Imagens mostram verme “manipulador” saindo do corpo de louva-deus
Vídeo nas redes sociais mostra momento em que homem joga água em louva-deus e sai um verme de dentro de seu corpo. Saiba por que isso ocorre
Nos últimas semanas, viralizou nas redes sociais o vídeo em que um parasita de tamanho considerável, chamado de verme-crina-de-cavalo (Gordioidea), sai de dentro de um louva-deus (Mantodea) após o inseto ser molhado. E, acredite: apesar de ser comum, a relação entre os animais não é nada saudável.
Todo o ciclo parasitário começa na água doce: a fêmea do verme deposita os ovos e de lá saem larvas minúsculas que são consumidas por insetos menores – os chamados hospedeiros intermediários. Os infectados servem de alimento para invertebrados, como besouros, gafanhotos e, nesse caso, o louva-deus.
É a partir desse momento é que os invertebrados maiores caem na cilada dos vermes. Inicialmente no corpo dos insetos menores, o cisto vai parar no hospedeiro definitivo e começa a se desenvolver. Pequeno, o parasita semelhante a um fio passa a consumir os nutrientes do louva-deus e crescer assustadoramente, ficando enrolado no abdômen do inseto por semanas ou meses.
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Se você acha que o golpe acabou, está enganado. Para sair do corpo do inseto, o verme passa a controlar sua mente, levando-o até a água – o louva-deus é um inseto totalmente terrestre. Assim que encontra sinal de água, o verme sai pela parte de trás do inseto, à procura de um fêmea para se reproduzir e iniciar o ciclo novamente. Já o invertebrado não costuma sobreviver devido aos ferimentos causados pela saída abrupta ou acaba afogado.
Isso explica porque durante o vídeo viralizado o verme sai do louva-deus assim quando jogam água no inseto. Ao ser enganado pelo líquido, ele achou que tinha chegado o momento de sair e fugiu do corpo do hospedeiro.
Ainda não se sabe como o crina-de-cavalo transforma o louva-deus em “zumbi”, mas cientistas acreditam que ele libera substâncias químicas para controlar o cérebro do inseto. Apesar de causar medo, os parasitas são especialistas em atacar insetos terrestres, não sendo perigosos para humanos.
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