Quem são os presos do “Bonde dos Galãs” que extorquiam gays no Grindr
Os criminosos usavam aplicativos como o Grindr para atrair vítimas da comunidade LGBTQIAPN+

Dez pessoas, entre homens e mulheres, foram presas pela Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) por roubo e extorsão contra homens nesta terça-feira (17/6).
Os criminosos, conhecidos como “Bonde dos Galãs”, usavam aplicativos como o Grindr para atrair vítimas da comunidade LGBTQIAPN+.
Veja quem são:
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Yago Daniel Pereira AlvesImagem cedida ao Metrópoles2 de 10
Geovane Ferreira CarvalhoImagem cedida ao Metrópoles3 de 10
Wellington SantosImagem cedida ao Metrópoles4 de 10
Tiago Felipe Araujo da Rocha SilvaImagem cedida ao Metrópoles5 de 10
Mathaus Lopes Santana SérgioImagem cedida ao Metrópoles6 de 10
Jenyfer Ingrid de Almeida AraújoImagem cedida ao Metrópoles7 de 10
Lucas Emerson de Matos FeitosaImagem cedida ao Metrópoles8 de 10
Levy Heberth da SilvaImagem cedida ao Metrópoles9 de 10
Isaias Carvalho Correa de AraújoImagem cedida ao Metrópoles10 de 10
Maria Victoria Kelly da Silva CostaImagem cedida ao Metrópoles
Entenda o caso:
- A desencadeou uma operação nas primeiras horas desta terça-feira (17/6) para desarticular essa associação criminosa.
- A investigação, conduzida pela 26ª Delegacia de Polícia (Samambaia Norte), cumpre 20 mandados de busca e apreensão e oito de prisão temporária.
- Foi apurado que os estelionatários criavam perfis falsos nos aplicativos para atrair vítimas de diferentes regiões do Distrito Federal e Entorno.
- As regiões com mais alvos eram Lago Sul, Cruzeiro, Guará, Águas Claras, Taguatinga, Ceilândia, Recanto das Emas e Santa Maria.
- Os encontros eram marcados em locais isolados e com pouca iluminação, principalmente nas quadras 423 e 425 de Samambaia, onde ocorriam as abordagens.
- Durante o encontro, as vítimas eram surpreendidas por dois ou três criminosos armados, que as levavam para áreas afastadas.
- Sob grave ameaça, violência física e intimidação psicológica, as vítimas eram forçadas a entregar seus pertences e realizar transferências bancárias.
- Quando os criminosos identificavam que as vítimas possuíam saldo alto em conta, elas eram mantidas rendidas durante toda a madrugada até o amanhecer.
- O cárcere era utilizado para contornar os limites de transferência noturna e assegurar a retirada do restante do dinheiro disponível na conta.
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Vítimas ameaçadas
Em pelo menos duas ocasiões, veículos roubados foram utilizados na prática de outros crimes antes de serem abandonados. Além dos prejuízos materiais, as vítimas relataram ameaças para evitar que denunciassem os crimes às autoridades.
Entre novembro de 2024 e junho de 2025, ao menos 36 vítimas registraram ocorrências. No entanto, a Polícia Civil acredita que o número seja ainda maior, pois muitos não procuraram a PCDF por medo ou constrangimento.
Durante a investigação, diversos suspeitos foram identificados, cada um com funções bem definidas dentro do grupo criminoso. Enquanto alguns eram responsáveis por atrair as vítimas, outros executavam os assaltos, e havia ainda quem recebesse os valores e objetos roubados.
Os envolvidos responderão pelos crimes de organização criminosa, extorsão qualificada e roubo agravado, todos caracterizados pelo uso de arma de fogo e pela restrição de liberdade das vítimas.
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