Derrite repensa saída do governo de SP após plano frustrado do PP
PP planejava saída antecipada de Derrite do cargo de secretário para que ele tivesse protagonismo em discussões sobre segurança na Câmara

O secretário da Segurança Pública de São Paulo (SSP), Guilherme Derrite (PP), deve rever o plano de antecipar sua saída do governo Tarcísio de Freitas (Republicanos) para retomar o mandato de deputado federal ainda neste ano.
Pré-candidato ao Senado, Derrite precisa deixar o cargo de secretário no governo paulista até abril de 2026 para poder disputar a eleição.
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Governador de SP Tarcísio de Freitas (Republicados) a esquerda e Guilherme DerriteReprodução/Instagram2 de 8
Guilherme DerriteFábio Vieira/Metrópoles3 de 8
O deputado Aluísio Mendes (Republicanos-MA), o governador de SP, Tarcísio de Freitas (Republicanos), o deputado Mendonça Filho (União-PE), e secretário de Segurança de SP, Guilherme Derrite (PP).Reprodução/Redes Sociais4 de 8
O governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) recebe cumprimento militar na solenidade de Passagem do Comando Geral da PMPablo Jacob/Governo do Estado de SP
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O governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) concedeu honraria ao Comandante-Geral da PM paulista, Coronel José Augusto Coutinho.Pablo Jacob/Governo do Estado de SP
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O governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) prestou continência a militares.Pablo Jacob/Governo do Estado de SP
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Tarcísio de Freitas, André do Prado e Guilherme Derrite durante solenidade que celebra os 93 anos da Revolução Constitucionalista de 1932Ramiro Brites/Metrópoles8 de 8
O secertário Guilherme Derrite e o governador Tarcísio de FreitasReprodução
Como mostrou o Metrópoles, o PP tinha o plano de antecipar o retorno de Derrite à Câmara dos Deputados para que ele tivesse protagonismo em discussões nacionais relacionadas à segurança, já visando a campanha eleitoral do ano que vem. Um dos focos era a articulação em torno da PEC da Segurança Pública, apresentada pelo governo Lula e bastante criticada por Derrite.
Segundo aliados do secretário, a estratégia foi revista nas últimas semanas. A ideia agora é que Derrite fique na gestão Tarcísio até abril do ano que vem, para que ele participe de entregas consideradas importantes da Secretaria da Segurança Pública, de compra de viaturas e construção de batalhões à ampliação do sistema de monitoramento Muralha Paulista.
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“Ele vai acabar ficando, porque estão provisionando fazer algumas entregas importantes na secretaria no primeiro trimestre do ano que vem. E agora, no final do ano, tem uma grande entrega de viaturas e recursos que vão ser destinados para construção de companhias e batalhões e Corpo de Bombeiro pelo Estado. Então, acho que é importante ele estar lá, porque tem muita coisa que ele trabalhou o ano todo para entregar”, afirmou o deputado federal Maurício Neves, presidente estadual do PP em São Paulo.
De acordo com o parlamentar, a bancada do partido na Câmara dos Deputados tem conversado com o presidente da Casa, Hugo Motta (Republicanos), para a realização de uma “semana da segurança pública”, com foco nas discussões de itens sobre o tema. O “timing” proposto por Motta para isso, no entanto, frustrou os planos do partido.
“Porque nós estamos combinando com o presidente Hugo Motta de fazer uma semana da segurança pública, para debater só itens de segurança pública. E aí era importante [a volta de Derrite à Câmara]. Porque é uma pauta dele. Mas o presidente Hugo queria fazer agora no mês de outubro. Não dá para ele sair agora em outubro”, explicou Neves.
Com isso, Derrite e aliados veem “mais sentido” em focar nas entregas locais, em vez de apostar no “palanque” que o Congresso poderia dar ao secretário até as eleições.
“Acho que faz mais sentido ele ficar lá e fazer as entregas. Até porque o voto dele está lá no estado. Então, é importante fazer essas entregas. Você capitaliza muito politicamente. Acho que ele chegou à conclusão que era melhor, colocando na balança, estar presente nessas entregas do que estar aqui em Brasília”, disse o presidente estadual do PP.
Uma das entregas que Derrite pretende fazer seria uma expansão do programa Muralha Paulista, que cruza dados de comportamento criminal para a captura de suspeitos, para cidades pequenas do interior.
Nesta semana, Derrite e Tarcísio se reuniram com os deputados Mendonça Filho (União-PB), relator da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) da Segurança Pública, e Aluísio Mendes (Republicanos-MA), que preside a comissão especial que se debruça sobre o mérito da PEC. No encontro, o secretário de Segurança apresentou um plano de um sistema informatizado para ser apresentado até março do próximo ano. O projeto seria uma vitrine para a disputa eleitoral.
Questionado por meio de sua assessoria, Derrite afirmou apenas que ainda não há “nada definido”.
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