Dólar abre em queda com fim da guerra em Gaza e aceno de Trump à China
Na última sexta-feira (10/10), o dólar despencou 2,38% e terminou a sessão cotado a R$ 5,503. Ibovespa subiu 0,73%, aos 140,6 mil pontos

O dólar operava em baixa na manhã desta segunda-feira (13/10), dia em que os investidores voltam as atenções para o cenário internacional, com o fim da guerra entre Israel e o Hamas na Faixa de Gaza e a libertação dos reféns pelo grupo terrorista após um acordo intermediado pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.
O mercado também segue atento aos desdobramentos do novo capítulo da guerra comercial entre EUA e China, com um aceno de Trump ao gigante asiático após o anúncio de tarifas adicionais de 100% sobre os produtos chineses.
Dólar
- Às 9h12, a moeda norte-americana recuava 0,53% e era negociada a R$ 5,473.
- Na última sexta-feira (10/10), o dólar disparou 2,38% e terminou a sessão cotado a R$ 5,503.
- Com o resultado, a moeda dos EUA acumula ganhos de 3,39% no mês e perdas de 10,95% no ano frente ao real.
Ibovespa
- As negociações do Ibovespa, principal índice da Bolsa de Valores do Brasil (B3), começam às 10 horas.
- No último pregão da semana passada, o indicador fechou em queda de 0,73%, aos 140,6 mil pontos.
- Com o resultado, a Bolsa brasileira acumula baixa de 3,8% em outubro e alta de 16,96% em 2025.
Fim da guerra entre Israel e o Hamas
Mediador do acordo que levou ao cessar-fogo entre Israel e o Hamas e à troca de reféns israelenses e prisioneiros palestinos, o presidente dos EUA, Donald Trump, discursou no Knesset, o Parlamento de Israel, nesta segunda-feira. “Este não é só apenas o fim de uma guerra. É o fim de uma era de terror e morte, e o começo de uma era de fé e de paz, e de Deus”, disse Trump.
“Depois de dois anos terríveis, escuridão, prisão, vinte reféns corajosos estão retornando para o abraço glorioso de suas famílias. Vinte e oito outras reféns amados vão voltar para descansar em paz no solo sagrado”, destacou Trump.
“Depois de anos de guerra, de perigo sem fim, hoje os céus estão calmos, as armas se silenciaram, as sirenes pararam, o sol se levantou na terra sagrada que está finalmente em paz”, completou o presidente dos EUA.
Como parte do acordo costurado pelos EUA, o Hamas libertou 20 reféns que estavam em seu poder desde o início da guerra com Israel. Os reféns foram entregues à Cruz Vermelha e, em seguida, às Forças de Defesa de Israel (FDI). Eles deixaram a Faixa de Gaza e receberam atendimento médico em território israelense.
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O acordo ocorre após dois anos dos ataques de 7 de outubro de 2023, quando o grupo terrorista Hamas sequestrou 251 pessoas em Israel. Segundo o governo israelense, 48 ainda estavam sob poder do grupo — 28 delas já mortas. As demais foram libertadas em trocas anteriores ou resgatadas por operações militares.
Em contrapartida à libertação dos reféns, Israel se comprometeu a soltar cerca de 2 mil prisioneiros palestinos, incluindo 250 condenados à prisão perpétua.
Guerra comercial entre EUA e China
Ainda no front externo, os investidores monitoram a escalada nas tensões comerciais e diplomáticas entre EUA e China, as duas maiores potências econômicas do planeta.
No domingo (12/10), Donald Trump afirmou que quer “ajudar e não prejudicar a China”, apenas dois dias depois de impor tarifas de 100% sobre produtos chineses. Em publicação na Truth Social, rede social do republicano, Trump também disse que o líder chinês, Xi Jinping, “teve um momento ruim” com o aumento tarifário e que ele “não quer a depressão do seu país”, se referindo a possíveis retaliações econômicas de Pequim.
“Não se preocupem com a China, vai ficar tudo bem! O altamente respeitado presidente Xi apenas teve um momento ruim. Ele não quer uma depressão para o seu país — e eu também não quero. Os EUA querem ajudar a China, não prejudicá-la!”, declarou.
Mais cedo, o porta-voz do Ministério do Comércio da China disse que “se os EUA persistirem em agir unilateralmente, a China tomará de forma resoluta as medidas correspondentes para salvaguardar seus direitos e interesses legítimos” e que “recorrer a ameaças de tarifas altas não é a maneira correta de se envolver com a China”.
O anúncio de Trump sobre as tarifas ocorreu após o governo chinês divulgar uma série de controles de exportação sobre terras raras, baterias de lítio e materiais superduros, insumos essenciais para a produção de eletrônicos e produtos tecnológicos – uma área crítica para Trump, que chamou a medida de “extraordinariamente agressiva”.
Na sexta-feira, Trump anunciou que seu governo vai impor uma tarifa adicional de 100% sobre todos os produtos importados da China, em resposta ao que chamou de “posição extraordinariamente agressiva” adotada por Pequim no comércio internacional. A medida deve entrar em vigor em 1º de novembro, mesma data prevista para o início de novas restrições comerciais impostas pela China.
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