O que a Arquidiocese de Brasília espera do conclave para eleger papa

Sete cardeais brasileiros participarão do conclave que inicia nesta 4ª. Bispo auxiliar da Arquidiocese comenta sobre perfil de novo papa

May 7, 2025 - 04:00
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O que a Arquidiocese de Brasília espera do conclave para eleger papa

A expectativa da Arquidiocese de Brasília na escolha do novo papa é para que os cardeais reunidos na Capela Sistina decidam por um perfil que saiba liderar a Igreja neste momento histórico. A Igreja Católica Apostólica Romana representa a fé de aproximadamente 1 bilhão de pessoas no mundo. O conclave tem início nesta quarta-feira (7/5).

Em entrevista ao Metrópoles o bispo auxiliar Dom Denilson Geraldo, da Arquidiocese da capital federal, falou sobre o sedevacantismo – período em que um papa morre e o cargo está vago. Dom Denilson comentou sobre as conversas que tem tido com o cardeal Dom Paulo Cezar, arcebispo de Brasília que está no Vaticano onde participa do conclave, e apontou o que se espera nesse período das atividades católicas religiosas.

“O ambiente é muito bom entre os cardeais, de muita fraternidade, compreensão e principalmente, de oração e discernimento”, comentou Dom Denilson sobre as conversas que mantém com o arcebispo Dom Paulo.

“Não podemos imaginar  uma eleição papal como uma eleição, por exemplo, de um presidente do Senado, da Câmara. É muito diferente. Então, existe um clima de oração, de respeito, de conhecimento mútuo entre eles”, destacou.

Para o bispo, a origem do novo papa (seja ele europeu, latino-americano, africano etc) é secundária em um conclave. “[O perfil é] aquele que reúne as condições para dirigir a Igreja, de ser um um chefe de Estado, e um líder na humanidade. São muitas características que vão convergir e estarão convergindo numa pessoa que vai reunir essas características”, completou.

Enquanto dura o conclave, as atividades da diocese ficam à espera do resultado da votação para seguirem. A arquidiocese de Brasília conta com quatro bispos auxiliares que dividem funções e mantêm as atividades ordinárias.

“É um tempo agora em que nós não fazemos planejamento, mas levamos a administração ordinária das paróquias”, disse. “Porque o tempo do conclave, desde a morte do papa até a eleição do próximo papa, é um tempo em que nós convidamos a todos para uma profunda oração, a rezar pelo próximo papa. Então, não é um tempo em que a Igreja faz planejamentos. Nós aguardamos. Temos que esperar o próximo”, disse.

O bispo Dom Denilson pediu, ainda, orações para os cardeais envolvidos na votação.

O isolamento dos cardeais teve início nessa terça-feira (6/5), conforme informou a Santa Sé. Em Roma, todos os 133 cardeais eleitores começaram a se instalar na residência de Santa Marta, onde permanecerão isolados do mundo até a definição do sucessor do papa Francisco. As votações secretas são feitas na Capela Sistina.

Veja as fotos da preparação para o conclave:

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Cardeais se reúnem na capela do Vaticano para escolher o papa
Detalhes da preparação para o conclave
Os afrescos da Capela Sistina
Vaticano
Vaticano
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O interior da Capela SistinaServiço de imprensa do Vaticano

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Cardeais se reúnem na capela do Vaticano para escolher o papaServiço de imprensa do Vaticano

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Detalhes da preparação para o conclaveServiço de imprensa do Vaticano

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Os afrescos da Capela SistinaServiço de imprensa do Vaticano

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VaticanoServiço de imprensa do Vaticano

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VaticanoServiço de imprensa do Vaticano

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Capela Sistina, no VaticanoServiço de imprensa do Vaticano

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O palco do conclaveServiço de imprensa do Vaticano

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Detalhes da preparação para o conclaveServiço de imprensa do Vaticano

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Serviço de imprensa do Vaticano


Como funciona a votação

  • A eleição papal acontece por meio de rodadas sucessivas de votação, que seguem até que um candidato alcance o mínimo necessário de dois terços dos votos.
  • Quando isso acontece, uma fumaça branca é liberada da chaminé instalada na Capela Sistina, indicando ao mundo que o novo pontífice foi escolhido.
  • Segundo o cardeal salvadorenho Gregorio Rosa Chavez, a escolha deverá acontecer “no máximo em três dias”. A previsão acompanha a média histórica recente: nos últimos 10 conclaves, a duração média foi de 3,2 dias, e nenhum ultrapassou cinco. Em 2005, o papa Bento XVI foi eleito em dois dias, mesma duração do conclave que elegeu Francisco em 2013.
  • A brevidade do processo é considerada importante por muitos dentro da Igreja, já que conclaves curtos transmitem uma imagem de unidade entre os cardeais. Por outro lado, votações prolongadas podem sugerir divisão interna em um momento de transição importante para o catolicismo.
  • Entre os cardeais que participarão do conclave, alguns já são vistos como “papáveis” — isto é, nomes considerados fortes para assumir o papado. Entre eles, ganham destaque o italiano Pietro Parolin e o filipino Luis Antonio Tagle.
  • Outros nomes podem emergir durante as congregações gerais, reuniões realizadas antes do conclave onde são discutidos os desafios e o futuro da Igreja.
  • A partir do início oficial do conclave, os cardeais estarão em regime de clausura. Eles não poderão ter contato com o mundo exterior nem utilizar meios de comunicação, até que um novo papa seja eleito.

O arcebispo de Brasília, Dom Paulo Cézar é um dos sete brasileiros que está no conclave. Em um vídeo publicado antes de se reunir com os cardeais, nessa terça-feira (6/5), ele publicou uma mensagem nas redes sociais da Arquidiocese de Brasília. “Rezem, estejam unidos […] Estou profundamente unido a vocês rezando pela nossa Arquidiocese”, disse.

A arquidiocese publicou, ainda, um vídeo dos sete brasileiros reunidos em oração horas antes do conclave.

Veja:

Horários das votações

O Vaticano divulgou nessa terça-feira (6/5) os horários aproximados  em que devem ocorrer as votações do conclave na Capela Sistina. Esses horários também indicam quando a fumaça será vista saindo da chaminé, sinalizando se o novo papa foi escolhido ou não.

Previsão para a fumaça (horário de Brasília):

  • Pela manhã: entre 5h30 e 7h
  • À tarde: entre 12h30 e 14h

O porta-voz do Vaticano, Matteo Bruni, explicou que nesta quarta-feira (7/5) a primeira fumaça só deve aparecer a partir das 14h, já que os cardeais só entrarão na Capela Sistina às 11h30.

Nos dias seguintes, se ainda não houver papa, a fumaça poderá aparecer nesses mesmos intervalos da manhã e da tarde.

Por outro lado, caso o papa seja eleito, a fumaça branca — que anuncia a escolha — será liberada nos primeiros horários de votação, ou seja, por volta das 5h30 (pela manhã) ou das 12h30 (à tarde).

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