Estrondo, fumaça e evacuação: os bastidores do susto de Lula em avião
Avião que levaria presidente Lula de Belém para Ilha do Marajó, no Pará, apresentou problemas pouco antes de decolar na quinta-feira (2/10)

O presidente Lula contou, em entrevista nesta sexta-feira (3/10), ter passado por um susto em uma aeronave da FAB quando estava prestes a decolar de Belém para a Ilha do Marajó, no Pará, na quinta-feira (2/10).
A pane envolveu um biomotor do modelo Cesna C-105 Amazonas fabricado pela Airbus. Com capacidade para até 64 passageiros, o avião é utilizado para transporte logístico e missões como evacuação aeromédica.
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Janja e Lula em voo da FABRicardo Stuckert/PR2 de 4
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Lula e Janja decolaram em avião reserva após paneReprodução4 de 4
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Lula não deu detalhes do susto na entrevista. Segundo relatos feitos à coluna, quando a aeronave estava prestes a partir, o petista e os demais passageiros sentiram uma pressão no ouvido e ouviram um “estrondo grande”
Nesse momento, um dos oficiais da Aeronáutica se aproximou do presidente da República e disse que todos os passageiros precisariam sair da avião porque havia um princípio de incêndio.
De acordo com relatos feitos à coluna, Lula, os ministros e demais autoridades foram evacuados de forma rápida pela porta traseira da aeronave. Do lado de fora, assessores viram “muita fumaça”.
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Quem estava no avião com Lula
Além de Lula e da primeira-dama Janja, estavam no avião o governador do Pará, Helder Barbalho (MDB), a esposa dele, e ministros do governo, como Rui Costa (Casa Civil), Camilo Santana (MEC) e Jader Filho (Cidades).
Após o incidente, Lula e as demais autoridades foram realocados em outro avião, do modelo C-97 Brasília. A aeronave tem capacidade para apenas 11 passageiros e seria usada por assessores presidenciais.
Não foi a primeira vez que uma aeronave presidencial apresentou problemas técnicos. Em outubro de 2024, o avião de Lula teve problema na turbina e ficou cerca de cinco horas dando voltas no ar na Cidade do México.
O que diz o Planalto
Em nota, a Secretaria de Comunicação da Presidência (Secom) informou que Lula precisou trocar de aeronave em Belém por conta de um protocolo de segurança.
Leia a íntegra da nota:
“O presidente Luiz Inácio Lula da Silva precisou trocar de aeronave antes de decolar de Belém (PA) com destino a Breves, no Arquipélago do Marajó, no Pará, na manhã de quinta-feira, 2 de outubro. Inicialmente, o trajeto seria feito em um C-105 Amazonas, da Força Aérea Brasileira (FAB), que não integra a frota presidencial, mas foi escolhido por ser adequado às condições da pista no município de destino. O avião é usado com frequência para transporte de tropas e cargas, além do deslocamento do presidente quando é necessário pousar em pistas curtas.
Ainda em solo, durante os procedimentos de acionamento dos motores, foi identificado um problema técnico-operacional na aeronave. Por precaução e seguindo protocolos de segurança, a FAB optou por utilizar uma aeronave reserva (sempre disponível nas missões presidenciais). O modelo utilizado foi um C-97 Brasília.
O voo foi realizado normalmente e o presidente cumpriu toda a agenda prevista em Breves em segurança e sem alterações no roteiro.“
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