Volkswagen: programa de demissão voluntária atinge 20 mil na Alemanha
Objetivo é cortar 35 mil postos de trabalho até o fim da década. Atualmente, a matriz alemã da Volkswagen conta com 130 mil funcionários

Gigante alemã do setor automotivo, a Volkswagen informou nesta quarta-feira (4/6) que cerca de 20 mil funcionários devem deixar a empresa, de forma voluntária, até 2030, em meio ao processo de reestruturação deflagrado pela companhia.
Segundo a Volkswagen, os profissionais aderiram ao programa de demissão voluntária instituído pela empresa para reduzir custos em meio à queda na demanda por seus veículos nos últimos anos.
O objetivo da companhia é cortar 35 mil postos de trabalho até o fim da década. Atualmente, a matriz alemã da Volkswagen conta com 130 mil funcionários e colaboradores.
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“Com um progresso mensurável nos custos da fábrica em Wolfsburg e cortes de empregos socialmente responsáveis apenas nas seis unidades alemãs da Volkswagen, estamos acelerando nossa transformação”, afirmou o diretor de Recursos Humanos da Volks, Gunnar Kilian.
Em dezembro do ano passado, a Volkswagen anunciou um acordo com trabalhadores e líderes sindicais para a redução da capacidade de produção da montadora na Alemanha em mais de 700 mil unidades até 2030.
Segundo a companhia, a decisão é motivada por uma realidade marcada por “investimentos excessivos, baixos retornos nos veículos elétricos e um ponto de equilíbrio muito elevado”.
Efeito “tarifaço”
O lucro líquido da Volkswagen desabou mais de 40% no primeiro trimestre deste ano, de acordo com dados divulgados pela própria companhia.
Segundo a empresa, o lucro líquido registrado no período entre janeiro e março de 2025 foi de 2,19 bilhões de euros (o equivalente a R$ 14 bilhões, pela cotação atual). O resultado representa uma queda de 41% em relação ao primeiro trimestre do ano passado.
O desempenho da Volkswagen ficou abaixo das estimativas dos analistas do mercado, que giravam em torno de 2,24 bilhões de euros (cerca de R$ 14,4 bilhões).
A companhia alemã aponta o aumento de custos e o excesso de capacidade nas fábricas europeias, além da demanda mais fraca na China, como os principais fatores que explicam esses resultados.
As tarifas comerciais impostas pelo governo do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, também prejudicam o desempenho da empresa, assim como a queda das vendas de veículos elétricos na Europa e nos EUA.
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