Guerra em Gaza já deixou 64 mil crianças mortas ou feridas, diz Unicef
"Não somos números": dois anos da guerra em Gaza Um relatório do Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) apontou que 64 mil crianças morreram ou ficaram feridas durante os dois anos da guerra na Faixa de Gaza. Os dados foram divulgados nesta quarta-feira (8). ✅ Clique aqui para seguir o canal de notícias internacionais do g1 no WhatsApp Segundo a Unicef, entre as crianças mortas e feridas estão pelo menos mil bebês. Em um comunicado, a diretora-executiva do órgão, Catherine Russell, indicou que o número de vítimas pode ser ainda maior. "Não sabemos quantas outras morreram devido a doenças evitáveis ou estão soterradas sob os escombros", afirmou. "A fome persiste na Cidade de Gaza e está se espalhando para o sul, onde as crianças já vivem em condições terríveis. A crise de desnutrição, especialmente entre bebês, continua chocante." O g1 entrou em contato com as Forças de Defesa de Israel e aguarda retorno. A Unicef afirmou ainda que, desde sábado (4), 14 crianças morreram. A organização fez um apelo para que Israel garanta a proteção de civis que estão em Gaza e pediu que o mundo não permita que os ataques contra o território palestino continuem. "Cada criança morta é uma perda irreparável. Pelo bem de todas as crianças em Gaza, esta guerra precisa acabar agora." Na terça-feira (7), a Unicef afirmou que Israel estava barrando a transferência de incubadoras de um hospital no norte de Gaza para instituições superlotadas no sul do território. Segundo a organização, bebês recém-nascidos têm compartilhado máscaras de oxigênio. James Elder, porta-voz da Unicef, afirmou que visitou um hospital no sul de Gaza em que três bebês e três mães dividiam uma cama de solteiro e uma fonte de oxigênio. As mães se revezavam em turnos de 20 minutos. Israel negou as alegações da Unicef e disse que está permitindo o transporte de equipamentos médicos do sul para o norte de Gaza. O COGAT, braço militar israelense que supervisiona o fluxo de ajuda para Gaza, ressaltou que centenas de pedidos de coordenação para comboios humanitários, incluindo a transferência de alimentos, equipamentos médicos, combustível e equipes, têm sido aprovados. LEIA TAMBÉM Brasileiro é condenado a 10 anos de prisão por tentar atirar na cabeça de Cristina Kirchner VÍDEO mostra momento em que helicóptero cai e capota ao lado de carros nos EUA Rússia ameaça deixar acordo com EUA para descartar plutônio usado em ogivas nucleares Dois anos de guerra Crianças e adultos palestinos se deslocam para o sul de Gaza após ordem de Israel, em 21 de setembro de 2025 REUTERS/Mahmoud Issa A guerra entre Israel e o grupo terrorista Hamas completou dois anos na terça-feira, em meio a negociações sobre um possível cessar-fogo. Em discussão está um plano apresentado pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, que pode levar a um fim definitivo do conflito. No dia 7 de outubro de 2023, o Hamas lançou um ataque coordenado contra Israel, matando mais de 1.200 pessoas e sequestrando outras 251. Em resposta, os militares israelenses iniciaram uma ampla operação para eliminar o grupo. A guerra resultou em destruição generalizada na Faixa de Gaza, com cidades reduzidas a escombros e a população enfrentando uma crise humanitária. Segundo o Ministério da Saúde controlado pelo Hamas, mais de 60 mil palestinos morreram desde o início do conflito. Parte da comunidade internacional vê na proposta apresentada por Trump um sinal de esperança para, ao menos, um cessar-fogo no curto prazo. Mas ainda há obstáculos. Os dois lados tentam mostrar disposição nas negociações de um cessar-fogo, mas têm seus próprios interesses. Para o premiê israelense, Benjamin Netanyahu, apoiar o plano pode ser uma forma de manter boas relações com os Estados Unidos. Ao mesmo tempo, ele tenta mostrar que não cedeu demais para não perder apoio político interno e rejeita a ideia da criação de um Estado palestino. Já o Hamas disse que concorda em libertar todos os reféns e aceita entregar o governo de Gaza a um órgão independente, mas ressaltou que alguns pontos ainda precisam ser negociados. Com isso, apesar de ter dado um sinal positivo, o grupo terrorista deixou várias questões em aberto. Israel afirma que 48 reféns continuam sob poder do Hamas, dos quais 20 estão vivos. VÍDEOS: mais assistidos do g1


