MPF pede suspensão de leis que permitem construções na Via Costeira
O Ministério Público Federal (MPF) entrou com uma ação civil pública buscando a suspensão e a posterior anulação das leis que reduziram a proteção das áreas de preservação existentes na Via Costeira, em Natal. A lei que permite construções na Via Costeira e em outras quatro áreas de interesse turístico e paisagístico (AEITPs) foi […]

O Ministério Público Federal (MPF) entrou com uma ação civil pública buscando a suspensão e a posterior anulação das leis que reduziram a proteção das áreas de preservação existentes na Via Costeira, em Natal.
A lei que permite construções na Via Costeira e em outras quatro áreas de interesse turístico e paisagístico (AEITPs) foi sancionada pela prefeitura de Natal em dezembro do ano passado. Em outubro deste ano, a prefeitura publicou regras para as construções na área.
Antes dessa ação do MPF, o Ministério Público Estadual também havia ingressado com uma ação pedindo a nulidade da lei que dispõe sobre o uso e ocupação do solo nas AEITPs.
Segundo Ministério Público Federal, a ação visa garantir a proteção das áreas de preservação permanente da Via Costeira de Natal e de todo o ecossistema associado à região. Segundo o órgão, a redução as lei reduziram irregularmente a proteção das áreas de preservação.
“O objetivo central é impedir que mudanças recentes nas leis e normas municipais e estaduais abram caminho para a ocupação desordenada, colocando em risco a integridade ambiental desse importante trecho da capital potiguar, e exigir a elaboração e a execução de um Plano de Proteção e Gestão Ambiental da Via Costeira de Natal”, informou o MPF.
A ação foi movida contra:
o município de Natal;
a Câmara Municipal de Natal;
a Assembleia Legislativa do Rio Grande do Norte;
e o Instituto de Desenvolvimento Sustentável e Meio Ambiente (Idema/RN).
Na Justiça, o MPF questiona legislações de âmbito municipal e estadual que contrariam a legislação federal (como o Código Florestal e a Lei da Mata Atlântica), além de licenças concedidas sem o devido respaldo ambiental e legal.
Para os procuradores da República Camões Boaventura e Victor Mariz, autores da ação, qualquer intervenção na Via Costeira deve ser analisada de forma cautelosa e sob os diversos aspectos, como ecológicos, sociais, culturais e econômicos.
What's Your Reaction?