Cúpula militar comemorou decisão de Moraes de proibir imagens de acareação
Havia grande preocupação entre os militares de que a exposição de um fato inédito provocasse ainda mais desgaste à imagem das Forças Armadas

Não passou despercebido entre os militares o gesto do ministro Alexandre de Moraes ao proibir imagens da acareação entre o general Braga Netto e o coronel Mauro Cid, realizada nesta terça-feira (24/6), no Supremo Tribunal Federal.
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Por coincidência, a acareação ocorreu no mesmo dia em que o Alto Comando do Exército se reuniu em Brasília para a escolha dos novos generais a serem promovidos em julho. Os depoimentos não foram tema da reunião, mas o assunto não passou despercebido.
Havia grande preocupação entre militares de que a exposição de um fato inédito na história militar provocasse ainda mais desgaste à imagem das Forças Armadas e representasse uma demonstração pública de quebra de hierarquia e disciplina, já que envolvia um tenente-coronel confrontando um general, o mais alto posto.
Alexandre de Moraes, ministro do Supremo
Temia-se que um eventual troca de insultos ou agressão entre os dois fosse transmitido ao vivo. Por essa razão, causou alívio o fato de Moraes não ter cedido à pressão da defesa de Braga Netto para que a acareação fosse gravada. As informações são da jornalista Tânia Monteiro, que participou do programa Radar Metrópoles.
À coluna, José Luís de Oliveira Lima afirmou que irá representar contra o ministro na OAB, por entender que a gravação é uma prerrogativa do advogado — até porque será usada na defesa de seu cliente.
Para a defesa, o fato de Cid ter permanecido calado ao ser chamado de mentiroso pelo general é uma prova de que ele faltou com a verdade ao afirmar que Braga Netto repassou dinheiro para financiar um plano para matar o presidente Lula, seu vice, Geraldo Alckmin, e o ministro Alexandre de Moraes.
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