EUA planejam novas operações na Venezuela e podem tentar derrubar Maduro, diz agência

Os Estados Unidos estão prestes a lançar uma nova fase de operações na Venezuela, enquanto o presidente norte-americano, Donald Trump, intensifica a pressão sobre o governo de Nicolás Maduro. As informações foram divulgadas pela agência de notícias Reuters. Ainda não está claro o momento exato ou o âmbito das novas operações, nem se Trump já tomou alguma decisão final sobre a implementação dessa nova fase, mas autoridades norte-americanas teriam afirmado à agência que as opções em avaliação pelo governo dos EUA incluem uma tentativa de derrubar Maduro. Procurados pela agência, o Pentágono encaminhou as perguntas à Casa Branca e a CIA (agência central de inteligência dos EUA) se recusou a comentar. Já o Ministério das Comunicações da Venezuela não respondeu ao pedido de comentário. "O presidente Trump está preparado para usar todos os recursos do poder americano para impedir que as drogas inundem nosso país e para levar os responsáveis ​​à justiça", disse uma autoridade norte-americana à Reuters, sob condição de anonimato. Veja os vídeos em alta no g1: Veja os vídeos que estão em alta no g1 O governo Trump tem avaliado opções relacionadas à Venezuela para combater o que descreve como o papel de Maduro no fornecimento de drogas ilegais que mataram americanos. O presidente venezuelano, por sua vez, nega qualquer ligação com o tráfico de drogas. INFOGRÁFICO: como os EUA cercaram a Venezuela em operação que ameaça o governo Maduro Maduro, no poder desde 2013, alega que Trump busca destituí-lo e que os cidadãos venezuelanos e os militares resistirão a qualquer tentativa nesse sentido. Ele também caracteriza as ações dos EUA como uma tentativa de assumir o controle do petróleo da Venezuela. A presença de militares norte-americanos no Caribe tem aumentado há meses, e Trump já autorizou operações secretas da CIA na Venezuela. A Administração Federal de Aviação dos EUA (FAA) alertou na sexta-feira as principais companhias aéreas sobre uma "situação potencialmente perigosa" ao sobrevoar o país, e recomendou cautela. Os Estados Unidos planejam designar o Cartel de los Soles como uma organização terrorista estrangeira na próxima segunda-feira, devido ao seu suposto papel na importação de drogas ilegais para o país, disseram autoridades. O governo Trump acusou Maduro de liderar o Cartel de los Soles, o que ele nega. Trump busca a prisão de Maduro Em agosto, Washington dobrou a recompensa por informações que levassem à prisão de Maduro para US$ 50 milhões (R$ 269,5 milhões). Mas o secretário de Defesa dos EUA, Pete Hegseth, disse na semana passada que a designação de terrorista "traz uma série de novas opções para os Estados Unidos". Trump afirmou que a iminente designação permitiria aos Estados Unidos atacar os bens e a infraestrutura de Maduro na Venezuela, mas também indicou estar disposto a buscar negociações na esperança de uma solução diplomática. Maduro afirmou no início desta semana que as diferenças entre os países devem ser resolvidas por meio da diplomacia e que está disposto a manter conversas presenciais com qualquer pessoa interessada. Segundo a Reuters, dois funcionários norte-americanos teriam confirmado que conversas estariam acontecendo entre Caracas e Washington, mas não ficou claro se essas conversas poderiam afetar o cronograma ou a escala de possíveis operações americanas. O maior porta-aviões da Marinha dos EUA, o Gerald R. Ford, chegou ao Caribe em 16 de novembro com seu grupo de ataque, juntando-se a pelo menos outros sete navios de guerra, um submarino nuclear e aeronaves F-35. Até o momento, as forças americanas na região têm se concentrado em operações de combate ao narcotráfico, embora o poder de fogo reunido seja muito superior ao necessário para essas operações. Desde setembro, as tropas americanas realizaram pelo menos 21 ataques contra supostos barcos de narcotráfico, matando pelo menos 83 pessoas, principalmente no Caribe, embora embarcações no Oceano Pacífico também tenham sido alvejadas. Organizações de direitos humanos condenaram os ataques como execuções extrajudiciais ilegais de civis, e alguns aliados dos EUA expressaram crescente preocupação de que Washington possa estar violando o direito internacional. O governo Trump afirma há meses que os ataques a barcos visam conter o tráfico de drogas que, segundo ele, mata milhões de americanos. No entanto, a maioria das mortes por overdose nos Estados Unidos é causada pelo fentanil, que é produzido em grande parte no México. Segundo organizações internacionais, parte da cocaína é transportada por traficantes de drogas através do Caribe, mas grande parte do abastecimento para a América do Norte chega pelo Pacífico. As forças armadas dos EUA são muito maiores que as da Venezuela, que estão debilitadas pela falta de treinamento, baixos salários e equipamentos deteriorados. Essa realidade levou o governo de Maduro a considerar estratégias alternativas em caso de uma invasão dos EUA, incluindo possivelmente uma resposta no estilo de guerr

Nov 22, 2025 - 20:00
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EUA planejam novas operações na Venezuela e podem tentar derrubar Maduro, diz agência

