Trump diz que Israel deve parar ataques em Gaza 'imediatamente' após resposta do Hamas: 'Prontos para paz duradoura'

Hamas diz que aceita libertar todos os reféns em resposta a plano de Trump O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, disse que Israel deve parar "imediatamente" sua ofensiva na Faixa de Gaza e comemorou a resposta dada pelo grupo terrorista Hamas, que aceitou devolver todos os reféns israelenses. ✅ Clique aqui para seguir o canal de notícias internacionais do g1 no WhatsApp Em um post na rede Truth Social, Trump disse acreditar que o acordo de paz, se fechado agora, resultará não só em um cessar-fogo na guerra de Gaza, mas em paz para o Oriente Médio. "Com base na declaração recém-emitida pelo Hamas, acredito que eles estão prontos para uma paz duradoura. Israel deve interromper imediatamente o bombardeio de Gaza, para que possamos resgatar os reféns com segurança e rapidez. Neste momento, é perigoso demais fazer isso. Já estamos discutindo detalhes a serem acertados. Não se trata apenas de Gaza, trata-se da paz há muito almejada no Oriente Médio", escreveu. Trump pede pra Israel parar imediatamente bombardeios em Gaza. Reprodução/Truth Social A resposta do Hamas O grupo terrorista Hamas afirmou nesta sexta-feira (3) que concorda em liberar todos os reféns israelenses, vivos ou mortos, sob os termos da proposta de cessar-fogo apresentada pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. O anúncio foi feito horas depois de Trump dar um ultimato ao Hamas. Em uma rede social, o presidente americano disse que o grupo teria até domingo (5) para aceitar a proposta, sob pena de enfrentar um “inferno total”. Em comunicado, o Hamas sinalizou disposição para entrar imediatamente em negociações para discutir os detalhes do acordo. Isso não significa, porém, que o grupo tenha aceitado integralmente o plano da Casa Branca. O plano apresentado pelos Estados Unidos prevê que o Hamas não participe de um novo governo na Faixa de Gaza. Ainda segundo a proposta, todos os membros do grupo terrorista poderão ser anistiados, desde que entreguem as armas e aceitem em conviver de forma pacífica com Israel. Veja os detalhes do plano mais abaixo. O Hamas ainda mantém mais de 40 reféns sequestrados no dia 7 de outubro de 2023, durante o atentado terrorista contra Israel que resultou no início da guerra. Parte das vítimas está morta. O grupo informou que aceita entregar o governo da Faixa de Gaza a um órgão independente formado por tecnocratas palestinos, “com base no consenso nacional palestino e no apoio árabe e islâmico”. "Quanto às demais questões apresentadas na proposta do presidente Trump que dizem respeito ao futuro da Faixa de Gaza e aos direitos legítimos do povo palestino, isso está vinculado a uma posição nacional unificada e fundamentada nas leis e resoluções internacionais pertinentes, a ser discutida em um quadro nacional palestino amplo, do qual o Hamas fará parte e contribuirá com plena responsabilidade", diz o texto. O Hamas afirmou ainda que valoriza os esforços de países árabes e islâmicos, além do presidente Trump, para pôr fim à guerra na Faixa de Gaza. A proposta Abu Ubaida, porta-voz do Hamas, em foto de arquivo de novembro de 2019 REUTERS/Ibraheem Abu Mustafa Na segunda-feira (29), a Casa Branca apresentou um plano com 20 pontos para encerrar a guerra na Faixa de Gaza imediatamente. A proposta prevê o território como uma zona livre de grupos armados. Integrantes do Hamas podem receber anistia, desde que entreguem suas armas e se comprometam com a convivência pacífica. Se o plano for implementado, Gaza passaria a ser governada por um comitê formado por palestinos tecnocratas e especialistas internacionais. O grupo atuaria sob supervisão de um novo órgão chamado "Conselho da Paz", que seria presidido por Trump. Não está claro se Israel participaria do órgão. Segundo a Casa Branca, o Hamas tem 72 horas para libertar todos os reféns mantidos desde o início da guerra, em 7 de outubro de 2023. A proposta também prevê que Israel libere quase 2 mil prisioneiros palestinos. Além disso, a ONU e o Crescente Vermelho seriam responsáveis pela distribuição de ajuda na Faixa de Gaza. O plano é vago sobre a criação do Estado da Palestina, mas indica um caminho que pode levar a esse reconhecimento no futuro. Membros da comunidade internacional receberam a proposta de forma positiva. Por outro lado, moradores de Gaza disseram estar sem esperanças e temem uma piora no conflito. O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, afirmou que concorda com o plano e anunciou que avançará na ofensiva em Gaza caso o acordo não seja fechado. Por outro lado, ele disse que não aceitaria a criação de um Estado palestino. A proposta dos Estados Unidos foi bem recebida pela comunidade internacional, sendo elogiada por países da Europa e até mesmo pela Autoridade Palestina. O Brasil também disse que apoiava a iniciativa. LEIA TAMBÉM Plano dos EUA para Gaza tem ultimato ao Hamas, apoio internacional e temor de moradores: veja o que se sabe Trump declara que EUA estão em 'conflito armado' com cartéis de drogas: PCC e CV entrarão na

