Vereadores articulam volta de votação “home office” na Câmara de SP
Vereadores da base governista querem incluir na pauta o fim da obrigatoriedade de votação presencial na Câmara Municipal de São Paulo
Vereadores de São Paulo articulam nos bastidores o retorno da votação híbrida de projetos na Câmara Municipal. Segundo parlamentares da base governista e da oposição ouvidos pelo Metrópoles, a volta do “home office” tem grandes chances de ser incluída na pauta desta quarta-feira (17/12), possivelmente a última do ano.
A sessão de amanhã será dedicada principalmente à votação do orçamento de 2026.
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O movimento é capitaneado pelo vereador Thammy Miranda (PSD), que junto a outros parlamentares da base do prefeito Ricardo Nunes (MDB), tenta adesão para alterar o regimento. Um parlamentar ouvido pela reportagem disse que, após o fim da pandemia, o sistema de votação e presenças na Câmara “ficou muito engessado”.
O fim da obrigatoriedade da votação presencial pode começar a valer a partir do próximo ano, na retomada dos trabalhos legislativos, marcada para fevereiro.
Segundo parlamentares da oposição, a mudança deve ser proporcionada por meio de um “jabuti”, apelido dado a artigos ou emendas incluídos de forma sorrateira em textos sem relação com o tema principal da matéria. A manobra permite que fatos alheios aos projetos sejam aprovados com mais celeridade, pois “driblam” o trâmite legislativo, adicionando um outro tema a um texto que já foi apreciado por comissões.
Votação “home office”
Instituído durante a pandemia de Covid-19, o fim da votação remota na Câmara Municipal de São Paulo ocorreu três anos depois do fim da emergência sanitária.
O fim do “home office” foi votado em março deste ano e foi considerado uma vitória da oposição. Com o sistema híbrido, a oposição tem mais dificuldade de obstruir pautas de interesse do governo.
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