Os Estados Unidos estão prestes a lançar uma nova fase de operações na Venezuela, enquanto o presidente norte-americano, Donald Trump, intensifica a pressão sobre o governo de Nicolás Maduro. As informações foram divulgadas pela agência de notícias Reuters. Ainda não está claro o momento exato ou o âmbito das novas operações, nem se Trump já tomou alguma decisão final sobre a implementação dessa nova fase, mas autoridades norte-americanas teriam afirmado à agência que as opções em avaliação pelo governo dos EUA incluem uma tentativa de derrubar Maduro. Procurados pela agência, o Pentágono encaminhou as perguntas à Casa Branca e a CIA (agência central de inteligência dos EUA) se recusou a comentar. Já o Ministério das Comunicações da Venezuela não respondeu ao pedido de comentário. "O presidente Trump está preparado para usar todos os recursos do poder americano para impedir que as drogas inundem nosso país e para levar os responsáveis ​​à justiça", disse uma autoridade norte-americana à Reuters, sob condição de anonimato. Veja os vídeos em alta no g1: Veja os vídeos que estão em alta no g1 O governo Trump tem avaliado opções relacionadas à Venezuela para combater o que descreve como o papel de Maduro no fornecimento de drogas ilegais que mataram americanos. O presidente venezuelano, por sua vez, nega qualquer ligação com o tráfico de drogas. INFOGRÁFICO: como os EUA cercaram a Venezuela em operação que ameaça o governo Maduro Maduro, no poder desde 2013, alega que Trump busca destituí-lo e que os cidadãos venezuelanos e os militares resistirão a qualquer tentativa nesse sentido. Ele também caracteriza as ações dos EUA como uma tentativa de assumir o controle do petróleo da Venezuela. A presença de militares norte-americanos no Caribe tem aumentado há meses, e Trump já autorizou operações secretas da CIA na Venezuela. A Administração Federal de Aviação dos EUA (FAA) alertou na sexta-feira as principais companhias aéreas sobre uma "situação potencialmente perigosa" ao sobrevoar o país, e recomendou cautela. Os Estados Unidos planejam designar o Cartel de los Soles como uma organização terrorista estrangeira na próxima segunda-feira, devido ao seu suposto papel na importação de drogas ilegais para o país, disseram autoridades. O governo Trump acusou Maduro de liderar o Cartel de los Soles, o que ele nega. Trump busca a prisão de Maduro Em agosto, Washington dobrou a recompensa por informações que levassem à prisão de Maduro para US$ 50 milhões (R$ 269,5 milhões). Mas o secretário de Defesa dos EUA, Pete Hegseth, disse na semana passada que a designação de terrorista "traz uma série de novas opções para os Estados Unidos". Trump afirmou que a iminente designação permitiria aos Estados Unidos atacar os bens e a infraestrutura de Maduro na Venezuela, mas também indicou estar disposto a buscar negociações na esperança de uma solução diplomática. Maduro afirmou no início desta semana que as diferenças entre os países devem ser resolvidas por meio da diplomacia e que está disposto a manter conversas presenciais com qualquer pessoa interessada. Segundo a Reuters, dois funcionários norte-americanos teriam confirmado que conversas estariam acontecendo entre Caracas e Washington, mas não ficou claro se essas conversas poderiam afetar o cronograma ou a escala de possíveis operações americanas. O maior porta-aviões da Marinha dos EUA, o Gerald R. Ford, chegou ao Caribe em 16 de novembro com seu grupo de ataque, juntando-se a pelo menos outros sete navios de guerra, um submarino nuclear e aeronaves F-35. Até o momento, as forças americanas na região têm se concentrado em operações de combate ao narcotráfico, embora o poder de fogo reunido seja muito superior ao necessário para essas operações. Desde setembro, as tropas americanas realizaram pelo menos 21 ataques contra supostos barcos de narcotráfico, matando pelo menos 83 pessoas, principalmente no Caribe, embora embarcações no Oceano Pacífico também tenham sido alvejadas. Organizações de direitos humanos condenaram os ataques como execuções extrajudiciais ilegais de civis, e alguns aliados dos EUA expressaram crescente preocupação de que Washington possa estar violando o direito internacional. O governo Trump afirma há meses que os ataques a barcos visam conter o tráfico de drogas que, segundo ele, mata milhões de americanos. No entanto, a maioria das mortes por overdose nos Estados Unidos é causada pelo fentanil, que é produzido em grande parte no México. Segundo organizações internacionais, parte da cocaína é transportada por traficantes de drogas através do Caribe, mas grande parte do abastecimento para a América do Norte chega pelo Pacífico. As forças armadas dos EUA são muito maiores que as da Venezuela, que estão debilitadas pela falta de treinamento, baixos salários e equipamentos deteriorados. Essa realidade levou o governo de Maduro a considerar estratégias alternativas em caso de uma invasão dos EUA, incluindo possivelmente uma resposta no estilo de guerrilha , que o governo denominou "resistência prolongada" e mencionou em transmissões na televisão estatal. Essa abordagem envolveria pequenas unidades militares em mais de 280 locais, realizando atos de sabotagem e outras táticas de guerrilha, informou a Reuters, citando fontes e documentos de planejamento antigos. *Com informações da agência de notícias Reuters Imagem mostra o presidente dos EUA, Donald Trump (E), em Washington, DC, em 9 de julho de 2025, e o presidente venezuelano, Nicolás Maduro (D), em Caracas, em 31 de julho de 2024. AFP/Jim Watson

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