Bolsonaro volta para prisão domiciliar após procedimento médico

Ex-presidente passou seis horas em hospital para remover lesões na pele. É a primeira saída desde a condenação no STF por tentativa de golpe

Sep 14, 2025 - 15:00
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Bolsonaro volta para prisão domiciliar após procedimento médico

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) deixou o hospital DF Star às 14 horas deste domingo (14/9) e retornou à sua residência, no Jardim Botânico, em Brasília (DF), para cumprir prisão domiciliar. Bolsonaro chegou ao hospital às 8 horas para realizar a cirurgia, marcada para às 10 horas. Trata-se da primeira vez que o ex-chefe do Executivo deixou a prisão domiciliar desde que foi condenado por tentativa de golpe de estado pela Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF). A pena aplicada é de 27 anos e 3 meses.

O ex-mandatário foi submetido a um procedimento dermatológico para remoção de lesões na pele. Ao todo, foram retiradas oito lesões. Os exames também constataram um quadro de anemia e resquícios de uma pneumonia no político, segundo o boletim médico divulgado após a alta.

“Nos próximos dias, será disponibilizado o resultado anatomo-patológico das lesões da pele para definição diagnóstica e avaliação de necessidade de complementação terapêutica”, diz do documento assinado pelo médico Cláudio Birolini.

Na saída de Bolsonaro do hospital, o doutor Birolini declarou que a anemia foi causada porque o ex-presidente “se alimentou mal” no último mês. Ele classificou a saúde do político como “fragilizada”.

Enquanto o médico falava, o ex-presidente ficou observando os apoiadores, que cantaram o hino nacional e gritaram frases de apoio a ele.

Veja imagens: 12 imagensBolsonaro na saída do hospital DF Star no domingo (14/9)Bolsonaro na saída do hospital DF Star no domingo (14/9)Bolsonaro na saída do hospital DF Star no domingo (14/9)Bolsonaro na saída do hospital DF Star no domingo (14/9)Bolsonaro na saída do hospital DF Star no domingo (14/9)Fechar modal.1 de 12

Bolsonaro na saída do hospital DF Star no domingo (14/9)HUGO BARRETO/METRÓPOLES @hugobarretophoto2 de 12

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Bolsonaro na saída do hospital DF Star no domingo (14/9)HUGO BARRETO/METRÓPOLES @hugobarretophoto

O deslocamento do ex-presidente teve escolta de sete carros e seis motos da Polícia Penal do Distrito Federal, como deferido pelo ministro do STF Alexandre de Moraes.

Ele foi acompanhado pelos filhos Jair Renan (PL), vereador de Balneário Camboriú (SC), e Carlos Bolsonaro (PL), vereador do Rio de Janeiro. O entorno do hospital recebeu reforço da Polícia Militar do Distrito Federal.

Veja imagens da ida de Bolsonaro ao hospital: 4 imagensComboio que levou o ex-presidente Jair Bolsonaro ao hospitalComboio que levou o ex-presidente Jair Bolsonaro ao hospitalComboio que levou o ex-presidente Jair Bolsonaro ao hospitalFechar modal.1 de 4

O ex-predente Jair Bolsonaro acompanhados dos filhos Jair Renan e Carlos Bolsonaro na ida ao hospitalHUGO BARRETO/METRÓPOLES @hugobarretophoto2 de 4

Comboio que levou o ex-presidente Jair Bolsonaro ao hospitalHUGO BARRETO/METRÓPOLES @hugobarretophoto3 de 4

Comboio que levou o ex-presidente Jair Bolsonaro ao hospitalHUGO BARRETO/METRÓPOLES @hugobarretophoto4 de 4

Comboio que levou o ex-presidente Jair Bolsonaro ao hospitalHUGO BARRETO/METRÓPOLES @hugobarretophoto

Ao chegar ao hospital pela manhã, Bolsonaro foi escoltado pela porta da frente, e apoiadores que se concentravam em frente ao hospital puderam fazer fotos e vídeos do político. O ex-presidente não esboçou reação enquanto recebia cumprimentos dos manifestantes. 10 imagensApoiadores de Bolsonaro fazem ato em frente ao hospital em que ele realiza procedimento Apoiadores cumprimentam Bolsonaro na chegada ao DF StarApoiadores de Bolsonaro fazem ato em frente ao hospital em que ele realiza procedimento Fechar modal.1 de 10

Apoiadores de Bolsonaro fazem ato em frente ao hospital em que ele realiza procedimento HUGO BARRETO/METRÓPOLES @hugobarretophoto2 de 10

Apoiadores de Bolsonaro fazem ato em frente ao hospital em que ele realiza procedimento HUGO BARRETO/METRÓPOLES @hugobarretophoto3 de 10

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Apoiadores cumprimentam Bolsonaro na chegada ao DF StarHUGO BARRETO/METRÓPOLES @hugobarretophoto5 de 10

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Apoiadores de Bolsonaro fazem ato em frente ao hospital em que ele realiza procedimento HUGO BARRETO/METRÓPOLES @hugobarretophoto7 de 10

Apoiadores de Bolsonaro fazem ato em frente ao hospital em que ele realiza procedimento HUGO BARRETO/METRÓPOLES @hugobarretophoto8 de 10

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Apoiadores de Bolsonaro fazem ato em frente ao hospital em que ele realiza procedimento HUGO BARRETO/METRÓPOLES @hugobarretophoto

Procedimento dermatológico

No pedido de liberação ao STF, os advogados de Bolsonaro anexaram um relatório da equipe médica do ex-presidente, que recomendou a remoção de múltiplas lesões cutâneas, classificadas como “nevo melanocítico de tronco” e “neoplasia de comportamento incerto da pele”.

Os nevos melanocíticos, popularmente conhecidos como pintas, caracterizam uma condição benigna, mas que requer acompanhamento em casos de alterações no tamanho, formato ou cor.

O relator do caso no STF, ministro Alexandre de Moraes, acatou o pedido, mas ressaltou que o ato não o “dispensava” do cumprimento das medidas cautelares, como a proibição de usar redes sociais e a obrigatoriedade do uso de tornozeleira eletrônica.

Moraes determinou o uso do equipamento a Bolsonaro em 18 de julho, devido ao risco de fuga do ex-mandatário.

O ex-mandatório deve apresentar, em até 48 horas após a conclusão do procedimento médico, um atestado de comparecimento indicando a data e os horários dos atendimentos.

Condenação na Primeira Turma do STF

Na quinta-feira (11/9), a Primeira Turma do STF condenou, por quatro votos a um, Bolsonaro e outro sete réus na ação penal da trama golpista. Foi a primeira vez na história que um ex-presidente foi condenado por tentativa de golpe de estado. A pena fixada foi de 27 anos e 3 meses em regime inicial fechado. No entanto, a execução da pena só deve feita depois do trânsito em julgado do processo.

Além de golpe de estado, Bolsonaro foi condenado por outros quatro crimes: tentativa de abolição violenta do estado democrático de direito, organização criminosa armada, dano qualificado contra patrimônio da União e deterioração de patrimônio tombado.

Desde 4 de agosto, 0 ex-presidente está em prisão domiciliar por determinação de Moraes. No entanto, a prisão nesse caso se deu por descumprimento de medidas cautelares anteriores, como o uso de redes sociais por meio de terceiros.

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