Mauro Vieira cita 'atrocidades' em Gaza e diz que governo Netanyahu age de forma desproporcional
Ministro das Relações Exteriores reiterou críticas à ofensiva israelense sobre o território palestino, que já chamou de 'carnificina'. Chanceler participou de audiência na Câmara. O chanceler Mauro Vieira durante participação na Comissão de Relações Exteriores da Câmara Vinicius Loures/Câmara dos Deputados O ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, voltou nesta quarta-feira (28) a criticar as ações israelenses na Faixa de Gaza. Para o chanceler, as forças de Israel cometem "atrocidades" no território palestino e o governo de Benjamin Netanyahu age de forma "desproporcional". Vieira condenou ações que atingem a população civil da Palestina durante participação em uma audiência na Comissão de Relações Exteriores da Câmara dos Deputados. Crítico da ofensiva israelense, o ministro já chamou de "carnificina" os ataques israelenses contra palestinos, no conflito iniciado em outubro de 2023 (leia mais aqui). "Com relação à questão da Palestina, a nossa posição é muito clara – e sempre foi – de condenação aos atos terroristas do Hamas. Isso é claro e óbvio, o presidente inúmeras vezes se referiu a isso. E também [posição] de crítica à atitude do Estado de Israel, do atual governo de Israel, pelas atrocidades e pela reação desproporcional contra uma população civil", afirmou o ministro. Vieira disse ser legítimo que Israel queira defender sua população, mas afirmou que as ações contra os civis em Gaza “já ultrapassaram há muito tempo qualquer limite de proporcionalidade”. Em outro momento da audiência, Mauro Vieira afirmou que o Brasil não é contra o Estado de Israel, mas crítico das ações militares conduzidas pelo governo Netanyahu em Gaza, que "ultrapassaram todos os limites". Reforçou, ainda, que o Brasil tem a posição histórica a favor da criação do Estado da Palestina, convivendo pacificamente com Israel. "O problema são as atitudes do atual governo de Israel, que ultrapassaram todos os limites. Com relação ao corte de relações diplomáticas, eu pessoalmente sou contrário, não acho que deve haver porque não devemos cortar relações diplomáticas com nenhum país. [...] É importante que o Brasil esteja presente, é importante que o Brasil esteja para dialogar e sobretudo defender os cidadãos brasileiros", declarou o ministro. Netanyahu anuncia que Israel matou chefe do Hamas em Gaza 'Carnificina' Na semana passada, em audiência no Senado, Mauro Vieira já havia se referido ao que acontece em Gaza como uma "carnificina". Na ocasião, o chanceler também disse que a comunidade internacional não pode ficar "de braços cruzados". Desde que começou a guerra entre o governo de Israel e o grupo terrorista Hamas, que controla a Faixa de Gaza, em outubro de 2023, o Brasil tem defendido que as partes cheguem a um acordo que leve a um cessar-fogo permanente, além da entrada ininterrupta de ajuda humanitária para os palestinos. Quando a guerra começou, o Brasil presidia o Conselho de Segurança das Nações Unidas e apresentou uma proposta de resolução nesse sentido. Embora a proposta tenha sido apoiada pela maioria dos membros do conselho, o texto não foi aprovada por veto dos Estados Unidos – o país entendeu que a redação não deixava claro o direito de defesa de Israel. Dados divulgados pelo Hamas dão conta de cerca de 60 mil pessoas já morreram no conflito e, nesse contexto, o governo brasileiro tem: defendido a saída completa das tropas israelenses de Gaza; questionado os limites éticos e legais das ações militares do governo de Benjamin Netanyahu; declarado que israelenses agem como "colonos" contra os palestinos; afirmado que a estratégia militar de Tel Aviv dificulta um eventual acordo.


Ministro das Relações Exteriores reiterou críticas à ofensiva israelense sobre o território palestino, que já chamou de 'carnificina'. Chanceler participou de audiência na Câmara. O chanceler Mauro Vieira durante participação na Comissão de Relações Exteriores da Câmara Vinicius Loures/Câmara dos Deputados O ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, voltou nesta quarta-feira (28) a criticar as ações israelenses na Faixa de Gaza. Para o chanceler, as forças de Israel cometem "atrocidades" no território palestino e o governo de Benjamin Netanyahu age de forma "desproporcional". Vieira condenou ações que atingem a população civil da Palestina durante participação em uma audiência na Comissão de Relações Exteriores da Câmara dos Deputados. Crítico da ofensiva israelense, o ministro já chamou de "carnificina" os ataques israelenses contra palestinos, no conflito iniciado em outubro de 2023 (leia mais aqui). "Com relação à questão da Palestina, a nossa posição é muito clara – e sempre foi – de condenação aos atos terroristas do Hamas. Isso é claro e óbvio, o presidente inúmeras vezes se referiu a isso. E também [posição] de crítica à atitude do Estado de Israel, do atual governo de Israel, pelas atrocidades e pela reação desproporcional contra uma população civil", afirmou o ministro. Vieira disse ser legítimo que Israel queira defender sua população, mas afirmou que as ações contra os civis em Gaza “já ultrapassaram há muito tempo qualquer limite de proporcionalidade”. Em outro momento da audiência, Mauro Vieira afirmou que o Brasil não é contra o Estado de Israel, mas crítico das ações militares conduzidas pelo governo Netanyahu em Gaza, que "ultrapassaram todos os limites". Reforçou, ainda, que o Brasil tem a posição histórica a favor da criação do Estado da Palestina, convivendo pacificamente com Israel. "O problema são as atitudes do atual governo de Israel, que ultrapassaram todos os limites. Com relação ao corte de relações diplomáticas, eu pessoalmente sou contrário, não acho que deve haver porque não devemos cortar relações diplomáticas com nenhum país. [...] É importante que o Brasil esteja presente, é importante que o Brasil esteja para dialogar e sobretudo defender os cidadãos brasileiros", declarou o ministro. Netanyahu anuncia que Israel matou chefe do Hamas em Gaza 'Carnificina' Na semana passada, em audiência no Senado, Mauro Vieira já havia se referido ao que acontece em Gaza como uma "carnificina". Na ocasião, o chanceler também disse que a comunidade internacional não pode ficar "de braços cruzados". Desde que começou a guerra entre o governo de Israel e o grupo terrorista Hamas, que controla a Faixa de Gaza, em outubro de 2023, o Brasil tem defendido que as partes cheguem a um acordo que leve a um cessar-fogo permanente, além da entrada ininterrupta de ajuda humanitária para os palestinos. Quando a guerra começou, o Brasil presidia o Conselho de Segurança das Nações Unidas e apresentou uma proposta de resolução nesse sentido. Embora a proposta tenha sido apoiada pela maioria dos membros do conselho, o texto não foi aprovada por veto dos Estados Unidos – o país entendeu que a redação não deixava claro o direito de defesa de Israel. Dados divulgados pelo Hamas dão conta de cerca de 60 mil pessoas já morreram no conflito e, nesse contexto, o governo brasileiro tem: defendido a saída completa das tropas israelenses de Gaza; questionado os limites éticos e legais das ações militares do governo de Benjamin Netanyahu; declarado que israelenses agem como "colonos" contra os palestinos; afirmado que a estratégia militar de Tel Aviv dificulta um eventual acordo.
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