“Vou morrer hoje”: após matar policial, bandido faz live de sequestro
Lucas de Sousa Nonato, que mantém uma mulher e uma criança reféns há mais de 15 horas, aparece na gravação afirmando que pretende morrer

O clima de tensão em Laranjal do Jari, no sul do Amapá, chegou a um novo nível neste sábado (23/8) com a divulgação de um vídeo transmitido ao vivo pelo suspeito de matar o policial civil Mayson Viana de Freitas, 38 anos, dentro da delegacia da cidade. Lucas de Sousa Nonato (foto em destaque), que mantém uma mulher e uma criança reféns há mais de 15 horas, aparece na gravação afirmando que pretende morrer ainda hoje e criticando a forma como a sociedade o vê.
“Vocês vão me ver morto hoje mesmo. É muito difícil a sociedade me ver como ser humano só porque tenho passagem criminal. Vocês podem estar certos em certo ponto, mas essa que é a vida. O ser humano sempre vai olhar para o defeito, para a atitude errada. Para a sociedade, bandido bom é bandido morto”, disse Lucas durante a live.
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Nas imagens, a mulher feita refém aparece chorando e relata que o criminoso pediu um colete balístico e aguarda resposta da polícia.
Assassinato dentro da delegacia
Lucas de Sousa Nonato foi preso na sexta-feira (22) e estava sendo apresentado na Delegacia de Laranjal do Jari quando conseguiu pegar a arma do policial Mayson Viana de Freitas e atirar diversas vezes contra ele. O agente, integrante da turma de 2018 da Polícia Civil, chegou a receber atendimento médico, mas morreu ainda no local.
Após o homicídio, o suspeito roubou uma motocicleta, fugiu para a região conhecida como Beco do Vagalume e invadiu uma residência, onde fez os moradores reféns. Desde então, forças de segurança estaduais e unidades especializadas atuam no cerco e na negociação.
Policial civil Mayson Viana de Freitas
Cerco e negociação continuam
A operação envolve equipes da Polícia Civil, Polícia Militar, Grupo Tático Aéreo (GTA) e da Coordenadoria de Operações e Recursos Especiais (CORE). O delegado-geral da Polícia Civil, Cézar Vieira, informou que a prioridade absoluta é garantir a integridade das vítimas:
“O objetivo número um é a preservação da vida das vítimas que estão em poder do suspeito. Nossa missão é proteger o cidadão e garantir que elas sejam resgatadas sem nenhum arranhão. Paralelamente, trabalhamos para dar cumprimento ao mandado de prisão oriundo do Pará e para que ele responda pelo homicídio do policial civil”, disse.
O secretário de Segurança Pública, Daniel Marsili, e o comandante-geral da PM, coronel Costa Júnior, estão na cidade para acompanhar o desfecho da operação.
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