Ucrânia aceita negociar com Rússia territórios ocupados, diz agência
Ucrânia aceita negociar com Rússia territórios ocupados, diz agência Líderes da União Europeia e da Ucrânia estão elaborando um plano de paz com 12 pontos que prevê a negociação de territórios ucranianos ocupados pela Rússia. As informações foram publicadas pela agência Bloomberg nesta terça-feira (21), com base em fontes com conhecimento do assunto. ✅ Siga o canal de notícias internacionais do g1 no WhatsApp Caso o texto seja confirmado, esta será a primeira vez em que o governo do presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, concorda em ceder, mesmo com condições, territórios de seu país à Rússia. A Bloomberg afirma ainda que a proposta prevê a interrupção dos combates nas atuais linhas de frente da guerra, além de garantias de segurança à Ucrânia. Em troca, os europeus retirariam gradualmente as sanções econômicas aplicadas à Rússia desde 2022. No total, o texto tem 12 pontos, diz a agência. Entre eles estão os seguintes: Parar a guerra na linha de frente atual; Criação de um Conselho de Paz supervisionado por Trump, assim como foi estabelecido no plano para encerrar a guerra entre Israel e Hamas; Retorno de todas as crianças ucranianas sequestradas e trocas de prisioneiros; A Ucrânia teria garantias de segurança contra novos ataques e também de uma rápida adesão à UE, além de dinheiro para reconstrução; Os europeus retirariam gradualmente as sanções contra a Rússia, mas elas voltariam se Putin voltasse a atacar. Os bens russos congelados também seriam devolvidos. Assim que concordarem com a proposta, Ucrânia e Rússia entrariam em negociações sobre a governança dos territórios ocupados pelas tropas russas, segundo as fontes consultadas pela Bloomberg. No entanto, os europeus não reconheceriam esses territórios como russos. O plano elaborado pelos europeus ainda será apresentado a Trump nesta semana, e alguns pontos podem mudar, segundo a Bloomberg. Uma declaração conjunta assinada por Zelensky e por líderes de outros países europeus pediu nesta terça o fim imediato do conflito e a linha de frente dos combates seja o ponto inicial das negociações. Os europeus farão uma cúpula na sexta-feira (24) para discutir mais apoio militar à Ucrânia no pós-guerra. Trump pressiona tanto os europeus quanto a Rússia pelo rápido fim da guerra. O presidente americano já fez propostas para terminar o conflito, porém nenhuma delas avançou até o momento. Ele falou com Putin e Zelensky na semana passada e disse que "está na hora de fazer um acordo", porém sem dar mais detalhes. O presidente ucraniano pediu a Trump que lhe entregue mísseis Tomahawk, de alto alcance e precisão, mas o líder americano não se comprometeu a fornecer os projéteis. Nesta semana, Trump disse não acreditar que a Ucrânia possa vencer a guerra contra os russos, porém afirmou que "tudo pode acontecer". Os Estados Unidos são aliados da Ucrânia e a apoiam militarmente desde a invasão russa em território ucraniano, em fevereiro de 2022, ainda quando Joe Biden era o presidente americano. A Otan também é aliada e fornece armamentos ao Exército de Volodymyr Zelensky. Apesar de Trump dizer ser amigo de Putin, a Rússia é tratada como inimiga na guerra — o líder americano alterna momentos de críticas e elogios, entre ameaças e afagos ao presidente russo, como estratégia para chegar a uma solução para o conflito. Apesar da declaração nesta segunda, Trump se mostrou otimista com o fim da guerra e afirmou acreditar que, com seu apoio, a Ucrânia e a Rússia "chegarão lá". Ele também contou que pediu ao presidente russo que pare os ataques contra civis em território ucraniano. LEIA TAMBÉM Roubo no Louvre: joias roubadas valem mais de R$ 550 milhões Trump diz que 'aliados do Oriente Médio' concordam em entrar na guerra em Gaza 'se o Hamas continuar a agir mal' O que são os mísseis Tomahawk, que a Ucrânia quer usar na guerra contra a Rússia Trump teria pedido a Zelensky aceitar termos russos O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, durante visita à Noruega, em 20 de março de 2025 NTB/Ole Berg-Rusten/via REUTERS Segundo o jornal britânico "Financial Times", Trump pediu a Zelensky que aceite os termos da Rússia para encerrar a guerra durante uma reunião na sexta-feira (17). Em reportagem publicada no domingo (19), citando fontes que teriam participado do encontro, o jornal afirma que Trump insistiu que Zelensky entregasse toda a região oriental de Donbass à Rússia e alertou que Putin ameaçou "destruir" a Ucrânia caso um acordo não se concretize. Ainda segundo o Financial Times, Putin ofereceu algumas pequenas áreas das duas regiões da linha de frente da guerra no sul, em Kherson e Zaporizhzhia, em troca de partes muito maiores do Donbass que continuam sob controle ucraniano. Isso é menos do que a demanda original da Rússia, feita em 2024, que exigia que Kiev cedesse a totalidade de Donbass, além de Kherson e Zaporizhzhia, uma área de quase 20.000 km². Zelensky, que foi à Casa Branca em busca de armas para continuar lutando na guerra de seu país, parece não ter cons


