Banheiro químico, aromatizador, colchão inflável: por dentro do B-2 Spirit, avião 'invisível' que os EUA usaram para atacar o Irã; INFOGRÁFICO
Avião furtivo mais caro do mundo pode lançar bombas de 13 toneladas contra instalações subterrâneas. Missões podem durar até 40 horas. Veja imagens do avião B-2, usado nos ataques dos EUA contra instalações nucleares do Irã O B-2 Spirit, bombardeiro da Força Aérea dos Estados Unidos, é uma dos veículos militares mais avançados do país. Com tecnologia de ponta, ele é capaz de atravessar sistemas sofisticados de defesa aérea, além de conseguir atingir com precisão alvos fortificados, como as instalações nucleares subterrâneas do Irã — o que foi feito em um ataque no último sábado (21). Saiba como é a bomba 'destruidora de bunkers' dos EUA ✅ Clique aqui para seguir o canal de notícias internacionais do g1 no WhatsApp Mas como os seis B-2 Spirits usados na missão conseguiram voar em uma missão de 37 horas de duração, indo dos EUA até o Irã e retornando de volta à base de Whiteman, no Missouri? A operação envolveu múltiplos reabastecimentos no ar e o revezamento dos dois pilotos no comando de cada aeronave. Voos assim tão longos, porém, trazem desafios para os tripulantes. Em um programa para o canal Unconventional, da revista americana "Newsweek", o jornalista Naveed Jamali teve a rara oportunidade de mostrar por dentro o B-2, com acesso aos hangares onde eles estão estacionados e à cabine, fazendo um voo de treinamento no bombardeiro. Jamali é um ex-militar americano e ex-agente do FBI. Em sua visita à base de Whiteman, a 115 km de Kansas City, onde todos os B-2 ficam concentrados, o jornalista revela como as aeronaves são preparadas para as missões. Cada bombardeiro tem seu próprio hangar, onde só é permitido entrar e filmar com autorização do Pentágono — um aviso no chão diz que "o uso de força letal é permitido" no local. Dois tripulantes, 40 horas A base aérea fica em uma região central dos Estados Unidos para que possa chegar em um tempo razoável tanto à Costa Leste quanto à Costa Oeste do país. No entanto, isso faz com que os bombardeiros fiquem baseados ainda mais longe dos seus alvos. Por isso, é comum haver operações de reabastecimento em pleno ar. Além disso, é preciso garantir que os tripulantes se alimentem, e até façam suas necessidades, se preciso, durante as missões, que podem durar até 40 horas. Segundo Jamali, os B-2 são equipados com um forno de microondas na cabine para que o comandante da missão e o piloto não passem fome. O jornalista também descreveu que existe "uma espécie de banheiro químico" — além de equipamentos como urinol masculino, feminino e até uma espécie de fralda no equipamento de cada ocupante. Eles também podem dormir, um de cada vez, em um espaço atrás dos assentos, estendendo um saco de dormir em um colchão inflável. Não menos importante, Jamali também mostrou um pequeno aromatizador de ambiente, desses em formato de pinheiro, comuns em automóveis. O motivo é prosaico: as missões longas podem deixar a cabine com um cheiro ruim. O jornalista aponta, por último o desconforto causado pelos assentos, projetados para ejetar, se necessário. Veja mais detalhes abaixo: B-2 Spirit Luisa Rivas/Editoria de Arte g1 O que é o B-2 Spirit? O bombardeiro B-2 Spirit, da Força Aérea dos Estados Unidos, Reuters Com custo estimado em US$ 2,1 bilhões por unidade, o B-2 é o avião militar mais caro já produzido. Fabricado pela Northrop Grumman, ele começou a ser desenvolvido no fim dos anos 1980. A queda da União Soviética reduziu os planos do Pentágono, e apenas 21 unidades foram fabricadas. O B-2 pode voar mais de 11 mil km sem reabastecimento. Com apoio aéreo, tem alcance global e já participou de operações saindo dos EUA com destino ao Afeganistão e à Líbia. Com capacidade para transportar mais de 18 toneladas de armamentos, o bombardeiro pode lançar armas convencionais e nucleares, mantendo sua capacidade furtiva por armazenar todo o armamento em compartimentos internos. Como funciona o bombardeiro B-2 Spirit: Custa cerca de US$ 2,1 bilhões por unidade Produzido pela Northrop Grumman nos anos 1980 Apenas 21 unidades foram fabricadas Pode voar mais de 11 mil km sem reabastecimento Transporta até 18 toneladas de armamentos É invisível aos radares convencionais Saiba qual é a bomba poderosa que Israel estaria pressionando EUA a usar contra Irã Capacidade de destruição Entre os armamentos, o B-2 pode carregar duas bombas GBU-57A/B, conhecidas como "bunker buster", com 13 toneladas cada. Projetada para destruir bunkers reforçados, a arma é guiada por GPS e pode penetrar mais de 60 metros de concreto armado. Bomba MOP Kayan Albertin/Editoria de Arte g1 Outros armamentos O B-2 também pode lançar: JDAMs (Joint Direct Attack Munitions): bombas guiadas por GPS para ataques de alta precisão. JSOWs (Joint Standoff Weapons): bombas planadoras que permitem ataques a longa distância, sem comprometer o sigilo do avião. JASSMs (Joint Air-to-Surface Standoff Missiles): mísseis de longo alcance com tecnologia furtiva, capazes de atingir alvos a mais de 800 km. Papel na estratégia nuclear dos EUA O B-2 é


