PGR: Sóstenes e Jordy usaram assessores para desviar recursos de cotas
PF encontrou R$ 430 mil com Sóstenes, em seu quarto de hotel, em Brasília. Celulares foram apreendidos durante operação
Uma investigação da Polícia Federal (PF), deflagrada nesta sexta-feira (19/12), revelou que os deputados federais Sóstenes Cavalcante (PL-RJ) e Carlos Jordy (PL-RJ) teriam desviado recursos da cota parlamentar por intermédio de servidores comissionados.
Segundo documento que teve o sigilo derrubado pelo Supremo Tribunal Federal (STF), “há elementos indiciários de que os deputados federais Sóstenes Cavalcante e Carlos Jordy teriam desviado recursos da cota parlamentar por intermédio dos servidores comissionados — notadamente, Adailton Oliveira dos Santos e Itamar de Souza Santana —, utilizando, para o sucesso da empreitada, empresas como a Harue Locação de Veículos Ltda. ME e a Amazon Serviços e Construções Ltda.”.
Os parlamentares do PL tiveram os celulares apreendidos durante a operação desta sexta. Também foi apreendida grande quantidade de dinheiro em espécie, sendo R$ 430 mil com Sóstenes, em seu quarto de hotel, em Brasília.
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Operação da PF investiga desvio de recursos públicos oriundos de cotas parlamentaresDivulgação/ Polícia Federal
Dinheiro apreendido pela Polícia FederalDivulgação/ Polícia Federal
Dinheiro apreendido pela PFDivulgação/ Polícia Federal
Polícia Federal (PF) deflagou nesta sexta operação Galho FracoDivulgação/ Polícia Federal
Dinheiro apreendido na Operação Galho FracoDivulgação/ Polícia Federal
Em nota, Jordy se manifestou, afirmando que “não cabe ao parlamentar fiscalizar a frota ou a estrutura interna da empresa contratada, mas sim contratar o serviço mais eficiente e pelo menor custo, como sempre fiz”.
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O parlamentar acrescenta que a operação não irá intimidá-lo: “Causa estranheza que eu e o deputado Sóstenes, justamente quando investigamos o roubo de bilhões do INSS, tenhamos endereços violados e documentos apreendidos enquanto exercemos nosso dever constitucional de fiscalização. Seguirei firme na oposição e na CPMI do INSS. Essas ações não irão me intimidar nem interromper meu trabalho em defesa dos aposentados”.
A reportagem também procurou a assessoria do deputado federal Sóstenes Cavalcante, mas ainda não obteve retorno. O espaço segue aberto.
Operação
Trata-se da segunda fase da Operação Galho Fraco, que teve início em 2024. Na primeira fase, assessores dos parlamentares haviam sido alvos da operação Rent a Car, da PF.
A suspeita é de que os recursos eram desviados por meio de alugueis de carros corporativos usados pelos deputados.
Além dos parlamentares, mais 11 pessoas foram alvos de mandados de busca e apreensão.
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