Por que Trump não ganhou o Prêmio Nobel da Paz de 2025? O que especialistas disseram
Trump vai ganhar o Nobel da Paz? Veja favoritos O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, não venceu o Prêmio Nobel da Paz deste ano, apesar de ter feito uma campanha intensa para que isso acontecesse. O resultado do vencedor foi anunciado nesta sexta-feira (10) em Oslo, na Noruega. ✅ Clique aqui para seguir o canal de notícias internacionais do g1 no WhatsApp Isso não significa, no entanto, que Trump nunca vencerá o prêmio. Inclusive, ele inclusive já foi formalmente indicado ao Nobel da Paz de 2026 por países como Israel, Camboja e Paquistão. O presidente americano vem sugerindo ser o merecedor do Nobel da Paz por mediar a resolução de conflitos globais, e chegou a dizer que "seria um insulto" para os EUA se ele não ganhasse o prêmio. Em setembro, durante uma reunião com a cúpula militar dos EUA, Trump disse que seria um insulto para o país se ele não ganhasse o prêmio. No mesmo mês, ele também mencionou o Nobel da Paz em discurso na Assembleia Geral da ONU, declarando ter encerrado sete guerras — afirmação contestada. "Todos dizem que eu deveria ganhar o Nobel da Paz por cada uma dessas conquistas", afirmou. "O que me importa não é ganhar prêmios, é salvar vidas", disse Trump na ONU. O testamento de Alfred Nobel, que norteia o comitê responsável pelo prêmio, estabelece que a honraria deve ser concedida à pessoa "que mais, ou melhor, fez para promover a amizade entre as nações". Neste ano, 244 pessoas e 94 organizações foram indicadas, totalizando 338 nomeações — o maior número desde 2016. A lista completa dos indicados é sigilosa e só será divulgada daqui a 50 anos. O vencedor ganhou uma medalha, um diploma e um prêmio equivalente a R$ 6,3 milhões. Especialistas já afirmavam que Trump não deveria vencer o Nobel da Paz deste ano por contrariar o princípio do prêmio. "Ele retirou os EUA da Organização Mundial da Saúde e do Acordo de Paris sobre o clima e iniciou uma guerra comercial contra antigos aliados", disse Nina Graeger, diretora do Instituto de Pesquisa da Paz de Oslo, à Reuters. "Não é exatamente isso que esperamos quando pensamos em um presidente pacífico ou em alguém que realmente esteja interessado em promover a paz." Por outro lado, Graeger afirma que Trump pode ser um candidato forte para 2026 se conseguir encerrar as guerras na Ucrânia e conseguir um cessar-fogo permanente na Faixa de Gaza. Campanha pode atrapalhar O presidente Donald Trump na Casa Branca em 7 de outubro de 2025 REUTERS/Evelyn Hockstein Trump tem feito uma campanha intensa para ser indicado ao Nobel da Paz. Em julho, por exemplo, o presidente usou uma rede social para compartilhar dois artigos de opinião na imprensa americana defendendo que ele mereceria a honraria. Essa campanha, entretanto, pode mais atrapalhar do que ajudar. Asle Toje, vice-líder do atual Comitê Norueguês do Nobel, afirmou que o grupo responsável pelo prêmio desaprova tentativas de influência na eleição. "Esse tipo de campanha de influência tem um efeito mais negativo do que positivo. Nós discutimos sobre isso no comitê. Alguns candidatos pressionam muito, e não gostamos", afirmou, sem comentar o caso de Trump especificamente. Atualmente, o comitê é composto por cinco membros, que trabalham em uma sala trancada para evitar influências externas. Toje afirma que nem sempre é fácil chegar a um consenso sobre o vencedor. VÍDEOS: mais assistidos do g1 Veja os vídeos que estão em alta no g1


Trump vai ganhar o Nobel da Paz? Veja favoritos O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, não venceu o Prêmio Nobel da Paz deste ano, apesar de ter feito uma campanha intensa para que isso acontecesse. O resultado do vencedor foi anunciado nesta sexta-feira (10) em Oslo, na Noruega. ✅ Clique aqui para seguir o canal de notícias internacionais do g1 no WhatsApp Isso não significa, no entanto, que Trump nunca vencerá o prêmio. Inclusive, ele inclusive já foi formalmente indicado ao Nobel da Paz de 2026 por países como Israel, Camboja e Paquistão. O presidente americano vem sugerindo ser o merecedor do Nobel da Paz por mediar a resolução de conflitos globais, e chegou a dizer que "seria um insulto" para os EUA se ele não ganhasse o prêmio. Em setembro, durante uma reunião com a cúpula militar dos EUA, Trump disse que seria um insulto para o país se ele não ganhasse o prêmio. No mesmo mês, ele também mencionou o Nobel da Paz em discurso na Assembleia Geral da ONU, declarando ter encerrado sete guerras — afirmação contestada. "Todos dizem que eu deveria ganhar o Nobel da Paz por cada uma dessas conquistas", afirmou. "O que me importa não é ganhar prêmios, é salvar vidas", disse Trump na ONU. O testamento de Alfred Nobel, que norteia o comitê responsável pelo prêmio, estabelece que a honraria deve ser concedida à pessoa "que mais, ou melhor, fez para promover a amizade entre as nações". Neste ano, 244 pessoas e 94 organizações foram indicadas, totalizando 338 nomeações — o maior número desde 2016. A lista completa dos indicados é sigilosa e só será divulgada daqui a 50 anos. O vencedor ganhou uma medalha, um diploma e um prêmio equivalente a R$ 6,3 milhões. Especialistas já afirmavam que Trump não deveria vencer o Nobel da Paz deste ano por contrariar o princípio do prêmio. "Ele retirou os EUA da Organização Mundial da Saúde e do Acordo de Paris sobre o clima e iniciou uma guerra comercial contra antigos aliados", disse Nina Graeger, diretora do Instituto de Pesquisa da Paz de Oslo, à Reuters. "Não é exatamente isso que esperamos quando pensamos em um presidente pacífico ou em alguém que realmente esteja interessado em promover a paz." Por outro lado, Graeger afirma que Trump pode ser um candidato forte para 2026 se conseguir encerrar as guerras na Ucrânia e conseguir um cessar-fogo permanente na Faixa de Gaza. Campanha pode atrapalhar O presidente Donald Trump na Casa Branca em 7 de outubro de 2025 REUTERS/Evelyn Hockstein Trump tem feito uma campanha intensa para ser indicado ao Nobel da Paz. Em julho, por exemplo, o presidente usou uma rede social para compartilhar dois artigos de opinião na imprensa americana defendendo que ele mereceria a honraria. Essa campanha, entretanto, pode mais atrapalhar do que ajudar. Asle Toje, vice-líder do atual Comitê Norueguês do Nobel, afirmou que o grupo responsável pelo prêmio desaprova tentativas de influência na eleição. "Esse tipo de campanha de influência tem um efeito mais negativo do que positivo. Nós discutimos sobre isso no comitê. Alguns candidatos pressionam muito, e não gostamos", afirmou, sem comentar o caso de Trump especificamente. Atualmente, o comitê é composto por cinco membros, que trabalham em uma sala trancada para evitar influências externas. Toje afirma que nem sempre é fácil chegar a um consenso sobre o vencedor. VÍDEOS: mais assistidos do g1 Veja os vídeos que estão em alta no g1
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