Avião furtivo mais caro do mundo pode lançar bombas de 13 toneladas contra instalações subterrâneas. Missões podem durar até 40 horas. Veja imagens do avião B-2, usado nos ataques dos EUA contra instalações nucleares do Irã O B-2 Spirit, bombardeiro da Força Aérea dos Estados Unidos, é uma dos veículos militares mais avançados do país. Com tecnologia de ponta, ele é capaz de atravessar sistemas sofisticados de defesa aérea, além de conseguir atingir com precisão alvos fortificados, como as instalações nucleares subterrâneas do Irã — o que foi feito em um ataque no último sábado (21). Saiba como é a bomba 'destruidora de bunkers' dos EUA ✅ Clique aqui para seguir o canal de notícias internacionais do g1 no WhatsApp Mas como os seis B-2 Spirits usados na missão conseguiram voar em uma missão de 37 horas de duração, indo dos EUA até o Irã e retornando de volta à base de Whiteman, no Missouri? A operação envolveu múltiplos reabastecimentos no ar e o revezamento dos dois pilotos no comando de cada aeronave. Voos assim tão longos, porém, trazem desafios para os tripulantes. Em um programa para o canal Unconventional, da revista americana "Newsweek", o jornalista Naveed Jamali teve a rara oportunidade de mostrar por dentro o B-2, com acesso aos hangares onde eles estão estacionados e à cabine, fazendo um voo de treinamento no bombardeiro. Jamali é um ex-militar americano e ex-agente do FBI. Em sua visita à base de Whiteman, a 115 km de Kansas City, onde todos os B-2 ficam concentrados, o jornalista revela como as aeronaves são preparadas para as missões. Cada bombardeiro tem seu próprio hangar, onde só é permitido entrar e filmar com autorização do Pentágono — um aviso no chão diz que "o uso de força letal é permitido" no local. Dois tripulantes, 40 horas A base aérea fica em uma região central dos Estados Unidos para que possa chegar em um tempo razoável tanto à Costa Leste quanto à Costa Oeste do país. No entanto, isso faz com que os bombardeiros fiquem baseados ainda mais longe dos seus alvos. Por isso, é comum haver operações de reabastecimento em pleno ar. Além disso, é preciso garantir que os tripulantes se alimentem, e até façam suas necessidades, se preciso, durante as missões, que podem durar até 40 horas. Segundo Jamali, os B-2 são equipados com um forno de microondas na cabine para que o comandante da missão e o piloto não passem fome. O jornalista também descreveu que existe "uma espécie de banheiro químico" — além de equipamentos como urinol masculino, feminino e até uma espécie de fralda no equipamento de cada ocupante. Eles também podem dormir, um de cada vez, em um espaço atrás dos assentos, estendendo um saco de dormir em um colchão inflável. Não menos importante, Jamali também mostrou um pequeno aromatizador de ambiente, desses em formato de pinheiro, comuns em automóveis. O motivo é prosaico: as missões longas podem deixar a cabine com um cheiro ruim. O jornalista aponta, por último o desconforto causado pelos assentos, projetados para ejetar, se necessário. Veja mais detalhes abaixo: B-2 Spirit Luisa Rivas/Editoria de Arte g1 O que é o B-2 Spirit? O bombardeiro B-2 Spirit, da Força Aérea dos Estados Unidos, Reuters Com custo estimado em US$ 2,1 bilhões por unidade, o B-2 é o avião militar mais caro já produzido. Fabricado pela Northrop Grumman, ele começou a ser desenvolvido no fim dos anos 1980. A queda da União Soviética reduziu os planos do Pentágono, e apenas 21 unidades foram fabricadas. O B-2 pode voar mais de 11 mil km sem reabastecimento. Com apoio aéreo, tem alcance global e já participou de operações saindo dos EUA com destino ao Afeganistão e à Líbia. Com capacidade para transportar mais de 18 toneladas de armamentos, o bombardeiro pode lançar armas convencionais e nucleares, mantendo sua capacidade furtiva por armazenar todo o armamento em compartimentos internos. Como funciona o bombardeiro B-2 Spirit: Custa cerca de US$ 2,1 bilhões por unidade Produzido pela Northrop Grumman nos anos 1980 Apenas 21 unidades foram fabricadas Pode voar mais de 11 mil km sem reabastecimento Transporta até 18 toneladas de armamentos É invisível aos radares convencionais Saiba qual é a bomba poderosa que Israel estaria pressionando EUA a usar contra Irã Capacidade de destruição Entre os armamentos, o B-2 pode carregar duas bombas GBU-57A/B, conhecidas como "bunker buster", com 13 toneladas cada. Projetada para destruir bunkers reforçados, a arma é guiada por GPS e pode penetrar mais de 60 metros de concreto armado. Bomba MOP Kayan Albertin/Editoria de Arte g1 Outros armamentos O B-2 também pode lançar: JDAMs (Joint Direct Attack Munitions): bombas guiadas por GPS para ataques de alta precisão. JSOWs (Joint Standoff Weapons): bombas planadoras que permitem ataques a longa distância, sem comprometer o sigilo do avião. JASSMs (Joint Air-to-Surface Standoff Missiles): mísseis de longo alcance com tecnologia furtiva, capazes de atingir alvos a mais de 800 km. Papel na estratégia nuclear dos EUA O B-2 é uma das peças-chave da tríade nuclear dos Estados Unidos. Ele pode carregar até 16 bombas nucleares B83, combinando alcance, precisão e furtividade para realizar ataques estratégicos com potencial destrutivo massivo. Uma aeronave fantasma americana B-2 Spirit (esq.) voa ao lado de um jato sobre Pyeongtaek, ao sul de Seul, na Coreia do Sul. A aeronave militar teria participado de uma simulação em que bombardeou um alvo,segundo uma fonte militar. Reuters/Sin Young-keun/Yomhap
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