Estou aprendendo a dizer adeus a Aluizinho…
Faz uma semana que estamos num árduo aprendizado; o de dizer adeus ao irmão mais velho, o guardião de grandes lembranças, o companheiro de time e de aventuras na infância no Rio de Janeiro ou na adolescência em Natal.
Diferentes demais no temperamento e na forma de conviver, mas tÌnhamos uma conexão imensa e difÌcil de explicar nas paixıes pelos pais, filhos, netos, famÌlia, futebol.
O Vasco nossa agenda semanal em mensagens, sofrimento e ligações. Assim como as atualidades que ele nunca deixou de acompanhar, mesmo quando saiu do comando das empresas de comunicação da família.
Era dele, a curiosidade, o faro pela noticia relevante, as tiradas com humor. Nos últimos anos, vê-lo debilitado por tantas comorbidades me fazia sofrer. Tentava lhe animar com esperança e otimismo de dias melhores.
No último sábado, o susto, a dor, o choro quase desesperador. Agora, a saudade dolorida acalmada pela fé incondicional em Nosso Senhor Jesus Cristo, que ele também tinha.
A certeza que ele está na Casa de Deus, ao lado de papai e mamãe. De quem tanto sentia falta. A certeza também que seria egoísmo nosso quere-lo aqui, onde só é passagem.
Aluizinho se foi nos deixando mais essa lição de que a vida é agora e, enquanto nosso coração bater, deve cumprir sua maior missão: AMAR. Isso ele fez. Amou incondicionalmente e se doou com generosidade.
Ao filho Aluízio Neto, único e tão amado, aos netos Mateus e Rafael, por quem tinha verdadeira paixão, sem falar em Susana, de quem nunca se separou no afeto especial. Os sobrinhos de sangue e os por afinidade. Jamais esquecerão o “tio Zizinho” divertido, bom contador de histórias e de presentes exagerados.
Seguiremos aqui, meu irmão – eu, Ana, Henrique José, Neto – na saudade, e mais próximos e unidos- como você gostaria de ver.
Seguimos aprendendo a dizer adeus, ainda com lágrimas no olhar, mas Deus haverá de transformar essa dor. Aluizinho, quando quiser, pode me falar. Como sempre, estarei aqui!