Oct 3, 2025 - 19:00
 0  1
Trump diz que Israel deve parar ataques em Gaza 'imediatamente' após resposta do Hamas: 'Prontos para paz duradoura'

Hamas diz que aceita libertar todos os reféns em resposta a plano de Trump O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, disse que Israel deve parar "imediatamente" sua ofensiva na Faixa de Gaza e comemorou a resposta dada pelo grupo terrorista Hamas, que aceitou devolver todos os reféns israelenses. ✅ Clique aqui para seguir o canal de notícias internacionais do g1 no WhatsApp Em um post na rede Truth Social, Trump disse acreditar que o acordo de paz, se fechado agora, resultará não só em um cessar-fogo na guerra de Gaza, mas em paz para o Oriente Médio. "Com base na declaração recém-emitida pelo Hamas, acredito que eles estão prontos para uma paz duradoura. Israel deve interromper imediatamente o bombardeio de Gaza, para que possamos resgatar os reféns com segurança e rapidez. Neste momento, é perigoso demais fazer isso. Já estamos discutindo detalhes a serem acertados. Não se trata apenas de Gaza, trata-se da paz há muito almejada no Oriente Médio", escreveu. Trump pede pra Israel parar imediatamente bombardeios em Gaza. Reprodução/Truth Social A resposta do Hamas O grupo terrorista Hamas afirmou nesta sexta-feira (3) que concorda em liberar todos os reféns israelenses, vivos ou mortos, sob os termos da proposta de cessar-fogo apresentada pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. O anúncio foi feito horas depois de Trump dar um ultimato ao Hamas. Em uma rede social, o presidente americano disse que o grupo teria até domingo (5) para aceitar a proposta, sob pena de enfrentar um “inferno total”. Em comunicado, o Hamas sinalizou disposição para entrar imediatamente em negociações para discutir os detalhes do acordo. Isso não significa, porém, que o grupo tenha aceitado integralmente o plano da Casa Branca. O plano apresentado pelos Estados Unidos prevê que o Hamas não participe de um novo governo na Faixa de Gaza. Ainda segundo a proposta, todos os membros do grupo terrorista poderão ser anistiados, desde que entreguem as armas e aceitem em conviver de forma pacífica com Israel. Veja os detalhes do plano mais abaixo. O Hamas ainda mantém mais de 40 reféns sequestrados no dia 7 de outubro de 2023, durante o atentado terrorista contra Israel que resultou no início da guerra. Parte das vítimas está morta. O grupo informou que aceita entregar o governo da Faixa de Gaza a um órgão independente formado por tecnocratas palestinos, “com base no consenso nacional palestino e no apoio árabe e islâmico”. "Quanto às demais questões apresentadas na proposta do presidente Trump que dizem respeito ao futuro da Faixa de Gaza e aos direitos legítimos do povo palestino, isso está vinculado a uma posição nacional unificada e fundamentada nas leis e resoluções internacionais pertinentes, a ser discutida em um quadro nacional palestino amplo, do qual o Hamas fará parte e contribuirá com plena responsabilidade", diz o texto. O Hamas afirmou ainda que valoriza os esforços de países árabes e islâmicos, além do presidente Trump, para pôr fim à guerra na Faixa de Gaza. A proposta Abu Ubaida, porta-voz do Hamas, em foto de arquivo de novembro de 2019 REUTERS/Ibraheem Abu Mustafa Na segunda-feira (29), a Casa Branca apresentou um plano com 20 pontos para encerrar a guerra na