Petrobras confirma vazamento de gás em plataforma na Bacia de Campos
Em nota, a Petrobras descartou qualquer relação entre o vazamento na plataforma e a greve decretada pelos funcionários da companhia
Em meio a uma greve nacional de trabalhadores que teve início na última segunda-feira (15/12), a Petrobras confirmou, nessa quinta-feira (18/12), que houve vazamento de gás na plataforma P-40, localizada na Bacia de Campos, no litoral do Rio de Janeiro. Não houve registro de vítimas.
A informação foi divulgada inicialmente pelo Sindicato dos Petroleiros do Norte Fluminense (Sindipetro-NF). Em seguida, por meio da nota, a Petrobras confirmou o ocorrido.
Segundo a empresa, o vazamento levou a uma interrupção temporária na produção da plataforma, que se situa no no campo de Marlim Sul, na Bacia de Campos.
“O sistema detectou um vazamento de gás que foi imediatamente controlado de forma segura pela equipe a bordo da plataforma. Como medida preventiva, todas as linhas foram despressurizadas e a produção da unidade foi temporariamente paralisada. Não houve ameaça à segurança das equipes a bordo”, informou a Petrobras.
A companhia descartou, ainda, qualquer relação entre o vazamento na plataforma e a paralisação dos funcionários.
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No comunicado, a Petrobras diz também que “está notificando todos os órgãos reguladores competentes sobre o ocorrido e constituirá uma comissão especial para investigar minuciosamente as causas do vazamento”.
A plataforma P-40 é uma unidade semissubmersível, que produz, armazena e transfere petróleo. Ela começou suas operações em 2001 e pertence à Petrobras.
Greve dos petroleiros
A greve nacional dos funcionários da Petrobras teve início à meia-noite da última segunda-feira (15/12). Segundo a Federação Única dos Petroleiros (FUP), a paralisação é por tempo indeterminado.
A decisão de entrar em greve foi motivada pela falta de acordo entre funcionários e a direção da Petrobras, cuja contraproposta foi rechaçada pelos trabalhadores em meio às negociações sobre o Acordo Coletivo de Trabalho (ACT).
Segundo os trabalhadores, a contraproposta apresentada pela Petrobras para o Acordo Coletivo de Trabalho (ACT) foi “insuficiente”. Entre os principais pontos que estavam em discussão, aparece a busca por uma solução negociada para os Planos de Equacionamento de Déficit (PEDs) da Petros – o que afeta diretamente a renda de aposentados e pensionistas.
Petros é a Fundação Petrobras de Seguridade Social, um fundo de pensão criado em 1970 pela Petrobras para gerenciar planos de aposentadoria complementar para seus empregados. Trata-se do segundo maior fundo de pensão do país.
Os trabalhadores também defendem o que chamam de aprimoramentos no plano de cargos e salários, além de garantias de recomposição sem aplicação de mecanismos de ajuste fiscal.
Em relação aos salários, os sindicatos criticaram o reajuste oferecido pela empresa, com reposição da inflação do período mais ganho real de 0,5%, somando 5,66%. Os trabalhadores querem 9,8%.
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