Trump diz que vai ligar para Putin após encontro com Zelensky, e fala em reunião trilateral 'se tudo correr bem'

Zelensky chega à Casa Branca e é recepcionado por Trump O presidente dos EUA, Donald Trump, disse nesta segunda-feira (18) que vai falar com o presidente russo, Vladimir Putin, após se encontrar com o líder ucraniano, Volodymyr Zelensky, e poderá agendar uma reunião trilateral com os dois "se tudo correr bem". "Acabei de falar com o presidente Putin indiretamente, e vamos ter uma ligação telefônica logo após essas reuniões de hoje, e talvez tenhamos ou não uma reunião trilateral. (...) Putin está esperando minha ligação quando terminarmos esta reunião. Há uma chance razoável de que essa negociação avance. [...] Se tudo funcionar bem hoje, teremos uma reunião trilateral", afirmou Trump junto com Zelensky no Salão Oval da Casa Branca. ✅ Clique aqui para seguir o canal de notícias internacionais do g1 no WhatsApp AO VIVO: acompanhe para negociar paz na Ucrânia Trump, no entanto, deixou no ar quando essa reunião trilateral ocorreria. Trump recebeu Zelensky nesta segunda-feira na sede da presidência dos EUA para discutir a guerra na Ucrânia e garantias de segurança ao aliado, e depois receberá outros sete líderes europeus. As duas reuniões são consideradas decisivas para o destino do conflito. (Leia mais abaixo) Zelensky disse estar pronto para um encontro cara a cara com Putin, algo que ele reiterou diversas vezes ao longo das últimas semanas. Perguntado por um repórter se estaria pronto para "redesenhar o mapa", o líder ucraniano disse apenas ser necessário achar uma forma diplomática para terminar a guerra. Mais cedo, Zelensky negou ceder parte de seus territórios após novas pressões de Trump. Presidentes dos Estados Unidos, Donald Trump (à direita), e da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, conversam com jornalistas no Salão Oval da Casa Branca em 18 de agosto de 2025.' REUTERS/Kevin Lamarque O encontro desta segunda entre Trump e Zelensky parece menos tenso do que o realizado em 28 de fevereiro entre os dois, na mesma sala, quando o ucraniano foi hostilizado pelos anfitriões — o presidente e o vice, JD Vance. Zelensky foi elogiado por um repórter pela roupa que estava utilizando, um paletó. Em fevereiro, os trumpistas criticaram o ucraniano por ser recebido sem uma vestimenta formal, figurino adotado por Zelensky desde o início da guerra com a Rússia. Rússia x Ucrânia: Por que o novo encontro de Zelensky com Trump é importante Segundo a agenda divulgada pela Casa Branca, o presidente americano se reunirá a sós com Zelensky no Salão Oval da Casa Branca, e depois outros líderes europeus se juntarão aos dois para uma segunda reunião na Sala Leste. A reunião ocorre dias após uma reunião presencial de Trump com o presidente russo, Vladimir Putin, em uma base militar no Alasca, que terminou sem acordo para cessar-fogo. O evento foi a primeira vez que Putin pisou em solo americano em quase dez anos — e considerado uma vitória diplomática para o Kremlin, que se encontrava à margem da comunidade internacional. Os termos da discussão entre Trump e Putin não foram divulgados, mas especula-se que Moscou apresentou uma proposta de paz que incluiria o fim dos combates em troca do reconhecimento de territórios ocupados da Ucrânia, sobretudo a Crimeia, como pertencentes à Rússia. (Leia mais abaixo) Quem participa Ao lado de Zelensky, estão presentes Emmanuel Macron (França), Keir Starmer (Reino Unido), Friedrich Merz (Alemanha), Ursula von der Leyen (Comissão Europeia), Mark Rutte (Otan), Giorgia Meloni (Itália) e Alexander Stubb (Finlândia). De acordo com diplomatas ouvidos pela agência alemã Deutsche Welle, alguns desses líderes, como Meloni, Stubb e Rutte, foram convidados também para tentar amortecer eventuais ataques verbais de Trump a Zelensky. O encontro simboliza o esforço da Ucrânia e da União Europeia em buscar garantias concretas de segurança diante da ofensiva russa, iniciada em fevereiro de 2022. O que está em jogo Antes da reunião, Zelensky insistiu que não aceitará ceder território e que qualquer acordo precisa ser acompanhado de garantias internacionais semelhantes às do Artigo 5 da Otan, que prevê defesa coletiva em caso de ataque. “A linha de frente é agora o lugar onde essas negociações podem começar”, disse o presidente ucraniano neste domingo. Trump, por sua vez, declarou no fim de semana que houve “grandes progressos” em sua conversa com Vladimir Putin, no Alasca. Segundo o enviado especial da Casa Branca, Steve Witkoff, o presidente russo teria sinalizado abertura para discutir garantias de segurança no modelo da Otan, algo descrito como “transformador” — mas sem detalhes sobre os termos. Às vésperas do encontro, os presidentes comentaram as propostas nas redes sociais. Trump voltou a pressionar Zelensky para aceitar a proposta de Putin, de anexar territórios como a Crimeia e desistir de fazer parte da Otan. Já o ucraniano negou que cogita ceder terras aos russos. Esboço da proposta russa Um rascunho da proposta de Putin para encerrar a guerra começou a circular entre diplomatas, segundo a agência Reut

Agosto 18, 2025 - 16:00
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Trump diz que vai ligar para Putin após encontro com Zelensky, e fala em reunião trilateral 'se tudo correr bem'

Zelensky chega à Casa Branca e é recepcionado por Trump O presidente dos EUA, Donald Trump, disse nesta segunda-feira (18) que vai falar com o presidente russo, Vladimir Putin, após se encontrar com o líder ucraniano, Volodymyr Zelensky, e poderá agendar uma reunião trilateral com os dois "se tudo correr bem". "Acabei de falar com o presidente Putin indiretamente, e vamos ter uma ligação telefônica logo após essas reuniões de hoje, e talvez tenhamos ou não uma reunião trilateral. (...) Putin está esperando minha ligação quando terminarmos esta reunião. Há uma chance razoável de que essa negociação avance. [...] Se tudo funcionar bem hoje, teremos uma reunião trilateral", afirmou Trump junto com Zelensky no Salão Oval da Casa Branca. ✅ Clique aqui para seguir o canal de notícias internacionais do g1 no WhatsApp AO VIVO: acompanhe para negociar paz na Ucrânia Trump, no entanto, deixou no ar quando essa reunião trilateral ocorreria. Trump recebeu Zelensky nesta segunda-feira na sede da presidência dos EUA para discutir a guerra na Ucrânia e garantias de segurança ao aliado, e depois receberá outros sete líderes europeus. As duas reuniões são consideradas decisivas para o destino do conflito. (Leia mais abaixo) Zelensky disse estar pronto para um encontro cara a cara com Putin, algo que ele reiterou diversas vezes ao longo das últimas semanas. Perguntado por um repórter se estaria pronto para "redesenhar o mapa", o líder ucraniano disse apenas ser necessário achar uma forma diplomática para terminar a guerra. Mais cedo, Zelensky negou ceder parte de seus territórios após novas pressões de Trump. Presidentes dos Estados Unidos, Donald Trump (à direita), e da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, conversam com jornalistas no Salão Oval da Casa Branca em 18 de agosto de 2025.' REUTERS/Kevin Lamarque O encontro desta segunda entre Trump e Zelensky parece menos tenso do que o realizado em 28 de fevereiro entre os dois, na mesma sala, quando o ucraniano foi hostilizado pelos anfitriões — o presidente e o vice, JD Vance. Zelensky foi elogiado por um repórter pela roupa que estava utilizando, um paletó. Em fevereiro, os trumpistas criticaram o ucraniano por ser recebido sem uma vestimenta formal, figurino adotado por Zelensky desde o início da guerra com a Rússia. Rússia x Ucrânia: Por que o novo encontro de Zelensky com Trump é importante Segundo a agenda divulgada pela Casa Branca, o presidente americano se reunirá a sós com Zelensky no Salão Oval da Casa Branca, e depois outros líderes europeus se juntarão aos dois para uma segunda reunião na Sala Leste. A reunião ocorre dias após uma reunião presencial de Trump com o presidente russo, Vladimir Putin, em uma base militar no Alasca, que terminou sem acordo para cessar-fogo. O evento foi a primeira vez que Putin pisou em solo americano em quase dez anos — e considerado uma vitória diplomática para o Kremlin, que se encontrava à margem da comunidade internacional. Os termos da discussão entre Trump e Putin não foram divulgados, mas especula-se que Moscou apresentou uma proposta de paz que incluiria o fim dos combates em troca do reconhecimento de territórios ocupados da Ucrânia, sobretudo a Crimeia, como pertencentes à Rússia. (Leia mais abaixo) Quem participa Ao lado de Zelensky, estão presentes Emmanuel Macron (França), Keir Starmer (Reino Unido), Friedrich Merz (Alemanha), Ursula von der Leyen (Comissão Europeia), Mark Rutte (Otan), Giorgia Meloni (Itália) e Alexander Stubb (Finlândia). De