Ucrânia aceita negociar com Rússia territórios ocupados, diz agência Líderes da União Europeia e da Ucrânia estão elaborando um plano de paz com 12 pontos que prevê a negociação de territórios ucranianos ocupados pela Rússia. As informações foram publicadas pela agência Bloomberg nesta terça-feira (21), com base em fontes com conhecimento do assunto. ✅ Siga o canal de notícias internacionais do g1 no WhatsApp Caso o texto seja confirmado, esta será a primeira vez em que o governo do presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, concorda em ceder, mesmo com condições, territórios de seu país à Rússia. A Bloomberg afirma ainda que a proposta prevê a interrupção dos combates nas atuais linhas de frente da guerra, além de garantias de segurança à Ucrânia. Em troca, os europeus retirariam gradualmente as sanções econômicas aplicadas à Rússia desde 2022. No total, o texto tem 12 pontos, diz a agência. Entre eles estão os seguintes: Parar a guerra na linha de frente atual; Criação de um Conselho de Paz supervisionado por Trump, assim como foi estabelecido no plano para encerrar a guerra entre Israel e Hamas; Retorno de todas as crianças ucranianas sequestradas e trocas de prisioneiros; A Ucrânia teria garantias de segurança contra novos ataques e também de uma rápida adesão à UE, além de dinheiro para reconstrução; Os europeus retirariam gradualmente as sanções contra a Rússia, mas elas voltariam se Putin voltasse a atacar. Os bens russos congelados também seriam devolvidos. Assim que concordarem com a proposta, Ucrânia e Rússia entrariam em negociações sobre a governança dos territórios ocupados pelas tropas russas, segundo as fontes consultadas pela Bloomberg. No entanto, os europeus não reconheceriam esses territórios como russos. O plano elaborado pelos europeus ainda será apresentado a Trump nesta semana, e alguns pontos podem mudar, segundo a Bloomberg. Uma declaração conjunta assinada por Zelensky e por líderes de outros países europeus pediu nesta terça o fim imediato do conflito e a linha de frente dos combates seja o ponto inicial das negociações. Os europeus farão uma cúpula na sexta-feira (24) para discutir mais apoio militar à Ucrânia no pós-guerra. Trump pressiona tanto os europeus quanto a Rússia pelo rápido fim da guerra. O presidente americano já fez propostas para terminar o conflito, porém nenhuma delas avançou até o momento. Ele falou com Putin e Zelensky na semana passada e disse que "está na hora de fazer um acordo", porém sem dar mais detalhes. O presidente ucraniano pediu a Trump que lhe entregue mísseis Tomahawk, de alto alcance e precisão, mas o líder americano não se comprometeu a fornecer os projéteis. Nesta semana, Trump disse não acreditar que a Ucrânia possa vencer a guerra contra os russos, porém afirmou que "tudo pode acontecer". Os Estados Unidos são aliados da Ucrânia e a apoiam militarmente desde a invasão russa em território ucraniano, em fevereiro de 2022, ainda quando Joe Biden era o presidente americano. A Otan também é aliada e fornece armamentos ao Exército de Volodymyr Zelensky. Apesar de Trump dizer ser amigo de Putin, a Rússia é tratada como inimiga na guerra — o líder americano alterna momentos de críticas e elogios, entre ameaças e afagos ao presidente russo, como estratégia para chegar a uma solução para o conflito. Apesar da declaração nesta segunda, Trump se mostrou otimista com o fim da guerra e afirmou acreditar que, com seu apoio, a Ucrânia e a Rússia "chegarão lá". Ele também contou que pediu ao presidente russo que pare os ataques contra civis em território ucraniano. LEIA TAMBÉM Roubo no Louvre: joias roubadas valem mais de R$ 550 milhões Trump diz que 'aliados do Oriente Médio' concordam em entrar na guerra em Gaza 'se o Hamas continuar a agir mal' O que são os mísseis Tomahawk, que a Ucrânia quer usar na guerra contra a Rússia Trump teria pedido a Zelensky aceitar termos russos O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, durante visita à Noruega, em 20 de março de 2025 NTB/Ole Berg-Rusten/via REUTERS Segundo o jornal britânico "Financial Times", Trump pediu a Zelensky que aceite os termos da Rússia para encerrar a guerra durante uma reunião na sexta-feira (17). Em reportagem publicada no domingo (19), citando fontes que teriam participado do encontro, o jornal afirma que Trump insistiu que Zelensky entregasse toda a região oriental de Donbass à Rússia e alertou que Putin ameaçou "destruir" a Ucrânia caso um acordo não se concretize. Ainda segundo o Financial Times, Putin ofereceu algumas pequenas áreas das duas regiões da linha de frente da guerra no sul, em Kherson e Zaporizhzhia, em troca de partes muito maiores do Donbass que continuam sob controle ucraniano. Isso é menos do que a demanda original da Rússia, feita em 2024, que exigia que Kiev cedesse a totalidade de Donbass, além de Kherson e Zaporizhzhia, uma área de quase 20.000 km². Zelensky, que foi à Casa Branca em busca de armas para continuar lutando na guerra de seu país, parece não ter conseguido chegar a esse objetivo, porém convenceu Trump a voltar a apoiar o congelamento das atuais linhas de frente, diz o FT. Procurados para confirmar as informações, nem a Casa Branca, nem o porta-voz do governo ucraniano se pronunciaram. VÍDEOS: em alta no g1 Veja os vídeos que estão em alta no g1
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