A bronca de policiais civis e penais com Tarcísio

Policiais de São Paulo estão na bronca com o governador Tarcísio de Freitas; saiba o motivo da insatisfação

May 7, 2025 - 05:30
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A bronca de policiais civis e penais com Tarcísio

Governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas entrou na mira de policiais civis e penais. Enquanto delegados reclamam do reajuste salarial de 5% concedido pelo governo, os agentes penitenciários apontam que a atual gestão extinguiu cerca de 12 mil cargos da Polícia Penal. Historicamente, profissionais da área de segurança são mais alinhados ao campo conservador, no qual está inserido o governador.

Insatisfeito, o Sindicato dos Delegados de Polícia do Estado de São Paulo (Sindpesp) sustentou que o reajuste concedido por Tarcísio “não cobre nem as perdas inflacionárias dos últimos dois anos”. Alegou, ainda, que os “péssimos salários” contribuem para um déficit na corporação.

“Essa defasagem salarial só agrava o já alarmante déficit de quase 15 mil servidores na Polícia Civil. Muitos delegados se desestimulam com os baixos salários e buscam oportunidades em outros estados, por conta da melhor remuneração”, argumentou a entidade.

O Sindicato dos Policiais Penais do Estado de São Paulo (Sindpenal), por sua vez, avalia que a extinção de 12 mil cargos fez a média da proporção entre presos e agentes chegar a uma discrepância recorde. Seriam 11 detentos para cada funcionário penal, mais do que o dobro do recomendado pelo Conselho Nacional de Política Criminal e Penitenciária (CNPCP), de cinco detentos por policial penal.

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Câmeras flagram policiais penais espancando preso na Papuda
Presídio da Polícia Civil na zona oeste de SP
Frei da Arquidiocese de São Paulo é preso por suspeita de pedofilia
Policiais alegam déficit
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Policiais fazem reivindicações a Tarcísio de FreitasReprodução/PCDF

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Câmeras flagram policiais penais espancando preso na PapudaReprodução

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Presídio da Polícia Civil na zona oeste de SPReprodução/ Street View

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Frei da Arquidiocese de São Paulo é preso por suspeita de pedofiliaDivulgação/Polícia Civil MG

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Policiais alegam déficitReprodução

“O governador, em vez de abrir concursos para preencher as vagas existentes, optou por simplesmente eliminá-las do papel. É como apagar a febre quebrando o termômetro”, contesta o presidente do Sindpenal, Fabio Jabá.

O sindicato alerta que a situação nas áreas de escolta e segurança externa dos presídios também é crítica. Segundo o Sindpenal, só as escoltas consomem um contingente mínimo de 2.300 agentes. Com isso, sobram apenas 4.896 servidores para cuidar da segurança das 182 unidades prisionais do estado — o que representa pouco mais de seis policiais por turno em cada presídio.

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