Gilmar Mendes: “Não há ditadura da toga, tampouco ministros tiranos”
Após fala de Tarcísio sobre "tirania" de Moraes, do STF, magistrado defendeu a Corte e diz que cumpre o papel de "guardião da Constituição"

O ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), rebateu neste domingo (7/9) a declaração do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), em que ele classifica o magistrado Alexandre de Moraes como “tirano”.
“No Dia da Independência, é oportuno reiterar que a verdadeira liberdade não nasce de ataques às instituições, mas do seu fortalecimento. Não há no Brasil ‘ditadura da toga’, tampouco ministros agindo como tiranos. O STF tem cumprido seu papel de guardião da Constituição e do Estado de Direito, impedindo retrocessos e preservando as garantias fundamentais”, escreveu o ministro em sua página no X (ex-Twitter).
Na publicação, Gilmar alertou sobre os “perigos do autoritarismo” e falou em um “passado recente” do Brasil: “Milhares de mortos em uma pandemia, vacinas deliberadamente negligenciadas por autoridades, ameaças ao sistema eleitoral e à separação de Poderes, acampamentos diante de quartéis pedindo intervenção militar, tentativa de golpe de Estado com violência e destruição do patrimônio público, além de planos de assassinato contra autoridades da República”.
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No caso em que 0 ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) é julgado na Suprema Corte por tentativa de golpe de Estado, está inclusa a suposta tentativa de matar o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), o vice-presidente, Geraldo Alckmin (PSB), e o ministro Moraes.
Na fala de Tarcísio, ele diz que “ninguém aguenta mais a tirania do ministro Moraes”. Em resposta ao aliado de Bolsonaro, Gilmar disse que “o que o Brasil realmente não aguenta mais são as sucessivas tentativas de golpe que, ao longo de sua história, ameaçaram a democracia e a liberdade do povo”.
E seguiu: “É fundamental que se reafirme: crimes contra o Estado Democrático de Direito são insuscetíveis de perdão! Cabe às instituições puni-los com rigor e garantir que jamais se repitam”.
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