Trump diz que 'pode' ir a Gaza durante visita ao Oriente Médio que selaria paz entre Israel e Hamas

Israel e Hamas começam a negociar implementação do plano de paz de Trump O presidente dos EUA, Donald Trump, disse nesta quarta-feira (8) que pode ir à Faixa de Gaza em uma possível visita ao Oriente Médio, caso um acordo seja fechado entre Israel e o grupo terrorista Hamas. Trump disse na Casa Branca que poderá viajar para a região no próximo sábado (11). Negociadores das duas partes realizam uma rodada de diálogos no Egito para tentar concluir um acordo. Ao ser questionado por uma repórter da rede de TV Al Arabiya sobre essa visita incluir uma passagem por Gaza, ele respondeu: "Eu iria. Pode ser que eu faça isso". "A gente não decidiu isso ainda, exatamente. Eu iria ao Egito, mais provavelmente, onde todos estão reunidos agora, mas eu ainda vou conversar com as pessoas", completou o republicano. Trump aponta para repórter durante evento na Casa Branca, em 8 de outubro de 2025 Evelyn Hockstein/Reuters Na terça (7), dia em que o conflito completou dois anos, Trump afirmou que um acordo para encerrar a guerra entre Israel e Hamas na Faixa de Gaza estava "muito próximo". "Estamos muito próximos de chegar a um acordo no Oriente Médio. (...) Assim que um acordo sobre Gaza aconteça, vamos fazer todo o possível para certificar que todo mundo adira ao acordo", afirmou Trump na terça, ao responder pergunta a jornalistas ao lado do premiê canadense, Mark Carney. Trump participou nesta quarta de uma mesa-redonda sobre o movimento Antifa, que seu governo designou como "organização terrorista". Ao fim do evento, ele disse ter recebido um bilhete de seu secretário de Estado, Marco Rubio, dizendo que os últimos detalhes do acordo estavam sendo finalizados e que a participação dele estava sendo solicitada. Segundo a agência Associated Press, o bilhete se referia à aprovação de um post em uma rede social. "Você precisa aprovar uma publicação no Truth Social em breve para poder anunciar o acordo primeiro", dizia a nota rabiscada à mão em papel timbrado da Casa Branca, de acordo com a agência. Ele continuou respondendo a perguntas de repórteres antes de deixar o local. Precedentes Esta não é a primeira vez que Trump falou algo assim sobre o possível fim da guerra em Gaza. O presidente americano afirmou que estava "muito perto" de um acordo sobre o conflito horas antes de anunciar, ao lado do premiê de Israel, Benjamin Netanyahu, sua proposta de paz de 20 pontos na segunda-feira da semana passada. Trump ficou ainda mais otimista na última sexta-feira, quando o Hamas anunciou aceitar libertar todos os reféns israelenses de uma só vez. A fala de Trump ocorre em um momento em que negociadores de Israel e Hamas realizam negociações indiretas no Egito para finalizar o conflito nos moldes do plano de Trump. Israel concordou com a proposta, porém oferece certa resistência em alguns pontos. Já o Hamas disse que concorda em libertar todos os reféns, vivos e mortos, porém pediu mais discussões sobre os demais termos. Até a terça, Irael e Hamas adotavam um tom de cautela sobre as negociações, já que o clima é de pouco consenso e de desconfiança mútua entre as partes. Ainda é cedo para dizer que a guerra está perto de acabar. Parte da comunidade internacional vê na proposta apresentada por Trump um sinal de esperança para, ao menos, um cessar-fogo no curto prazo. Mas ainda há obstáculos. A resposta do Hamas ao plano, apesar de positiva, deixou várias questões em aberto. O grupo terrorista não deixou clara sua posição sobre o desarmamento, um dos principais pontos do plano e objetivo declarado de Israel na guerra. O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, aprovou a proposta, mas rejeita a criação de um Estado palestino — algo para o qual o plano dos EUA abre caminho, ainda que de forma condicionada. Outros impasses envolvem o cronograma de retirada das tropas israelenses de Gaza e a definição de um novo governo para o território. Segundo a Reuters, especialistas enxergam as negociações como o início de um processo para o cessar-fogo, e não o fim. Vale lembrar que o plano em discussão foi apresentado após outras tentativas de cessar-fogo: uma no início da guerra, em 2023, e outra no começo deste ano. Ambas duraram poucas semanas e não conseguiram trazer estabilidade ao Oriente Médio.

