Globo é condenada a indenizar produtor alvo de piadas de Faustão

A Rede Globo foi condenada pela Justiça do Trabalho a indenizar um ex-produtor em R$ 220 mil em danos morais. Segundo a ação, o profissional relata que por anos foi alvo de “chacotas” do apresentador Faustão ao vivo no Domingão do Faustão.

A decisão cabe recurso. De acordo com o processo, Renato Moreira Lima foi “exposto ao ridículo e teve de aguentar comentários desrespeitosos” do apresentador durante as gravações do programa dominical. Muitos destes momentos “constrangedores” teriam chegado inclusive a ser transmitidos em rede nacional.

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Renato Moreira Lima, produtor que ganhou ação contra Globo por piadas de FaustãoReprodução/Globo2 de 6

Faustão teria feito produtor alvo de chacota e humilhações, segundo a açãoReprodução/Globo3 de 6

Produtor trabalhou na produção do programa durante os anos 2010Reprodução/Globo4 de 6

Renato Moreira Lima, produtor que ganhou ação contra Globo por piadas de FaustãoReprodução/Globo5 de 6

Faustão teria feito produtor alvo de chacota e humilhações, segundo a açãoReprodução/Globo6 de 6

FaustãoReprodução/Globo

O produtor detalha ainda que Faustão usava a aparência, a forma de trabalhar e até a vida pessoal do contratado para fazer piadas à plateia e aos telespectadores. Ele declarou, por fim, que não havia dado autorização de uso de imagem no programa.

Em uma das ocasiões, Faustão teria tido que a música Rap do Feio, do cantor Gabriel O Pensador, teria sido feita em homenagem ao produtor: “Ele [Renato] pensava em ser galã de Malhação, não conseguiu e acabou no Domingão”.

De fato, Renato era uma figura presente nas exibições do Domingão da Globo no início dos anos 2010. Nas redes sociais, internautas resgataram participações do produtor no programa. Veja:

Na defesa, a Globo afirmou que nunca houve uma queixa formal de Renato contra o apresentador. A emissora alegou ainda que ambos mantinham laço de amizade fora dos estúdios e que nunca houve qualquer desentendimento ao longo do período em que o profissional trabalhou na produção do programa.

A Globo disse ainda que o produtor teria participado do programa por livre espontânea vontade e acusou-o de má-fé ao abrir o processo após encerrar o contrato para ir para outra emissora.

Na decisão, a magistrada reconheceu que Renato era “frequentemente alvo de interações e brincadeiras por parte do apresentador” e julgou a conduta da empresa abusiva. Além da indenização, a Globo também foi condenada a pagar outros valores referentes a horas extras e direitos trabalhistas.

O Metrópoles acionou a defesa de ambos os lados do processo e aguarda retorno. O espaço será atualizado em caso de manifestações.