Trump não sabia previamente de ataque com drones da Ucrânia na Rússia, diz Casa Branca

Ucrânia escondeu drones em contêineres e os levou de caminhão para perto das bases aéreas, atingindo parte da artilharia aérea russa de longo alcance. Drones de R$ 3 mil vs. Bombardeiros de Bilhões: como foi o ataque da Ucrânia na Rússia O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump não foi informado previamente pela Ucrânia sobre o ataque de Kiev com drones a bases militares da Rússia no fim de semana, disse nesta terça-feira (3) a porta-voz da Casa Branca, Karoline Leavitt. A complexidade da operação — que durou um ano e meio e na qual o serviço secreto ucraniano escondeu drones dentro de contêiners de caminhões — levantou questionamentos sobre a participação do serviço de inteligência dos EUA na ação. Nesta terça, no entanto, Leavitt disse que Trump não recebeu qualquer informação não foi informado sobre a ação antes do ataque, que destriuiu mais de 40 aviões de guerra russos com capacidade nuclear, cerca de um terço da frota militar aérea de Moscou. Imagens de satélite mostram destruição Imagens mostram aviões militares na base de Belaya, na Rússia, uma das atacadas por drones russos, antes e depois do bombardeio, em junho de 2025. Planet Labs PBC e Capella Space via Reuters Imagens feitas por satélites registraram como ficaram bases militares da Rússia atingidas pelo ataque da Ucrânia com drones escondidos em caminhões no fim de semana. As imagens foram feitas na base de Bekaya, uma das cinco atacadas pela ação de Kiev que pegou a Rússia de surpresa (leia mais abaixo). E mostram vários bombardeiros destruídos ou gravemente danificados (veja acima). Os registros foram feitos por duas empresas de satélites e fornecidos à agência de notícias Reuters. "Com base nos destroços visíveis, na comparação com imagens de satélite recentes e nas imagens de drones divulgadas pelo Telegram e postadas no Twitter, posso ver a destruição de várias aeronaves", disse John Ford, pesquisador associado do Centro James Martin para Estudos de Não Proliferação, com sede na Califórnia. Operação Teia de Aranha Vídeo mostra ataque de drones ucranianos na Sibéria A Ucrânia destruiu mais de 40 aviões com capacidade nuclear na Sibéria no domingo (1º). A operação, chamada de Teia de Aranha, pareceu tirada de um roteiro de ação de Hollywood, com drones saindo de compartimentos escondidos em contêineres. O serviço secreto ucraniano escondeu drones dentro de contêiners de caminhões, que circularam disfarçados por diversos pontos do território russo, até a proximidade das bases, de onde os drones voaram despercebidos e destruíram mais de 40 aviões com capacidade nuclear, cerca de um terço da frota militar aérea russa. O ataque surpreendeu pelo local, a mais de 4.000 km do front da guerra, e o método de ação, que usou caminhões para levar contêineres com drones e explosivos escondidos no teto. As autoridades russas foram pegas de surpresa pela Ucrânia. A Rússia considerou os ataques como um ato terrorista. O presidente Volodimyr Zelensky considerou a operação como "brilhante" e "nossa operação de maior alcance". Vídeo mostra o momento em que drone sai de caminhão no ataque na Sibéria Segundo o Ministério da Defesa da Rússia, os drones danificaram aviões e causaram incêndios em quatro bases aéreas da região de Irkutsk, a 4.300 km da Ucrânia e próximo da Mongólia, e em cidades do norte russo, como Murmansk. Onde ocorreu a operação? Essa distância vai além do alcance de drones de ataque de longo alcance ou mísseis balísticos do arsenal ucraniano e precisou de um esquema especial para levar os drones até os alvos. A Rússia disse ainda que conseguiu reprimir ataques na região de Amur, no extremo leste do país, e em Ivanovo e Ryazan, no oeste. Como foram feitos os ataques? Foto mostra trecho de vídeo divulgado pelo serviço secreto da Ucrânia com aeronaves russas atingidas por drones na base aérea de Belaya, na Sibéria, em 1 de junho de 2025. Serviço Secreto da Ucrânia/AFP A operação Teia de Aranha transportou os drones por caminhões para o território russo, escondidos no teto de contêineres. Os drones estavam armados com explosivos e foram colocados entre painéis de madeira no teto de contêineres. Antes do ataque, esses contêineres foram levados de caminhão ao perímetro das bases aéreas. Na hora do ataque, o topo dos contêineres foi levantado por um mecanismo remoto, permitindo aos drones voar e iniciar o ataque. Quais aeronaves foram atingidas? Até o momento, as informações das agências de notícias citam que foram atingidos 41 aviões estacionados em diversos campos aéreos. A lista inclui bombardeiros A-50, Tu-95 e Tu-22M. Moscou já usou o Tupolev Tu-95 e Tu-22, bombardeiros de longo alcance, para lançar mísseis contra a Ucrânia. Os A-50 são usados para coordenar alvos e detectar defesas aéreas e mísseis guiados. Diferentemente de mísseis, que podem ser substituídos com facilidade, os aviões não devem ser repostos tão cedo pela Rússia. Segundo o jornal "Financial Times", citando a inteligência ucraniana, os ataques

Jun 3, 2025 - 15:30
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Trump não sabia previamente de ataque com drones da Ucrânia na Rússia, diz Casa Branca

