Alvo da Compliance Zero, Master é finalista de prêmio de ética e compliance
Prêmio Compliance on Top 2025 escolheu Fábio Castanheira do Banco Master como um dos finalistas na categoria Instituições Financeiras
Um prêmio de compliance escolheu o superintendente do Banco Master como finalista na edição de 2025. Fábio Castanheira foi anunciado no dia 4 de novembro deste ano como um dos finalistas do Prêmio Compliance On Top 2025 na categoria instituições financeiras.
Numa empresa, a área de compliance é a responsável por garantir que a companhia siga corretamente as leis, normas e padrões éticos, prevenindo fraudes e irregularidades.
A Polícia Federal discorda da avaliação da banca do prêmio Compliance On Top sobre o Banco Master. Nesta terça-feira, a PF deflagrou a operação Compliance Zero, que prendeu o presidente do banco, Daniel Vorcaro. Fábio Castanheira, no entanto, não foi alvo da operação da PF, nem é mencionado na decisão judicial que autorizou a operação.
“Mais uma vez, celebramos os nomes que se destacam e contribuem diretamente para a evolução do mercado de compliance no Brasil”, diz a publicação no Instagram. O prêmio é organizado pela Faculdade LEC e pela firma de consultoria Vittore.
“Um compromisso assumido pelo Anuário Compliance On Top é proporcionar ao mercado a oportunidade de reconhecer bons trabalhos desempenhados em compliance durante o ano, premiando executivos, advogados e consultores especializados”, diz um texto publicado pela Faculdade LEC sobre o Prêmio Compliance On Top.
A cerimônia de premiação será no dia 9 de dezembro deste ano.
A coluna procurou a consultoria Vittore e a Faculdade LEC para comentários. Ainda não há resposta. O espaço segue aberto. A coluna não conseguiu contato com Castanheira. Após o envio do e-mail por parte da coluna, a publicação original no Instagram foi removida.
Desfalque no Master pode chegar a R$ 12 bilhões, diz PF
No relatório que embasou a operação, a PF diz que o desfalque no banco pode chegar a R$ 12 bilhões.
“A análise do balanço do Banco Master, consolidada no relatório policial, indica que a instituição financeira emitiu aproximadamente R$ 50 bilhões em CDBs e DIs; entretanto, R$ 12 bilhões estariam possivelmente descobertos, já que a carteira de ativos da instituição estaria lastreada majoritariamente em ativos de baixa liquidez”, diz um trecho da decisão judicial que autorizou a operação.
No mesmo dia, o Banco Central (BC) determinou a liquidação extrajudicial da instituição. A liquidação extrajudicial é um procedimento extremo usado pelo BC quando um banco se torna inviável. Nesses casos, o BC remove os gestores, nomeia um liquidante e administra o encerramento das atividades da instituição financeira.
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