CPMI negocia depoimento de “Careca do INSS” para a próxima semana

Presidente da comissão, senador Carlos Viana (Podemos-MG), diz que está "perto de conseguir uma resposta positiva"

tibauemacao.

Sep 19, 2025 - 00:00

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CPMI negocia depoimento de “Careca do INSS” para a próxima semana

O presidente da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), Carlos Viana (Podemos-MG), disse nesta quinta-feira (18/9) que negocia para que o lobista Antonio Carlos Camilo Antunes, conhecido como “Careca do INSS“, compareça à audiência na próxima semana.

“Estamos negociando, mais uma vez, com o senhor Antonio Carlos Camilo para que ele venha à CPMI, na próxima semana, de forma voluntária, como lhe foi facultado, mas que venha trazer as informações. Estamos bem perto de conseguir uma resposta positiva”, declarou Viana.

Farra no INSS

O escândalo do INSS foi revelado pelo Metrópoles em uma série de reportagens publicadas a partir de dezembro de 2023. Três meses depois, o portal mostrou que a arrecadação das entidades com descontos de mensalidade de aposentados havia disparado, chegando a R$ 2 bilhões em um ano, enquanto as associações respondiam a milhares de processos por fraude nas filiações de segurados.

As reportagens do Metrópoles levaram à abertura de inquérito pela Polícia Federal (PF) e abasteceram as apurações da Controladoria-Geral da União (CGU). Ao todo, 38 matérias do portal foram listadas pela PF na representação que deu origem à Operação Sem Desconto, deflagrada no dia 23 de abril deste ano e que culminou nas demissões do presidente do INSS e do ministro da Previdência, Carlos Lupi.

A CPMI ouve, nesta noite, Milton Salvador de Almeida Júnior, apontado nas investigações da Polícia Federal sobre as fraudes no INSS como um dos sócios das empresas que o “Careca” usava como intermediárias financeiras para as entidades associativas de aposentados.

“Careca” iria prestar depoimento na segunda-feira (15/9), mas, pouco antes, informou que não compareceria, e a reunião foi cancelada. O ministro André Mendonça, relator do inquérito no Supremo Tribunal Federal (STF), havia autorizado que a presença do lobista na CPMI fosse opcional.