Faixa de Gaza imediatamente. A proposta prevê o território como uma zona livre de grupos armados. Integrantes do Hamas podem receber anistia, desde que entreguem suas armas e se comprometam com a convivência pacífica. Se o plano for implementado, Gaza passaria a ser governada por um comitê formado por palestinos tecnocratas e especialistas internacionais. O grupo atuaria sob supervisão de um novo órgão chamado "Conselho da Paz", que seria presidido por Trump. Não está claro se Israel participaria do órgão. Segundo a Casa Branca, o Hamas tem 72 horas para libertar todos os reféns mantidos desde o início da guerra, em 7 de outubro de 2023. A proposta também prevê que Israel libere quase 2 mil prisioneiros palestinos. Além disso, a ONU e o Crescente Vermelho seriam responsáveis pela distribuição de ajuda na Faixa de Gaza. O plano é vago sobre a criação do Estado da Palestina, mas indica um caminho que pode levar a esse reconhecimento no futuro. Membros da comunidade internacional receberam a proposta de forma positiva. Por outro lado, moradores de Gaza disseram estar sem esperanças e temem uma piora no conflito. O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, afirmou que concorda com o plano e anunciou que avançará na ofensiva em Gaza caso o acordo não seja fechado. Por outro lado, ele disse que não aceitaria a criação de um Estado palestino. A proposta dos Estados Unidos foi bem recebida pela comunidade internacional, sendo elogiada por países da Europa e até mesmo pela Autoridade Palestina. O Brasil também disse que apoiava a iniciativa. LEIA TAMBÉM Plano dos EUA para Gaza tem ultimato ao Hamas, apoio internacional e temor de moradores: veja o que se sabe Trump declara que EUA estão em 'conflito armado' com cartéis de drogas: PCC e CV entrarão na mira? Hamas pede mais tempo para analisar o plano de paz de Trump para Gaza após ultimato Ameaça de Trump Donald Trump REUTERS/Ken Cedeno Trump deu até as 19h de domingo, no horário de Brasília, para o Hamas aceitar o plano de paz para a Faixa de Gaza elaborado pelos Estados Unidos. Caso contrário, segundo ele, o grupo enfrentaria um “inferno total”. Em um post na rede Truth Social, o presidente americano afirmou que a maioria dos militantes do grupo terrorista palestino, que descreveu como uma “ameaça implacável e violenta”, está “cercada e presa”, e que mais de 25 mil já foram mortos. Trump disse que o plano de paz para encerrar o conflito em Gaza é a última chance de os integrantes sobreviventes do Hamas terem suas vidas poupadas. “Teremos paz no Oriente Médio de uma forma ou de outra. A violência e o derramamento de sangue cessarão. Libertem os reféns, todos eles — incluindo os corpos daqueles que estão mortos —, agora! Um acordo deve ser firmado com o Hamas até domingo à noite. Todos os países assinaram. Se este acordo, uma última chance, não for firmado, um inferno como ninguém jamais viu antes se abaterá sobre o Hamas”, prometeu o presidente, usando uma expressão que também pode ser traduzida como “ofensiva devastadora” ou “caos absoluto”. Trump também pediu aos “palestinos inocentes” que evacuem uma área não especificada, em antecipação a um possível ataque às forças remanescentes do Hamas.

What's Your Reaction?

like

dislike

love

funny

angry

sad

wow

tibauemacao. Eu sou a senhora Rosa Alves este e o nosso Web Portal Noticias Atualizadas Diariamente