Lewis Hamilton anuncia morte de seu cão; como lidar com a dor do luto
Piloto revelou que o cão morreu em seus braços. Especialistas explicam como enfrentar o luto profundo após a perda de um animal querido

No último domingo (28/9), Lewis Hamilton viveu uma de suas corridas mais difíceis — fora das pistas. O heptacampeão da Fórmula 1 anunciou, comovido, a morte de seu inseparável companheiro Roscoe, um cão da raça buldogue de 12 anos que esteve ao seu lado em momentos históricos da carreira e da vida. “Ele morreu nos meus braços”, escreveu em uma publicação no Instagram.
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A despedida veio após quatro dias intensos de luta. Roscoe foi internado na quinta-feira (25/9), sofreu uma parada cardíaca e enfrentava um quadro grave de pneumonia. “Tive de tomar a decisão mais difícil da minha vida”, desabafou Hamilton. “Sinto-me grato por ter partilhado minha vida com uma alma tão linda, um anjo, um amigo verdadeiro.”
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Lewis Hamilton posa com a patinha de Roscoe apoiada na mãoInstagram/Reprodução2 de 8
"Amigo verdadeiro", declara Lewis Hamilton após morte de seu pet, RoscoeInstagram/Reprodução3 de 8
O cão Roscoe Reprodução / Instagram4 de 8
Cachorro acompanhava o piloto nas viagens da Fórmula 1.Reprodução / Instagram5 de 8
Roscoe foi adotado por Hamilton em 2013.Reprodução / Instagram6 de 8
Roscoe era conhecido no paddock da categoria.Reprodução / Instagram7 de 8
Última publicação no perfil de Roscoe Reprodução / Instagram8 de 8
Roscoe
As palavras do piloto ecoam o sentimento de milhares de pessoas que já enfrentaram a dor silenciosa — e muitas vezes subestimada — de perder um animal de estimação. Uma dor real, profunda, que deixa um vazio no corpo, na casa e no coração.
“Perder um cão é perder um membro da família”
Segundo a psicóloga Marcelle Alfinito, especializada em saúde mental, o impacto da morte de um animal pode ser tão devastador quanto a perda de um ente querido. “Os cães desempenham um papel emocional significativo. Eles são, para muitos, fonte de amor incondicional, companhia e segurança”, explica.
O psiquiatra Marcos Gebara acrescenta: “Ignora a dor pode levar o desenvolvimento de quadros depressivos, especialmente em pessoas que tinham uma conexão afetiva profunda com o animal.”
De acordo com os especialistas, o processo de luto segue estágios semelhantes ao da perda humana: negação, raiva, barganha, depressão e, finalmente, aceitação. O mais longo e delicado, aponta Marcelle, costuma ser o estágio depressivo. “Ele pode durar mais de 12 meses em adultos e até 6 meses em crianças e adolescentes.”
Sentir é necessário: não apresse a cura
Apesar da tentação de preencher o vazio como um novo animal, o alerta é claro: adoção imediata pode ser um erro. “Muitos tentam substituir o pet perdido rapidamente, mas isso costuma prolongar o luto, ao invés de amenizá-lo”, diz Alfinito.
O caminho saudável, segundo ela, passa por respeitar a dor. Permitir-se, chorar, lembrar. “Negar as emoções só adia a cura. Validar o luto é um passo essencial para a superação.”
4 formas de atravessar o luto por pet
- Permitir-se viver a dor: não esconda o que sente. É legítimo sofrer. “Aceitar que a perda dói é o início da reconstrução”, afirma Alfinito.
- Fale sobre o que aconteceu: conversar com pessoas próximas, dividir lembranças e desabafar ajuda a aliviar a carga emocional.
- Crie um ritual de despedida: guardar um objeto, plantar uma árvore, escrever uma carta. Pequenos gestos ajudam a transformar dor em memória.
- Cuide de si: em momentos de perda, o autocuidado é essencial. Mantenha uma rotina, alimente-se bem, evite o isolamento.





Os cães podem expressar afeto de diferentes formasGetty Images2 de 4
A relação de proximidade entre tutor e pet influencia o bem-estar de ambosGetty Images3 de 4
A conexão mútua ocorre através do olharGetty Images4 de 4
Os animais de estimação desempenham um papel importante para a famíliaGetty Images
Um amor que não morre
Na homenagem que prestou a Roscoe, Hamilton fez mais do que se despedir: tocou um ponto sensível que ainda é pouco falado. O luto por um animal de estimação ainda é cercado de silêncio, como se fosse menor, menos legítimo. Mas não é.
“Apesar de ter sido tão difícil, tê-lo foi uma das partes mais bonitas da vida. Amar tão profundamente e ser amado em troca”, escreveu o piloto. E talvez seja essa a maior lição de Roscoe — e de tantos outros pets: o amor verdadeiro pode até partir, mas nunca desaparece.
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