Trump diz que conversa com Lula foi 'muito boa' e abre possibilidade de encontro entre os dois no Brasil e nos EUA
Após ligação com o presidente Lula, Trump diz que o encontro entre os dois está próximo O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, confirmou que falou por videoconferência com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva nesta segunda-feira (6), disse que a ligação foi "muito boa" e que gostou da conversa. O norte-americano afirmou também que os dois farão um encontro "em um futuro não muito distante" e que a reunião presencial deve ocorrer "tanto no Brasil quanto nos Estados Unidos". ✅ Clique aqui para seguir o canal de notícias internacionais do g1 no WhatsApp "Nesta manhã, eu fiz uma chamada telefônica muita boa com o presidente Lula, do Brasil. Nós discutimos muitas coisas, mas a conversa focou principalmente na economia e no comércio entre os dois países", declarou o norte-americano. "Nós teremos novas discussões e nos reuniremos em um futuro não muito distante, tanto no Brasil quanto nos Estados Unidos. Eu gostei da ligação telefônica — nossos países irão muito bem juntos!". Veja, abaixo, a publicação original de Trump sobre a conversa com Lula: Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, fala sobre ligação por vídeo com presidente Lula em 6 de outubro de 2025. Reprodução/Donald Trump no Truth Social A conversa entre os presidentes norte-americano e brasileiro ocorreu após Trump ter anunciado de surpresa, em discurso na Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU), que os dois haviam combinado que falariam por telefone durante um breve encontro nos bastidores. O governo brasileiro anunciou nesta manhã que a conversa ocorreu, por meio de uma videoconferência. Ainda de acordo com o Planlato, a reunião durou cerca de 30 minutos, e foi Trump quem telefonou para Lula — o norte-americano não confirmou a informação na publicação em que falou sobre a conversa com o brasileiro. Em nota, o governo brasileiro afirmou também que o petista pediu a Donald Trump que reveja o tarifaço e as sanções a autoridades brasileiras, aplicadas pelo governo Trump em retaliação ao julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro, aliado do norte-americano, no Supremo Tribunal Federal (leia mais abaixo). Trump não mencionou o pedido de Lula de retirada das sanções, mas disse que os dois discutiram "muitas coisas". Sobre o futuro encontro entre Trump e Lula, nem o governo do Brasil, nem o dos EUA falou em datas. O Planalto afirmou que Lula "levantou a possibilidade de encontro na Cúpula da Asean (Associação das Nações do Sudeste Asiático), na Malásia; reiterou convite a Trump para participar da COP30, em Belém (PA); e também se dispôs a viajar aos Estados Unidos". A Casa Branca ainda não havia informado, até a última atualização, se está travando negociações com Brasília por um encontro entre os dois. Nesta tarde, a porta-voz do governo Trump, Karoline Leavitt, afirmou que Trump receberá, nesta semana, apenas os líderes do Canadá e da Finlândia. Ela não mencionou o encontro com Lula. 'Tom amistoso' Lula e Trump Adriano Machado/Reuters; Evelyn Hockstein/Reuters Após a conversa, o ministro da Economia, Fernando Haddad, também afirmou que o diálogo entre Lula e Trump foi "positivo", e o Planalto falou em "tom amistoso". Já o vice-presente Geraldo Alckimin, também depois da conversa, se disse "otimista" com a possibilidade de os EUA revisarem o tarifaço de 50% a produtos brasileiros. Alckimin e o chanceler Mauro Vieira estavam com Lula durante a ligação, ainda de acordo com as fontes consultadas pela TV Globo. 'Química excelente' 'Foi positivo', diz Haddad sobre conversa de Lula com Trump por videoconferência A conversa entre Trump e Lula foi marcada pessoalmente entre os dois quando eles se encontraram nos bastidores da Assembleia Geral da ONU — sessão anual em que os líderes de todos os membros das Nações Unidas discursam em plenário. Brasil e Estados Unidos foram os dois primeiros países a falar, e, quando Lula deixou o palco, cruzou com Trump. Foi o próprio norte-americano que anunciou o encontro casual, durante seu discurso na assembleia. E surpreendeu ao dizer ter gostado de Lula, com que afirmou ainda ter tido "uma química excelente". "Ele parece um cara muito legal, ele gostou de mim e eu gostei dele. E eu só faço negócio com gente de quem eu gosto. Quando não gosto deles, eu não faço. Quando eu não gosto, eu não gosto. Por 39 segundos, nós tivemos uma ótima química e isso é um bom sinal." Crise diplomática A crise diplomática entre Brasil e Estados Unidos começou em julho deste ano, quando, em uma carta, Trump anunciou que passaria a taxas os produtos brasileiros que entram nos EUA em 50%. O motivo da taxação, disse o norte-americano, era o julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro no STF, que Trump chamou de "tratamento injusto". A carta destoou do padrão adotado nas demais comunicações enviadas a seus outros parceiros comerciais de Washington que também sofreram taxação. Enquanto as demais notificações tratavam principalmente da relação comercial e do déficit dos EUA com esses países, Trump inici