Oct 8, 2025 - 20:00
 0  1
Trump diz que 'pode' ir a Gaza durante visita ao Oriente Médio que selaria paz entre Israel e Hamas

Israel e Hamas começam a negociar implementação do plano de paz de Trump O presidente dos EUA, Donald Trump, disse nesta quarta-feira (8) que pode ir à Faixa de Gaza em uma possível visita ao Oriente Médio, caso um acordo seja fechado entre Israel e o grupo terrorista Hamas. Trump disse na Casa Branca que poderá viajar para a região no próximo sábado (11). Negociadores das duas partes realizam uma rodada de diálogos no Egito para tentar concluir um acordo. Ao ser questionado por uma repórter da rede de TV Al Arabiya sobre essa visita incluir uma passagem por Gaza, ele respondeu: "Eu iria. Pode ser que eu faça isso". "A gente não decidiu isso ainda, exatamente. Eu iria ao Egito, mais provavelmente, onde todos estão reunidos agora, mas eu ainda vou conversar com as pessoas", completou o republicano. Trump aponta para repórter durante evento na Casa Branca, em 8 de outubro de 2025 Evelyn Hockstein/Reuters Na terça (7), dia em que o conflito completou dois anos, Trump afirmou que um acordo para encerrar a guerra entre Israel e Hamas na Faixa de Gaza estava "muito próximo". "Estamos muito próximos de chegar a um acordo no Oriente Médio. (...) Assim que um acordo sobre Gaza aconteça, vamos fazer todo o possível para certificar que todo mundo adira ao acordo", afirmou Trump na terça, ao responder pergunta a jornalistas ao lado do premiê canadense, Mark Carney. Trump participou nesta quarta de uma mesa-redonda sobre o movimento Antifa, que seu governo designou como "organização terrorista". Ao fim do evento, ele disse ter recebido um bilhete de seu secretário de Estado, Marco Rubio, dizendo que os últimos detalhes do acordo estavam sendo finalizados e que a participação dele estava sendo solicitada. Segundo a agência Associated Press, o bilhete se referia à aprovação de um post em uma rede social. "Você precisa aprovar uma publicação no Truth Social em breve para poder anunciar o acordo primeiro", dizia a nota rabiscada à mão em papel timbrado da Casa Branca, de acordo com a agência. Ele continuou respondendo a perguntas de repórteres antes de deixar o local. Precedentes Esta não é a primeira vez que Trump falou algo assim sobre o possível fim da guerra em Gaza. O presidente americano afirmou que estava "muito perto" de um acordo sobre o conflito horas antes de anunciar, ao lado do premiê de Israel, Benjamin Netanyahu, sua proposta de paz de 20 pontos na segunda-feira da semana passada. Trump ficou ainda mais otimista na última sexta-feira, quando o Hamas anunciou aceitar libertar todos os reféns israelenses de uma só vez. A fala de Trump ocorre em um momento em que negociadores de Israel e Hamas realizam negociações indiretas no Egito para finalizar o conflito nos moldes do plano de Trump. Israel concordou com a proposta, porém oferece certa resistência em alguns pontos. Já o Hamas disse que concorda em libertar todos os reféns, vivos e mortos, porém pediu mais discussões sobre os demais termos. Até a terça, Irael e Hamas adotavam um tom de cautela sobre as negociações, já que o clima é de pouco consenso e de desconfiança mútua entre as partes. Ainda é cedo para dizer que a guerra está perto de acabar. Parte da comunidade internacional vê na proposta apresentada por Trump um sinal de esperança para, ao menos, um cessar-fogo no curto prazo. Mas ainda há obstáculos. A resposta do Hamas ao plano, apesar de positiva, deixou várias questões em aberto. O grupo terrorista não deixou clara sua posição sobre o desarmamento, um dos principais pontos do plano e objetivo declarado de Israel na guerra. O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, aprovou a proposta, mas rejeita a criação de um Estado palestino — algo para o qual o plano dos EUA abre caminho, ainda que de forma condicionada. Outros impasses envolvem o cronograma de retirada das tropas israelenses de Gaza e a definição de um novo governo para o território. Segundo a Reuters, especialistas enxergam as negociações como o início de um processo para o cessar-fogo, e não o fim. Vale lembrar que o plano em discussão foi apresentado após outras tentativas de cessar-fogo: uma no início da guerra, em 2023, e outra no começo deste ano. Ambas duraram poucas semanas e não conseguiram trazer estabilidade ao Oriente Médio.

What's Your Reaction?

like

dislike

love

funny

angry

sad

wow

tibauemacao. Eu sou a senhora Rosa Alves este e o nosso Web Portal Noticias Atualizadas Diariamente