Trabalhadores sindicalizados voltam a crescer após mais de 10 anos
Em 2024 houve 812 mil sindicalizações, aumento de 9,8%. Número vinha em queda desde 2015
O número de trabalhadores filiados a algum sindicato no Brasil voltou a crescer após mais de uma década de quedas. A informação está na Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua 2024 – Características adicionais do mercado de trabalho. O levantamento foi divulgado nesta quarta-feira (19/11) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Conforme o IBGE, em 2024, dos 101,3 milhões de brasileiros ocupados no país, 8,9% (9,1 milhões de pessoas) eram associados a sindicatos.
O resultado de 2024 interrompeu a série de quedas iniciada em 2014. A recuperação da procura pela sindicalização foi significativa no ano passado. A parcela de trabalhadores ligados aos sindicatos em 2024 teve um aumento de 9,8%, ou seja, com mais 812 mil sindicalizados a mais.
No ano de 2023, havia 8,3 milhões de pessoas ou 8,4% dos ocupados sindicalizados. Essa foi a menor taxa de sindicalização de toda a série histórica disponível nos dados.
Ensino superior
Nesta quarta, o IBGE também divulgou um recorte sobre a escolaridade dos trabalhadores no mercado de trabalho. O destaque foi o aumento da proporção de trabalhadores com ensino superior no mercado de trabalho. Em 2015, o porcentual era de 16,6% e no ano passado fechou em 23,4%.
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Em contrapartida, a parcela dos trabalhadores sem instrução e com ensino fundamental incompleto reduziu de 29,1% para 19,6% no intervalo de 2015 a 2024 (veja gráfico).
A maior parcela dos trabalhadores no mercado de trabalho quanto ao grau de instrução, conforme o IBGE, é a formada pelos que possuem o ensino médio completo e superior incompleto (43,4%). Ela também tem crescido, pois em 2015 representava 37,4% do total.
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