Justiça retoma prisão de criminoso aprovado em concurso da polícia
Cristiano Rodrigo da Silva passou 18 anos foragido e foi localizado em março deste ano, mas teve prisão preventiva revogada na 1ª instância

A Justiça de São Paulo emitiu um novo mandado de prisão contra um criminoso que passou 18 anos foragido e ainda tentou entrar para a Polícia Civil. O mandado expedido na sexta-feira (22/8) acontece após um recurso do Ministério Público de São Paulo (MPSP).
Foragido desde 2007, Cristiano Rodrigo da Silva foi preso em março quando tentava participar de uma das últimas etapas do concurso para a polícia. A prisão preventiva, no entanto, foi revogada em 1ª instância, uma decisão considerada “incoerente” pelo MPSP.
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No recurso, a Promotoria de Justiça de Mairiporã argumentou que a decisão desconsiderou o fato de que Cristiano se passou por policial para participar de um roubo de automóvel que resultou na morte do proprietário do carro.
“O réu não apenas fingiu uma vez ser agente de segurança pública, mas já tinha envolvimento criminal anterior por usar uma funcional falsa da Polícia Civil e exercer ilegalmente pretensas atividades da corporação policial”, disse o MPSP.
A Justiça aceitou o recurso e restabeleceu o mandado de prisão. Não há informações sobre o cumprimento da ordem.
Relembre o caso
- Cristiano Rodrigo da Silva estava foragido desde 2007 por roubo e homicídio.
- Ele foi preso em 10 de março de 2025 quando foi até a Academia da Polícia Civil, no Butantã, zona oeste da capital paulista, para realizar a prova oral.
- O criminoso chegou a ser aprovado em três das cinco etapas do concurso para a Polícia Civil, inclusive na fase de comprovação de idoneidade e conduta escorreita – considerada uma das mais importantes do concurso.
- Segundo a denúncia do MPSP de 2007, Cristiano participou de um latrocínio em 9 de novembro de 2006, no bairro Cidade Líder, zona leste de São Paulo.
- Ele e mais um comparsa se passaram por policiais civis e abordaram José Roberto Nogueira Ferreira na Avenida Líder, altura do número 2680.
- A dupla utilizou um veículo caracterizado como viatura da Polícia Civil do Departamento de Polícia Judiciária da Capital (Decap) do 46º Distrito Policial (DP), de Perus. “Mediante violência física, algemaram a vítima e a coloram na suposta viatura”, diz a denúncia.
- Em seguida, o comparsa ingressou no veículo da vítima, que foi encontrado mais tarde incendiado. A vítima foi levada até Mairiporã, onde foi morta com tiros na cabeça.
- Testemunhas viram a ação dos criminosos, anotaram a placa da falsa viatura e reconheceram os suspeitos, que foram denunciados por homicídio qualificado e roubo.
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