China recebe Rússia e Irã em cúpula para fazer contrapeso à Otan e fala em 'mudanças cruciais' na geopolítica internacional

Encontro de ministros da Defesa dos países ocorre em cidade portuária de Qingdao, logo após cúpula da Otan na qual foi anunciado um aumento de gastos militares para 5% do PIB dos países-membros da aliança ocidental. Xi Jinping e Vladimir Putin durante encontro do Brics, em outubro de 2024. Maxim Shipenkov/AP A China recebeu nesta quinta-feira (26) os ministros da Defesa da Rússia, do Irã e outros países aliados, em um momento de "mudanças cruciais" no cenário internacional, com múltiplas guerras no Oriente Médio e o aumento dos gastos militares decidido pela Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), que reúne EUA e europeus. O governo chinês organiza na cidade portuária de Qingdao, ao leste do país e que tem uma importante base naval chinesa, um encontro de cúpula da Organização de Cooperação de Xangai, um fórum intergovernamental de 10 membros que Pequim apresenta como um contrapeso aos blocos ocidentais. ✅ Clique aqui para seguir o canal de notícias internacionais do g1 no WhatsApp Diante de seus pares da Rússia, Irã, Paquistão e Belarus, o ministro da Defesa chinês, Dong Jun, descreveu a cúpula de Qingdao como um fator de equilíbrio diante de um mundo "em caos e instabilidade". "Enquanto as mudanças cruciais do século aceleram, o unilateralismo e o protecionismo estão em ascensão (...) Os atos hegemônicos, dominantes e intimidatórios prejudicam gravemente a ordem internacional", alertou Dong, que convidou os aliados a "adotar ações mais robustas para proteger em conjunto o entorno para um desenvolvimento pacífico", declarou Dong, segundo a agência estatal de notícias Xinhua. O encontro na cidade com uma importante base naval chinesa acontece durante um frágil cessar-fogo na guerra de 12 dias travada entre Irã e Israel. Também ocorre um dia após a reunião de cúpula da Otan que decidiu elevar os gastos de Defesa, para 5% do PIB dos países-membros, para satisfazer as exigências do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. Diplomatas europeus adotaram discurso armamentista e mencionaram a ameaça representada pela Rússia. SANDRA COHEN: Aliados da Otan optam pela bajulação para assegurar a convivência amistosa com Trump A reunião em Qingdao permitiu um encontro separado entre Dong e o ministro russo da Defesa, Andrei Beloussov, que celebrou os vínculos "de nível sem precedentes" entre os dois países. "As relações amistosas entre nossos países mantêm uma tendência ascendente de desenvolvimento em todas as direções", afirmou Beloussov. A China se apresenta como figura neutra na guerra da Rússia contra a Ucrânia, mas os governos ocidentais criticam Pequim e apontam um apoio diplomático e econômico crucial a Moscou.

Jun 26, 2025 - 09:30
 0  0
China recebe Rússia e Irã em cúpula para fazer contrapeso à Otan e fala em 'mudanças cruciais' na geopolítica internacional

Encontro de ministros da Defesa dos países ocorre em cidade portuária de Qingdao, logo após cúpula da Otan na qual foi anunciado um aumento de gastos militares para 5% do PIB dos países-membros da aliança ocidental. Xi Jinping e Vladimir Putin durante encontro do Brics, em outubro de 2024. Maxim Shipenkov/AP A China recebeu nesta quinta-feira (26) os ministros da Defesa da Rússia, do Irã e outros países aliados, em um momento de "mudanças cruciais" no cenário internacional, com múltiplas guerras no Oriente Médio e o aumento dos gastos militares decidido pela Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), que reúne EUA e europeus. O governo chinês organiza na cidade portuária de Qingdao, ao leste do país e que tem uma importante base naval chinesa, um encontro de cúpula da Organização de Cooperação de Xangai, um fórum intergovernamental de 10 membros que Pequim apresenta como um contrapeso aos blocos ocidentais. ✅ Clique aqui para seguir o canal de notícias internacionais do g1 no WhatsApp Diante de seus pares da Rússia, Irã, Paquistão e Belarus, o ministro da Defesa chinês, Dong Jun, descreveu a cúpula de Qingdao como um fator de equilíbrio diante de um mundo "em caos e instabilidade". "Enquanto as mudanças cruciais do século aceleram, o unilateralismo e o protecionismo estão em ascensão (...) Os atos hegemônicos, dominantes e intimidatórios prejudicam gravemente a ordem internacional", alertou Dong, que convidou os aliados a "adotar ações mais robustas para proteger em conjunto o entorno para um desenvolvimento pacífico", declarou Dong, segundo a agência estatal de notícias Xinhua. O encontro na cidade com uma importante base naval chinesa acontece durante um frágil cessar-fogo na guerra de 12 dias travada entre Irã e Israel. Também ocorre um dia após a reunião de cúpula da Otan que decidiu elevar os gastos de Defesa, para 5% do PIB dos países-membros, para satisfazer as exigências do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. Diplomatas europeus adotaram discurso armamentista e mencionaram a ameaça representada pela Rússia. SANDRA COHEN: Aliados da Otan optam pela bajulação para assegurar a convivência amistosa com Trump A reunião em Qingdao permitiu um encontro separado entre Dong e o ministro russo da Defesa, Andrei Beloussov, que celebrou os vínculos "de nível sem precedentes" entre os dois países. "As relações amistosas entre nossos países mantêm uma tendência ascendente de desenvolvimento em todas as direções", afirmou Beloussov. A China se apresenta como figura neutra na guerra da Rússia contra a Ucrânia, mas os governos ocidentais criticam Pequim e apontam um apoio diplomático e econômico crucial a Moscou.

What's Your Reaction?

like

dislike

love

funny

angry

sad

wow

tibauemacao. Eu sou a senhora Rosa Alves este e o nosso Web Portal Noticias Atualizadas Diariamente