Dono de helicóptero usado pelo PCC para transporte de cocaína é preso
Fábio Pinheiro de Andrade Avani estava foragido após ser condenado por tráfico de drogas e organização criminosa pelo elo com o PCC
O dono de um helicóptero usado pelo Primeiro Comando da Capital (PCC) para transportar cocaína foi preso pela Polícia Militar (PM) na última segunda-feira (17/11) no bairro Parque São Bento, em Sorocaba, no interior de São Paulo.
Fábio Pinheiro de Andrade Avani, de 49 anos, estava foragido desde agosto do ano passado, quando o processo que o condenou a oito anos e 10 meses por tráfico de drogas e organização criminosa transitou em julgado.
Além de ser dono do helicóptero, ele gerenciava o transporte de drogas e acompanhava a distribuição de cocaína em vários estados do Brasil, apontou a investigação.
Avani foi preso em casa e estava junto do filho e da esposa, informou a advogada Danielli del Cistia, que representa o acusado. “Foram feitos os trâmites legais, o cumprimento do mandado de prisão, e ele foi encaminhado para realizar o seu cumprimento de pena”, disse.
Com ele, foram apreendidos três aparelhos celulares, que foram encaminhados à Polícia Civil para perícia.
Nessa terça-feira (18/11), Avani passou por audiência de custódia e, em seguida, foi encaminhado ao Centro de Detenção Provisória (CDP) Sorocaba, onde permaneceu à disposição da Justiça.
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Emprestou helicóptero a Gegê do Mangue
De acordo com a Polícia Civil, o helicóptero de Avani foi usado pela quadrilha de Rogério Jeremias de Simone, conhecido como Gegê do Mangue e apontado como maior liderança do PCC solta até ser morto em fevereiro de 2018, na região metropolitana de Fortaleza, no Ceará.
A polícia passou a mirar Avani em abril daquele ano, após três mexicanos, um colombiano e um brasileiro serem presos em flagrante com mais de 90 kg de cocaína em uma casa em Vargem Grande Paulista, na região metropolitana de São Paulo.
A investigação revelou que o helicóptero de propriedade de Avani era deixado em diferentes hangares, principalmente em Arujá, também na região metropolitana.
Dois homens foram apontados como pilotos da aeronave: Rogério Almeida Antunes e Luís Paulo Mattar Pereira, que foram presos e depois condenados em primeira instância, junto com Avani, a 10 anos e oito meses de prisão.
A pena de Avani foi reduzida, em segunda instância, para oito anos e 10 meses.
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