Brasil denunciará Israel no Conselho de Direitos Humanos da ONU por interceptação de flotilha

Imagem de arquivo do Conselho de Direitos Humanos da ONU, em Genebra, na Suíça, em setembro de 2025. Denis Balibouse/ Reuters Com o apoio de quase 70 países, o Brasil denunciará nesta sexta-feira (3) o governo de Israel no Conselho de Direitos Humanos (CDH) da Organização das Nações Unidas (ONU) por interceptação da flotilha que navegava rumo à Faixa de Gaza. Quinze brasileiros estavam entre a tripulação, que foi levada a Israel, onde ainda estavam até a última atualização desta reportagem (leia mais abaixo). O governo brasileiro entregará uma carta ao CDH durante a 60ª sessão do conselho, que ocorrer nesta sexta. Nela, afirma que Israel violou "os princípios da liberdade de navegação em águas internacionais". "Lamentamos esta ação militar, que viola direitos fundamentais e coloca em risco a integridade física de ativistas humanitários. Nesse sentido, Israel tem total responsabilidade pela segurança e bem-estar dos detidos", diz o governo brasileiro na carta. O documento também pede o "levantamento imediato e incondicional de todas as restrições impostas por Israel à entrada e distribuição de assistência humanitária na Faixa de Gaza, em conformidade com suas obrigações como potência ocupante, nos termos da Quarta Convenção de Genebra". Segundo fontes consultadas pela TV Globo, quase 70 países já haviam aderido à denúncia do Brasil, entre eles a China. A relação completa de países ainda não havia sido divulgada até a última atualização desta reportagem. O Itamaraty disse que 15 brasileiros estavam nas embarcações e que vem mantendo "contato permanente com as autoridades israelenses". Em nota na noite de quinta-feira (2), o Ministério das Relações Exteriores do Brasil também criticou o que chamou de "detenções abitrárias". "Operações de caráter estritamente humanitário devem ser autorizadas e facilitadas por todas as partes em conflito, não podendo ser arbitrariamente obstadas ou consideradas ilícitas. O Brasil conclama a comunidade internacional a exigir de Israel a cessação do bloqueio à Gaza, por constituir grave violação ao direito internacional humanitário". Flotilha Ativistas interceptados em flotilha humanitária serão deportados por Israel Na quarta-feira (2), Israel interceptou barcos de ativistas que navegavam em direção à Faixa de Gaza. O Ministério das Relações Exteriores do Brasil informou que havia pelo menos dez brasileiros na flotilha. Um deles é a deputada federal Luizianne Lins (PT-CE). A flotilha, chamada Global Sumud, era formada por ao menos 44 barcos civis com cerca de 500 pessoas, entre elas a ativista Greta Thunberg. Os organizadores afirmaram que o grupo transportava ajuda humanitária para a população de Gaza. O Ministério das Relações Exteriores de Israel afirmou que "vários barcos" da flotilha foram parados, e os passageiros e tripulação, levados em segurança ao porto de Ashdod, que fica entre a Faixa de Gaza e Tel Aviv. "Greta e seus amigos estão seguros e saudáveis", afirmou o ministério. Nesta sexta, Israel começou o processo de deportação dos tripulantes. Quatro cidadãos italianos foram enviados de volta à Itália. A Global Sumud chamou de ação ilegal e "ataque israelense". Segundo o grupo, as câmeras de monitoramento das embarcações foram desligadas. “O navio Flórida foi atingido de propósito no mar. Yulara, Meteque e outros foram alvos de canhões de água”, afirmou o grupo. O governo israelense disse que a Marinha alertou a flotilha sobre a aproximação a uma zona de combate ativa, pedindo para que os ativistas mudassem a rota. Segundo Israel, foi oferecida mais de uma vez ao grupo a possibilidade de transferir ajuda humanitária por canais seguros até Gaza. Diante da operação envolvendo os ativistas, o presidente da Colômbia, Gustavo Petro, determinou que toda a delegação diplomática de Israel seja expulsa do país. Transmissão ao vivo g1 Esta reportagem está em atualização.