Após ligação com o presidente Lula, Trump diz que o encontro entre os dois está próximo O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, confirmou que falou por videoconferência com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva nesta segunda-feira (6), disse que a ligação foi "muito boa" e que gostou da conversa. O norte-americano afirmou também que os dois farão um encontro "em um futuro não muito distante" e que a reunião presencial deve ocorrer "tanto no Brasil quanto nos Estados Unidos". ✅ Clique aqui para seguir o canal de notícias internacionais do g1 no WhatsApp "Nesta manhã, eu fiz uma chamada telefônica muita boa com o presidente Lula, do Brasil. Nós discutimos muitas coisas, mas a conversa focou principalmente na economia e no comércio entre os dois países", declarou o norte-americano. "Nós teremos novas discussões e nos reuniremos em um futuro não muito distante, tanto no Brasil quanto nos Estados Unidos. Eu gostei da ligação telefônica — nossos países irão muito bem juntos!". Veja, abaixo, a publicação original de Trump sobre a conversa com Lula: Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, fala sobre ligação por vídeo com presidente Lula em 6 de outubro de 2025. Reprodução/Donald Trump no Truth Social A conversa entre os presidentes norte-americano e brasileiro ocorreu após Trump ter anunciado de surpresa, em discurso na Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU), que os dois haviam combinado que falariam por telefone durante um breve encontro nos bastidores. O governo brasileiro anunciou nesta manhã que a conversa ocorreu, por meio de uma videoconferência. Ainda de acordo com o Planlato, a reunião durou cerca de 30 minutos, e foi Trump quem telefonou para Lula — o norte-americano não confirmou a informação na publicação em que falou sobre a conversa com o brasileiro. Em nota, o governo brasileiro afirmou também que o petista pediu a Donald Trump que reveja o tarifaço e as sanções a autoridades brasileiras, aplicadas pelo governo Trump em retaliação ao julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro, aliado do norte-americano, no Supremo Tribunal Federal (leia mais abaixo). Trump não mencionou o pedido de Lula de retirada das sanções, mas disse que os dois discutiram "muitas coisas". Sobre o futuro encontro entre Trump e Lula, nem o governo do Brasil, nem o dos EUA falou em datas. O Planalto afirmou que Lula "levantou a possibilidade de encontro na Cúpula da Asean (Associação das Nações do Sudeste Asiático), na Malásia; reiterou convite a Trump para participar da COP30, em Belém (PA); e também se dispôs a viajar aos Estados Unidos". A Casa Branca ainda não havia informado, até a última atualização, se está travando negociações com Brasília por um encontro entre os dois. Nesta tarde, a porta-voz do governo Trump, Karoline Leavitt, afirmou que Trump receberá, nesta semana, apenas os líderes do Canadá e da Finlândia. Ela não mencionou o encontro com Lula. 'Tom amistoso' Lula e Trump Adriano Machado/Reuters; Evelyn Hockstein/Reuters Após a conversa, o ministro da Economia, Fernando Haddad, também afirmou que o diálogo entre Lula e Trump foi "positivo", e o Planalto falou em "tom amistoso". Já o vice-presente Geraldo Alckimin, também depois da conversa, se disse "otimista" com a possibilidade de os EUA revisarem o tarifaço de 50% a produtos brasileiros. Alckimin e o chanceler Mauro Vieira estavam com Lula durante a ligação, ainda de acordo com as fontes consultadas pela TV Globo. 'Química excelente' 'Foi positivo', diz Haddad sobre conversa de Lula com Trump por videoconferência A conversa entre Trump e Lula foi marcada pessoalmente entre os dois quando eles se encontraram nos bastidores da Assembleia Geral da ONU — sessão anual em que os líderes de todos os membros das Nações Unidas discursam em plenário. Brasil e Estados Unidos foram os dois primeiros países a falar, e, quando Lula deixou o palco, cruzou com Trump. Foi o próprio norte-americano que anunciou o encontro casual, durante seu discurso na assembleia. E surpreendeu ao dizer ter gostado de Lula, com que afirmou ainda ter tido "uma química excelente". "Ele parece um cara muito legal, ele gostou de mim e eu gostei dele. E eu só faço negócio com gente de quem eu gosto. Quando não gosto deles, eu não faço. Quando eu não gosto, eu não gosto. Por 39 segundos, nós tivemos uma ótima química e isso é um bom sinal." Crise diplomática A crise diplomática entre Brasil e Estados Unidos começou em julho deste ano, quando, em uma carta, Trump anunciou que passaria a taxas os produtos brasileiros que entram nos EUA em 50%. O motivo da taxação, disse o norte-americano, era o julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro no STF, que Trump chamou de "tratamento injusto". A carta destoou do padrão adotado nas demais comunicações enviadas a seus outros parceiros comerciais de Washington que também sofreram taxação. Enquanto as demais notificações tratavam principalmente da relação comercial e do déficit dos EUA com esses países, Trump iniciou a carta destinada ao Brasil abordando diretamente o caso de Bolsonaro. “Conheci e tratei com o ex-Presidente Jair Bolsonaro, e o respeitei muito, assim como a maioria dos outros líderes de países. A forma como o Brasil tem tratado o ex-Presidente Bolsonaro, um líder altamente respeitado em todo o mundo durante seu mandato, inclusive pelos Estados Unidos, é uma vergonha internacional. Esse julgamento não deveria estar ocorrendo. É uma Caça às Bruxas que deve acabar IMEDIATAMENTE!”, afirma o primeiro parágrafo. Na sequência, Trump declara que aplicará uma tarifa de 50% sobre os produtos brasileiros importados pelos EUA “em parte devido aos ataques insidiosos do Brasil contra eleições livres e à violação fundamental da liberdade de expressão dos americanos”. Lula criticou a carta e, ao contrário de vários países, disse que não buscaria Trump para negociar. O brasileiro respondeu afirmando que o processo judicial contra os envolvidos na tentativa de golpe de Estado de 8 de janeiro de 2023 é de competência exclusiva da Justiça brasileira, e “não está sujeito a nenhum tipo de ingerência ou ameaça que fira a independência das instituições nacionais”. Infográfico - Entenda taxa de 50% anunciada por Trump ao Brasil e a relação econômica com os EUA. Arte/g1
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