O freio inesperado na pré-campanha: o que está acontecendo com o prefeito de Mossoró?
Nos últimos meses, a política potiguar vinha tratando como praticamente inevitável a candidatura do prefeito de Mossoró Alyson Bezerra ao Governo do Estado em 2026. O desempenho dele nas pesquisas era sólido, aparecendo como imbatível em todos os cenários testados. Porém, algo mudou. E mudou de forma visível para quem observa a movimentação política com […]

Nos últimos meses, a política potiguar vinha tratando como praticamente inevitável a candidatura do prefeito de Mossoró Alyson Bezerra ao Governo do Estado em 2026. O desempenho dele nas pesquisas era sólido, aparecendo como imbatível em todos os cenários testados. Porém, algo mudou. E mudou de forma visível para quem observa a movimentação política com atenção.
A impressão que se tem e que ganha força nos bastidores é de que o prefeito tirou o pé do acelerador.
Até pouco tempo, sua pré-campanha seguia um ritmo intenso: agendas cheias, presença constante nas redes, viagens simbólicas e aproximações estratégicas. No entanto, nas últimas semanas, esse movimento ficou mais discreto, menos expansivo, com sinais de recuo calculado, necessidade de reorganização interna ou mudança de rota
Para alguns analistas, isso pode indicar uma mudança tática; para outros, uma turbulência política nos bastidores.
Há um elemento que chama atenção: o estilo de gestão e liderança do prefeito. Conhecido por ser centralizador e ter pouca tolerância a opiniões divergentes, ele parece agora enfrentar um reflexo disso dentro do próprio grupo.
E como diz qualquer especialista em estratégia eleitoral: quando um grupo reúne muitas lideranças fortes, com personalidade rígida e pouca disposição para dialogar, os atritos são inevitáveis.
Nos bastidores, o clima tem sido descrito como “animado”, no sentido menos literal e mais político da palavra. Divergências internas, disputas por espaço e leituras diferentes sobre o timing da pré-campanha, sobre quem deve caminhar junto, parecem ter provocado uma freada brusca na movimentação que era até então avassaladora.
É natural que um pré-candidato bem posicionado nas pesquisas seja observado com lupa. Mas o que chama atenção agora é que a narrativa de força absoluta começa a ser substituída por sinais de hesitação estratégica, talvez até de insegurança interna.
De um lado, o prefeito mantém a imagem de administração eficiente e comunicação de espetacularização poderosa.
De outro, as conversas políticas apontam para ruídos dentro do próprio bloco, ruídos que ele não está acostumado a administrar, especialmente porque, quem já trabalhou ou trabalha com ele, diz que sua liderança sempre se consolidou pela imposição e não exatamente pela construção coletiva.
Frear pode significar reorganizar, recalibrar, ganhar tempo. Mas ao mesmo tempo, eleições majoritárias não perdoam vacilos prolongados. Em política, todo gesto comunica, inclusive a ausência de movimento.
A pergunta que fica é simples: estamos diante de uma pausa estratégica ou de um alerta vermelho?
Enquanto isso, os bastidores seguem movimentados, os aliados observam silenciosamente e os adversários começam a farejar oportunidade. O jogo de 2026 ainda está longe, mas a dinâmica mudou e Mossoró sabe que, quando o ritmo cai, muita coisa acontece atrás das cortinas.
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