impactos que uma mudança política na Venezuela poderia ter para os negócios do setor energético. O republicano não deu detalhes sobre acordos ou negociações em andamento.
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Presidente da Venezuela, Nicólas MaduroJesus Vargas/Getty Imagens
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“Ele pode fazer o que quiser”, disse Trump. “Se ele bancar o durão, será a última vez que ele poderá bancar o durão.”
As declarações ocorrem em um contexto de ampliação das operações navais dos EUA no Caribe, incluindo interceptações recentes de petroleiros ligados à Venezuela.
A gestão Trump tem defendido as ações como parte do cumprimento de sanções internacionais, enquanto Caracas acusa Washington de pirataria e agressão econômica.
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