Dólar abre em alta com Lula na ONU, Haddad e falas do Fed
Na última sexta-feira (19/9), o dólar terminou a sessão praticamente estável. Ibovespa cravou o sétimo recorde de pontuação desde julho

O dólar operava em alta na manhã desta segunda-feira (22/9), em um dia no qual o mercado financeiro divide as atenções entre o noticiário econômico doméstico e o cenário internacional.
Dólar
- Às 9h11, a moeda norte-americana avançava 0,35% e era negociada a R$ 5,339.
- Na última sexta-feira (19/9), o dólar terminou a sessão praticamente estável, em leve alta de 0,03%, cotado a R$ 5,32.
- Com o resultado, a moeda dos Estados Unidos acumula perdas de 1,87% em setembro e de 13,91% em 2025 frente ao real.
Ibovespa
- As negociações do Ibovespa, principal índice da Bolsa de Valores do Brasil (B3), começam às 10 horas.
- No último pregão da semana passada, o indicador fechou em alta de 0,25%, aos 145,8 mil pontos, renovando mais uma vez sua máxima histórica. Foi o sétimo recorde de pontuação desde julho.
- Com o resultado, a Bolsa brasileira acumula ganhos de 3,14% no mês e de 21,27% no ano.
Lula na ONU
Os investidores acompanham nesta semana a participação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) na Assembleia-Geral da Organização das Nações Unidas (ONU), em Nova York.
A viagem ocorre em um momento de acirramento das tensões com o governo norte-americano, após a condenação do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), a ameaça de novas tarifas contra o Brasil e as restrições de vistos impostas à delegação brasileira, o que fez o ministro da Saúde, Alexandre Padilha (PT), desistir de ir ao evento, alegando “humilhação”.
Leia também
-
Negócios
Bolsa bate o 7º recorde desde julho. Dólar mantém-se estável a R$ 5,32
-
Brasil
Lula diz que manifestações pelo Brasil são recado ao Congresso
-
Brasil
Lula vai à Assembleia da ONU em 1ª viagem aos EUA após tarifaço de Trump
-
São Paulo
Haddad desiste de ir aos EUA e pressiona Congresso a votar IR
Lula tem discurso marcado para a abertura da assembleia, na terça-feira (23/9). A expectativa é que, em sua fala, o petista reafirme a defesa do livre comércio mundial, faça novas críticas à política de tarifaços imposta pelo presidente dos EUA, Donald Trump, endureça seu posicionamento contra as guerras e volte a salientar que democracia e a soberania brasileiras não são alvos de negociação com os norte-americanos.
Lula também deve participar de reuniões bilaterais e eventos à margem do encontro da ONU. Um deles é o painel “Em Defesa da Democracia e Contra o Extremismo”, marcado para quarta-feira (24/9), para o qual os EUA não foram convidados.
Na última quinta-feira (11/9), o secretário de Estado dos EUA, Marco Rubio, prometeu responder à condenação de Bolsonaro, que foi sentenciado a 27 anos e 3 meses de prisão por liderar uma tentativa de golpe de Estado no Brasil, após perder as eleições em 2022.
Haddad em evento em SP
Os investidores também repercutem neste início de semana as falas do ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), em um evento promovido pelo BTG Pactual, em São Paulo.
Na semana passada, Haddad informou que não acompanharia Lula na viagem a Nova York para se concentrar na agenda econômica junto ao Congresso Nacional, em Brasília.
O ministro afirmou que tem a expectativa de que o Congresso vote o projeto que pode ampliar a taxa de isenção do Imposto de Renda (IR) para R$ 5 mil. “Vou ficar no Brasil por causa disso”, disse Haddad.
Falas de dirigentes do Fed
Nos EUA, o principal destaque do dia são falas de membros do Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc) do Federal Reserve (Fed, o Banco Central norte-americano). Na semana passada, a autoridade monetária dos EUA cortou a taxa de juros em 0,25 ponto percentual – agora ela está no intervalo entre 4% e 4,25% ao ano.
Nesta segunda-feira, são aguardados pronunciamentos dos presidentes do Fed de Nova York, John Williams; de Saint Louis, Alberto Musalem; de Richmond, Tom Barkin; e de Cleveland, Beth Hammack. Também deve falar o diretor do Fed Stephen Miran, recentemente indicado para o BC dos EUA por Donald Trump.
What's Your Reaction?






