Corinthians faz B.O. após achar câmeras clandestinas no CT do clube

Sete câmeras de segurança não oficiais foram encontradas instaladas no Centro de Treinamento (CT) Joaquim Grava, pertencente ao Sport Club Corinthians Paulista, na zona leste de São Paulo, nessa quarta-feira (28/5). Os equipamentos estavam ligados em um almoxarifado do clube e suas imagens eram desviadas para fora do sistema interno de segurança.

Com modificações recentes na diretoria do clube, alterada após o afastamento do ex-presidente Augusto Melo, foi solicitada uma manutenção no sistema de segurança interno do CT. Durante o serviço, técnicos de uma empresa terceirizada identificaram sete equipamentos que seriam sabotados instalados nas áreas externa e interna de um almoxarifado.

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Ao verificar as configurações de uma das câmeras, um dos terceirizados identificou um endereço de e-mail cadastrado que não pertence a nenhum funcionário ou membro da diretoria do clube. O endereço era utilizado para desviar as imagens filmadas pelas gravadoras, conforme disse o funcionário.

Denúncia

Após a constatação, o acesso externo às câmeras foi bloqueado e a nova diretoria do Corinthians procurou a Polícia Civil para registrar um boletim de ocorrência. De acordo com um representante do clube, as irregularidades foram descobertas quando funcionários foram averiguar câmeras do CT após protestos realizados na porta do local.

O clube paulista foi eliminado na última terça-feira (27/5) ainda na fase de grupos da Conmebol Sul-americana, o que provocou irritação por parte da torcida. Três faixas de protestos foram vistas na parede da entrada principal do CT depois da eliminação.

“Futebol sumiu… igual o dinheiro?”; “Rico em salário, pobre em futebol”; “De novo? Milhões para nós sofrer”, diziam as faixas.

Segundo apuração, o almoxarifado é utilizado para armazenar uniformes e outros materiais do clube oferecidos pela Nike, fornecedora de materiais esportivos do clube. Contudo, a ausência de gravações dificulta a fiscalização de eventuais furtos e desvios de materiais.

O caso foi registrado como interceptação telefônica no 24° Distrito Policial (Ponte Rasa), também na zona leste paulistana. Investigações da Polícia Civil buscam esclarecer os fatos.