Oct 3, 2025 - 13:00
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Brasil denunciará Israel no Conselho de Direitos Humanos da ONU por interceptação de flotilha

Imagem de arquivo do Conselho de Direitos Humanos da ONU, em Genebra, na Suíça, em setembro de 2025. Denis Balibouse/ Reuters Com o apoio de quase 70 países, o Brasil denunciará nesta sexta-feira (3) o governo de Israel no Conselho de Direitos Humanos (CDH) da Organização das Nações Unidas (ONU) por interceptação da flotilha que navegava rumo à Faixa de Gaza. Quinze brasileiros estavam entre a tripulação, que foi levada a Israel, onde ainda estavam até a última atualização desta reportagem (leia mais abaixo). O governo brasileiro entregará uma carta ao CDH durante a 60ª sessão do conselho, que ocorrer nesta sexta. Nela, afirma que Israel violou "os princípios da liberdade de navegação em águas internacionais". "Lamentamos esta ação militar, que viola direitos fundamentais e coloca em risco a integridade física de ativistas humanitários. Nesse sentido, Israel tem total responsabilidade pela segurança e bem-estar dos detidos", diz o governo brasileiro na carta. O documento também pede o "levantamento imediato e incondicional de todas as restrições impostas por Israel à entrada e distribuição de assistência humanitária na Faixa de Gaza, em conformidade com suas obrigações como potência ocupante, nos termos da Quarta Convenção de Genebra". Segundo fontes consultadas pela TV Globo, quase 70 países já haviam aderido à denúncia do Brasil, entre eles a China. A relação completa de países ainda não havia sido divulgada até a última atualização desta reportagem. O Itamaraty disse que 15 brasileiros estavam nas embarcações e que vem mantendo "contato permanente com as autoridades israelenses". Em nota na noite de quinta-feira (2), o Ministério das Relações Exteriores do Brasil também criticou o que chamou de "detenções abitrárias". "Operações de caráter estritamente humanitário devem ser autorizadas e facilitadas por todas as partes em conflito, não podendo ser arbitrariamente obstadas ou consideradas ilícitas. O Brasil conclama a comunidade internacional a exigir de Israel a cessação do bloqueio à Gaza, por constituir grave violação ao direito internacional humanitário". Flotilha Ativistas interceptados em flotilha humanitária serão deportados por Israel Na quarta-feira (2), Israel interceptou barcos de ativistas que navegavam em direção à Faixa de Gaza. O Ministério das Relações Exteriores do Brasil informou que havia pelo menos dez brasileiros na flotilha. Um deles é a deputada federal Luizianne Lins (PT-CE). A flotilha, chamada Global Sumud, era formada por ao menos 44 barcos civis com cerca de 500 pessoas, entre elas a ativista Greta Thunberg. Os organizadores afirmaram que o grupo transportava ajuda humanitária para a população de Gaza. O Ministério das Relações Exteriores de Israel afirmou que "vários barcos" da flotilha foram parados, e os passageiros e tripulação, levados em segurança ao porto de Ashdod, que fica entre a Faixa de Gaza e Tel Aviv. "Greta e seus amigos estão seguros e saudáveis", afirmou o ministério. Nesta sexta, Israel começou o processo de deportação dos tripulantes. Quatro cidadãos italianos foram enviados de volta à Itália. A Global Sumud chamou de ação ilegal e "ataque israelense". Segundo o grupo, as câmeras de monitoramento das embarcações foram desligadas. “O navio Flórida foi atingido de propósito no mar. Yulara, Meteque e outros foram alvos de canhões de água”, afirmou o grupo. O governo israelense disse que a Marinha alertou a flotilha sobre a aproximação a uma zona de combate ativa, pedindo para que os ativistas mudassem a rota. Segundo Israel, foi oferecida mais de uma vez ao grupo a possibilidade de transferir ajuda humanitária por canais seguros até Gaza. Diante da operação envolvendo os ativistas, o presidente da Colômbia, Gustavo Petro, determinou que toda a delegação diplomática de Israel seja expulsa do país. Transmissão ao vivo g1 Esta reportagem está em atualização.

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