acordo com diplomatas ouvidos pela agência alemã Deutsche Welle, alguns desses líderes, como Meloni, Stubb e Rutte, foram convidados também para tentar amortecer eventuais ataques verbais de Trump a Zelensky. O encontro simboliza o esforço da Ucrânia e da União Europeia em buscar garantias concretas de segurança diante da ofensiva russa, iniciada em fevereiro de 2022. O que está em jogo Antes da reunião, Zelensky insistiu que não aceitará ceder território e que qualquer acordo precisa ser acompanhado de garantias internacionais semelhantes às do Artigo 5 da Otan, que prevê defesa coletiva em caso de ataque. “A linha de frente é agora o lugar onde essas negociações podem começar”, disse o presidente ucraniano neste domingo. Trump, por sua vez, declarou no fim de semana que houve “grandes progressos” em sua conversa com Vladimir Putin, no Alasca. Segundo o enviado especial da Casa Branca, Steve Witkoff, o presidente russo teria sinalizado abertura para discutir garantias de segurança no modelo da Otan, algo descrito como “transformador” — mas sem detalhes sobre os termos. Às vésperas do encontro, os presidentes comentaram as propostas nas redes sociais. Trump voltou a pressionar Zelensky para aceitar a proposta de Putin, de anexar territórios como a Crimeia e desistir de fazer parte da Otan. Já o ucraniano negou que cogita ceder terras aos russos. Esboço da proposta russa Um rascunho da proposta de Putin para encerrar a guerra começou a circular entre diplomatas, segundo a agência Reuters. O plano prevê a retirada parcial de tropas russas do norte da Ucrânia, mas exige contrapartidas consideradas inaceitáveis por Kiev: o reconhecimento da anexação da Crimeia, a manutenção do controle do Kremlin sobre grande parte do Donbas, a promessa de que a Ucrânia não se juntará à Otan e o alívio das sanções internacionais contra Moscou. Diplomatas ressaltam que o esboço não é um acordo formal, mas indica a tentativa russa de consolidar ganhos militares e políticos obtidos desde 2022. Para Zelensky, qualquer concessão desse tipo significaria abrir mão da soberania ucraniana. Essa será primeira visita de Zelensky a Washington após ter sido repreendido publicamente por Trump e seu vice-presidente J.D. Vance no Salão Oval em fevereiro Getty Images Segundo encontro entre Trump e Zelensky Esta é a segunda reunião presencial entre Trump e Zelensky desde o início da guerra. A primeira, em fevereiro, terminou de forma abrupta depois que o republicano adotou um tom considerado ríspido e chegou a repreender o ucraniano diante das câmeras, chamando-o de “ingrato”. Agora, com a presença dos aliados europeus, a reunião em Washington é vista como um teste para medir até onde Trump está disposto a apoiar Kiev e como pretende lidar com as exigências de Moscou. Europa tenta cortejar Trump O encontro em Washington também é interpretado como uma tentativa europeia de cortejar Trump após a cúpula realizada no Alasca, na última sexta-feira. Na ocasião, Putin conseguiu convencê-lo a abandonar a exigência de um cessar-fogo imediato e reforçou demandas que já eram conhecidas: anexação de territórios, desarmamento ucraniano e retirada de sanções. De acordo com o jornal americano "The New York Times", Trump e Putin chegaram a discutir a cessão completa de Donetsk e Lugansk à Rússia, incluindo áreas que não estão sob ocupação militar. Zelensky sempre rejeitou a ideia, mas admitiu no domingo, em Bruxelas, que pode negociar sobre as terras já controladas por tropas russas. O secretário-geral da Otan, Mark Rutte, também reconheceu que Kiev provavelmente terá de aceitar, na prática, a perda de territórios, ainda que isso não seja reconhecido formalmente no âmbito jurídico internacional. Próxima etapa pode ser cúpula tripartite Segundo analistas em Berlim, Bruxelas, Londres e Paris, se a reunião desta segunda avançar, Trump pretende organizar uma “cúpula tripartite” com Ucrânia e Rússia já nesta sexta-feira (22). O "The New York Times" informou que Putin prometeu participar, mas somente se Kiev aceitar renunciar a determinados territórios antes. O presidente russo, no entanto, continua retratando Zelensky como ilegítimo. Para diplomatas europeus, há dúvidas se Putin realmente topará dividir a mesa com o ucraniano ou se continuará a ganhar tempo para consolidar seus avanços militares. *Com informações da Deutsche Welle.

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