Parlamentares aprovam monção que pode afastar a presidente do Peru, Dina Boluarte
Dina Boluarte, presidente do Peru, está no centro de um escândalo por causa de seus relógios luxuosos Luis Iparraguirre/Peru Presidency/Handout via Reuters Os parlamentares do Peru aprovaram nesta quinta-feira (9) uma moção que pode levar ao afastamento da presidente Dina Boluarte, considerada uma das líderes mais impopulares do mundo. Mais cedo, a oposição havia apresentado o pedido de destituição, que foi admitido para debate no Congresso. Com a decisão, o Parlamento realizará uma nova sessão para discutir se o processo de impeachment seguirá adiante. Também foi aprovada a convocação de Boluarte para se apresentar às 23h30 (1h30 no horário de Brasília) e prestar esclarecimentos sobre as acusações. As quatro moções apresentadas obtiveram entre 108 e 115 votos favoráveis, mais que o dobro do mínimo necessário para autorizar o debate. Para a destituição, serão exigidos pelo menos 87 votos, e se mais de 104 parlamentares apoiarem o impeachment, o afastamento poderá ocorrer por meio de um processo “expresso”, aplicado anteriormente apenas ao ex-presidente Pedro Castillo. O pedido, assinado por 34 congressistas de diferentes partidos, alega “incapacidade moral permanente” da chefe de Estado e menciona graves acusações de corrupção, incluindo o caso “Rolexgate”, que investiga uma coleção de relógios de luxo não declarados. Boluarte enfrenta forte rejeição popular — sua aprovação varia entre 2% e 4% — e responde a denúncias de enriquecimento ilícito. Em julho, ela dobrou o próprio salário, o que ampliou as críticas ao governo. A presidente assumiu em dezembro de 2022, após a destituição e prisão de Pedro Castillo, que tentou dissolver o Congresso. A queda de Castillo provocou meses de protestos violentos, especialmente em regiões andinas e comunidades indígenas, reprimidos com violência pelo governo, segundo organizações de direitos humanos. O atual Congresso de maioria conservadora, que havia barrado tentativas anteriores de impeachment, agora mostra maior apoio à destituição, em meio ao clima político tenso e à aproximação das eleições gerais marcadas para abril de 2026. Desde 2018, o Peru já teve seis presidentes, e quatro ex-líderes estão presos, refletindo a instabilidade política crônica do país. VÍDEOS: mais assistidos do g1 Veja os vídeos que estão em alta no g1


Dina Boluarte, presidente do Peru, está no centro de um escândalo por causa de seus relógios luxuosos Luis Iparraguirre/Peru Presidency/Handout via Reuters Os parlamentares do Peru aprovaram nesta quinta-feira (9) uma moção que pode levar ao afastamento da presidente Dina Boluarte, considerada uma das líderes mais impopulares do mundo. Mais cedo, a oposição havia apresentado o pedido de destituição, que foi admitido para debate no Congresso. Com a decisão, o Parlamento realizará uma nova sessão para discutir se o processo de impeachment seguirá adiante. Também foi aprovada a convocação de Boluarte para se apresentar às 23h30 (1h30 no horário de Brasília) e prestar esclarecimentos sobre as acusações. As quatro moções apresentadas obtiveram entre 108 e 115 votos favoráveis, mais que o dobro do mínimo necessário para autorizar o debate. Para a destituição, serão exigidos pelo menos 87 votos, e se mais de 104 parlamentares apoiarem o impeachment, o afastamento poderá ocorrer por meio de um processo “expresso”, aplicado anteriormente apenas ao ex-presidente Pedro Castillo. O pedido, assinado por 34 congressistas de diferentes partidos, alega “incapacidade moral permanente” da chefe de Estado e menciona graves acusações de corrupção, incluindo o caso “Rolexgate”, que investiga uma coleção de relógios de luxo não declarados. Boluarte enfrenta forte rejeição popular — sua aprovação varia entre 2% e 4% — e responde a denúncias de enriquecimento ilícito. Em julho, ela dobrou o próprio salário, o que ampliou as críticas ao governo. A presidente assumiu em dezembro de 2022, após a destituição e prisão de Pedro Castillo, que tentou dissolver o Congresso. A queda de Castillo provocou meses de protestos violentos, especialmente em regiões andinas e comunidades indígenas, reprimidos com violência pelo governo, segundo organizações de direitos humanos. O atual Congresso de maioria conservadora, que havia barrado tentativas anteriores de impeachment, agora mostra maior apoio à destituição, em meio ao clima político tenso e à aproximação das eleições gerais marcadas para abril de 2026. Desde 2018, o Peru já teve seis presidentes, e quatro ex-líderes estão presos, refletindo a instabilidade política crônica do país. VÍDEOS: mais assistidos do g1 Veja os vídeos que estão em alta no g1
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