Bebê perde metade da língua após confundir soda cáustica com leite
Bebeê de 1 ano e 8 meses teve queimaduras graves na boca e uma parada cardíaca depois de confundir produto tóxico com leite
O que deveria ser uma manhã comum se transformou no pior pesadelo da família Alshameri, que mora em Birmingham, na Inglaterra. Sam Anwar, de apenas 1 ano e 8 meses, teve queimaduras gravíssimas na boca e no trato digestivo, perdeu metade da língua e teve uma parada cardíaca depois de ingerir um desentupidor de ralos altamente corrosivo.
Segundo o pai do bebê, Nadeem Alshameri, de 37 anos, ele encontrou o frasco do produto aberto e, antes que pudesse intervir, o filho já havia levado o líquido à boca acreditando ser leite.
A substância, formulada para dissolver obstruções em canos, causou queimaduras imediatas e severas. Em poucos instantes, Sam começou a gritar de dor e apresentou sinais de sufocamento. A família chamou uma ambulância, mas o bebê sofreu um ataque cardíaco assim que chegou ao hospital.
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Na unidade de emergência, a equipe médica tentou reanimar Sam por três minutos, e o menino foi levado diretamente para tratamento intensivo. Exames revelaram a extensão das lesões: queimaduras profundas, destruição de parte da língua e comprometimento do esôfago.
Os médicos explicaram ao pai que o quadro era crítico e que as horas seguintes seriam decisivas para a sobrevivência do menino. Nadeem descreveu o momento como “devastador”, afirmando que nunca imaginou ver o filho em uma condição tão frágil.
Depois de estabilizado, Sam passou por procedimentos para controlar a dor, reduzir inflamações e prevenir infecções, além de intervenções cirúrgicas emergenciais.
A equipe médica informou que a destruição parcial da língua afetará funções básicas como engolir, mastigar e, futuramente, desenvolver a fala. O esôfago também sofreu danos significativos, o que exige alimentação especial e monitoramento contínuo.
Atualmente, Sam segue em recuperação hospitalar e depende de acompanhamento diário com especialistas, incluindo cirurgiões pediátricos, fonoaudiólogos e fisioterapeutas.
O pai conta que o prognóstico ainda é incerto, mas que a família se apega a cada pequena melhora. Ele também relata que os custos associados ao longo período no hospital, às cirurgias e aos tratamentos especializados já ultrapassam a capacidade financeira da família.
Por isso, Nadeem criou uma vaquinha virtual no GoFundMe para ajudar a custear deslocamentos, medicação, futuras cirurgias reconstrutivas e cuidados que Sam precisará pelos próximos meses — e possivelmente anos.
Alerta para os pais de crianças pequenas
No relato, o pai destaca que decidiu tornar o caso público não apenas para pedir ajuda, mas também para alertar outras famílias sobre o perigo de produtos altamente corrosivos deixados ao alcance de crianças.
Enquanto Sam enfrenta uma longa e delicada jornada de recuperação, a família tenta se equilibrar entre a rotina hospitalar, as incertezas do futuro do filho e a esperança de que o menino consiga recuperar parte das funções perdidas.
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