Ucrânia escondeu drones em contêineres e os levou de caminhão para perto das bases aéreas, atingindo parte da artilharia aérea russa de longo alcance. Drones de R$ 3 mil vs. Bombardeiros de Bilhões: como foi o ataque da Ucrânia na Rússia O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump não foi informado previamente pela Ucrânia sobre o ataque de Kiev com drones a bases militares da Rússia no fim de semana, disse nesta terça-feira (3) a porta-voz da Casa Branca, Karoline Leavitt. A complexidade da operação — que durou um ano e meio e na qual o serviço secreto ucraniano escondeu drones dentro de contêiners de caminhões — levantou questionamentos sobre a participação do serviço de inteligência dos EUA na ação. Nesta terça, no entanto, Leavitt disse que Trump não recebeu qualquer informação não foi informado sobre a ação antes do ataque, que destriuiu mais de 40 aviões de guerra russos com capacidade nuclear, cerca de um terço da frota militar aérea de Moscou. Imagens de satélite mostram destruição Imagens mostram aviões militares na base de Belaya, na Rússia, uma das atacadas por drones russos, antes e depois do bombardeio, em junho de 2025. Planet Labs PBC e Capella Space via Reuters Imagens feitas por satélites registraram como ficaram bases militares da Rússia atingidas pelo ataque da Ucrânia com drones escondidos em caminhões no fim de semana. As imagens foram feitas na base de Bekaya, uma das cinco atacadas pela ação de Kiev que pegou a Rússia de surpresa (leia mais abaixo). E mostram vários bombardeiros destruídos ou gravemente danificados (veja acima). Os registros foram feitos por duas empresas de satélites e fornecidos à agência de notícias Reuters. "Com base nos destroços visíveis, na comparação com imagens de satélite recentes e nas imagens de drones divulgadas pelo Telegram e postadas no Twitter, posso ver a destruição de várias aeronaves", disse John Ford, pesquisador associado do Centro James Martin para Estudos de Não Proliferação, com sede na Califórnia. Operação Teia de Aranha Vídeo mostra ataque de drones ucranianos na Sibéria A Ucrânia destruiu mais de 40 aviões com capacidade nuclear na Sibéria no domingo (1º). A operação, chamada de Teia de Aranha, pareceu tirada de um roteiro de ação de Hollywood, com drones saindo de compartimentos escondidos em contêineres. O serviço secreto ucraniano escondeu drones dentro de contêiners de caminhões, que circularam disfarçados por diversos pontos do território russo, até a proximidade das bases, de onde os drones voaram despercebidos e destruíram mais de 40 aviões com capacidade nuclear, cerca de um terço da frota militar aérea russa. O ataque surpreendeu pelo local, a mais de 4.000 km do front da guerra, e o método de ação, que usou caminhões para levar contêineres com drones e explosivos escondidos no teto. As autoridades russas foram pegas de surpresa pela Ucrânia. A Rússia considerou os ataques como um ato terrorista. O presidente Volodimyr Zelensky considerou a operação como "brilhante" e "nossa operação de maior alcance". Vídeo mostra o momento em que drone sai de caminhão no ataque na Sibéria Segundo o Ministério da Defesa da Rússia, os drones danificaram aviões e causaram incêndios em quatro bases aéreas da região de Irkutsk, a 4.300 km da Ucrânia e próximo da Mongólia, e em cidades do norte russo, como Murmansk. Onde ocorreu a operação? Essa distância vai além do alcance de drones de ataque de longo alcance ou mísseis balísticos do arsenal ucraniano e precisou de um esquema especial para levar os drones até os alvos. A Rússia disse ainda que conseguiu reprimir ataques na região de Amur, no extremo leste do país, e em Ivanovo e Ryazan, no oeste. Como foram feitos os ataques? Foto mostra trecho de vídeo divulgado pelo serviço secreto da Ucrânia com aeronaves russas atingidas por drones na base aérea de Belaya, na Sibéria, em 1 de junho de 2025. Serviço Secreto da Ucrânia/AFP A operação Teia de Aranha transportou os drones por caminhões para o território russo, escondidos no teto de contêineres. Os drones estavam armados com explosivos e foram colocados entre painéis de madeira no teto de contêineres. Antes do ataque, esses contêineres foram levados de caminhão ao perímetro das bases aéreas. Na hora do ataque, o topo dos contêineres foi levantado por um mecanismo remoto, permitindo aos drones voar e iniciar o ataque. Quais aeronaves foram atingidas? Até o momento, as informações das agências de notícias citam que foram atingidos 41 aviões estacionados em diversos campos aéreos. A lista inclui bombardeiros A-50, Tu-95 e Tu-22M. Moscou já usou o Tupolev Tu-95 e Tu-22, bombardeiros de longo alcance, para lançar mísseis contra a Ucrânia. Os A-50 são usados para coordenar alvos e detectar defesas aéreas e mísseis guiados. Diferentemente de mísseis, que podem ser substituídos com facilidade, os aviões não devem ser repostos tão cedo pela Rússia. Segundo o jornal "Financial Times", citando a inteligência ucraniana, os ataques causaram mais de US$ 7 bilhões em danos e que 34% da frota de aeronaves estratégicas de transportes de mísseis foi atingida. Quanto tempo levou o planejamento da missão? A operação Teia de Aranha levou um ano e meio entre planejamento e ação e foi supervisionada pelo presidente Volodimyr Zelensky e por Vasyl Maliuk, chefe da agência de inteligência doméstica (SBU). O governo ucraniano informou que os Estados Unidos não foram avisados previamente da operação Teia de Aranha.

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