Famosa se explica após divulgar site investigado por tráfico humano

Criadoras de conteúdo divulgaram a “oportunidade” nas redes sociais. Empresa estava sendo investigada pela Interpol por tráfico humano

Oct 1, 2025 - 21:00
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Famosa se explica após divulgar site investigado por tráfico humano

A influenciadora Aila Loures se pronunciou nas redes sociais após ser acusada de fazer publicidade para empresa investigada por tráfico humano. “Eu jamais faria esse tipo de coisa intencionalmente por nenhum valor ou dinheiro. Nunca faria isso, pois vai contra tudo em que acredito e zelo”, disse a criadora de conteúdo com 2 milhões de seguidores no Instagram.

Ela enfatizou que o trabalho é uma prestação de serviço e que, antes de aceitar a campanha, pediu uma rigorosa avaliação jurídica de sua agência. “Teve comprovação da existência da da existência da empresa na Rússia. Todos os documentos estavam certos. Então, quando chegou nas minhas mãos estava 100% legal”, alegou.

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Aila afirmou que aguarda o posicionamento da agência que lhe contratou para a publicidade para dar mais detalhes aos seguidores, mas se adiantou no pedido de desculpas. “Nunca, nunca, nunca faria isso. Vai contra tudo que eu acredito, que eu zelo, contra tudo. Eu jamais faria com esse tipo de coisa”, defendeu-se.

“Mas eu já peço perdão por tudo, por meu nome ter sido atrelado esse tipo de coisa. Espero isso nunca mais acontecer e eu peço desculpa, no fundo do coração, isso não não é quem eu sou”. Ayla Loures, influencer acusada de divulgar site de tráfico humano - MetrópolesAyla Loures

Escândalo

Um caso que levou Aila a se pronunciar veio à tona esta semana. Criadoras de conteúdo com milhões de seguidores fizeram publicidade de uma empresa que está sendo investigada pela Organização Internacional de Polícia Criminal (Interpol, na sigla em inglês) por suspeita de tráfico humano.

Trata-se da Alabuga Start. A instituição foi alvo de uma série de investigações e matérias apontando o mesmo modus operandi vendido pelas influenciadoras brasileiras, mas com jovens africanas. Aqui no Brasil, influenciadoras falavam da “oportunidade” sob o codinome Start Program, mas com o mesmo site da empresa investigada pela Interpol.

Segundo o relatório da Iniciativa Global contra o Crime Organizado Transnacional (GI-TOC, na sigla em inglês), várias mulheres descreveram que a carga horária do trabalho eram longas e com vigilância constante, além de enfrentarem problemas de saúde ​​pela exposição a produtos químicos cáusticos.

Denúncias

O caso ganhou repercussão nas redes após denúncias de Guga Figueiredo e Jordana Vucetic. Guga expôs um vídeo de MC Thammy divulgando a empresa no Instagram, que já soma mais de 700 mil visualizações. Depois, compartilhou registros de outras influenciadoras fazendo a mesma propaganda.

Entre elas estavam Catherine Bascoy, Aila Loures e Isabela Duarte. As publicações, feitas no Instagram e no TikTok, foram apagadas após a polêmica, assim como o perfil da empresa.

Nos anúncios, eram prometidos salários de cerca de 670 dólares (R$ 3,5 mil), além de passagens aéreas, alojamento, seguro médico, aulas de russo e documentação de imigração paga. O programa teria duração de dois anos, com vagas em áreas como hospitalidade, logística e produção.

Após críticas, MC Thammy explicou por que apagou o vídeo. Segundo ela, havia recebido documentos que supostamente comprovavam a veracidade do programa e destacou que outros grandes influenciadores também participaram da divulgação. A cantora afirmou ter acionado sua equipe jurídica e garantiu que não fará mais publicidades semelhantes.

As demais influenciadoras foram procuradas pelo Metrópoles, mas não responderam até a publicação desta reportagem.

O que se sabe sobre a Alabuga Start

No site, a empresa diz estar localizada no Tartaristão, na Rússia, região conhecida como maior produtora de drones militares, segundo o Moscow Times.

A repercussão internacional começou em 2024, com relatos de jovens de países africanos como Uganda, Ruanda, Sudão do Sul e Nigéria, além do Sri Lanka. Assim como no Brasil, as candidatas deveriam ter entre 18 e 22 anos.

Não há indícios de que a empresa opere legalmente no Brasil.

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