Lei que combate a “revenge porn” é aprovada no DF. Entenda
Projeto de Lei foi aprovado na Câmara Legislativa do DF. Agora, proposta segue para sanção do governador Ibaneis Rocha

Um Projeto de Lei (PL) que visa instituir a política distrital de prevenção e combate à divulgação de conteúdo íntimo sem consentimento da mulher, conhecida como “revenge porn”, foi aprovado, nesta terça-feira (24/6), na Câmara Legislativa do Distrito Federal (CLDF).
Conforme o texto, de autoria da deputada Jaqueline Silva (MDB), a proposta tem como finalidade “combater a divulgação, em ambiente virtual, de fotos e vídeos íntimos, sem consentimento da mulher, com a intenção de causar constrangimento, dano emocional ou humilhação pública”, também conhecido como “revenge porn”.
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O projeto prevê as seguintes propostas:
- Implementação de campanhas educativas permanentes contra a divulgação indevida de material íntimo, de mulheres, mediante participação de múltiplos atores sociais e institucionais, sob coordenação do órgão do Poder Executivo incumbido de articular as políticas públicas para coibir e conscientizar sobre a gravidade desse tipo de conduta;
- Estabelecimento de canais acessíveis de denúncia, com proteção garantida ao anonimato da vítima, para o rápido acionamento das autoridades competentes;
- Estabelecimento de parcerias com empresas de tecnologia e provedores de redes sociais para a retirada célere de conteúdo íntimo divulgado sem consentimento, além da identificação e punição dos responsáveis pela prática da conduta;
- Criação de equipes multidisciplinares na Delegacia da Mulher, para o atendimento psicossocial de vítimas, com oferta de apoio psicológico, para minimizar os danos emocionais decorrentes da divulgação indevida de material íntimo.
- Criação de ambiente seguro para o recebimento de relato de crimes digitais, com a capacitação de equipes para que possam lidar com os crimes digitais, disponibilizando os recursos tecnológicos necessários para receber provas e instrução das vítimas sobre a preservação das evidências.
- Garantia de acolhimento ético e acolhedor por meio da adoção de práticas que previnam a revitimização da mulher por meio de perguntas invasivas, julgamentos ou atitudes que culpabilizem a vítima.
Aprovado pelos distritais, o PL segue para sanção do governador do Distrito Federal.
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