"Não somos números": dois anos da guerra em Gaza Um relatório do Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) apontou que 64 mil crianças morreram ou ficaram feridas durante os dois anos da guerra na Faixa de Gaza. Os dados foram divulgados nesta quarta-feira (8). ✅ Clique aqui para seguir o canal de notícias internacionais do g1 no WhatsApp Segundo a Unicef, entre as crianças mortas e feridas estão pelo menos mil bebês. Em um comunicado, a diretora-executiva do órgão, Catherine Russell, indicou que o número de vítimas pode ser ainda maior. "Não sabemos quantas outras morreram devido a doenças evitáveis ou estão soterradas sob os escombros", afirmou. "A fome persiste na Cidade de Gaza e está se espalhando para o sul, onde as crianças já vivem em condições terríveis. A crise de desnutrição, especialmente entre bebês, continua chocante." O g1 entrou em contato com as Forças de Defesa de Israel e aguarda retorno. A Unicef afirmou ainda que, desde sábado (4), 14 crianças morreram. A organização fez um apelo para que Israel garanta a proteção de civis que estão em Gaza e pediu que o mundo não permita que os ataques contra o território palestino continuem. "Cada criança morta é uma perda irreparável. Pelo bem de todas as crianças em Gaza, esta guerra precisa acabar agora." Na terça-feira (7), a Unicef afirmou que Israel estava barrando a transferência de incubadoras de um hospital no norte de Gaza para instituições superlotadas no sul do território. Segundo a organização, bebês recém-nascidos têm compartilhado máscaras de oxigênio. James Elder, porta-voz da Unicef, afirmou que visitou um hospital no sul de Gaza em que três bebês e três mães dividiam uma cama de solteiro e uma fonte de oxigênio. As mães se revezavam em turnos de 20 minutos. Israel negou as alegações da Unicef e disse que está permitindo o transporte de equipamentos médicos do sul para o norte de Gaza. O COGAT, braço militar israelense que supervisiona o fluxo de ajuda para Gaza, ressaltou que centenas de pedidos de coordenação para comboios humanitários, incluindo a transferência de alimentos, equipamentos médicos, combustível e equipes, têm sido aprovados. LEIA TAMBÉM Brasileiro é condenado a 10 anos de prisão por tentar atirar na cabeça de Cristina Kirchner VÍDEO mostra momento em que helicóptero cai e capota ao lado de carros nos EUA Rússia ameaça deixar acordo com EUA para descartar plutônio usado em ogivas nucleares Dois anos de guerra Crianças e adultos palestinos se deslocam para o sul de Gaza após ordem de Israel, em 21 de setembro de 2025 REUTERS/Mahmoud Issa A guerra entre Israel e o grupo terrorista Hamas completou dois anos na terça-feira, em meio a negociações sobre um possível cessar-fogo. Em discussão está um plano apresentado pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, que pode levar a um fim definitivo do conflito. No dia 7 de outubro de 2023, o Hamas lançou um ataque coordenado contra Israel, matando mais de 1.200 pessoas e sequestrando outras 251. Em resposta, os militares israelenses iniciaram uma ampla operação para eliminar o grupo. A guerra resultou em destruição generalizada na Faixa de Gaza, com cidades reduzidas a escombros e a população enfrentando uma crise humanitária. Segundo o Ministério da Saúde controlado pelo Hamas, mais de 60 mil palestinos morreram desde o início do conflito. Parte da comunidade internacional vê na proposta apresentada por Trump um sinal de esperança para, ao menos, um cessar-fogo no curto prazo. Mas ainda há obstáculos. Os dois lados tentam mostrar disposição nas negociações de um cessar-fogo, mas têm seus próprios interesses. Para o premiê israelense, Benjamin Netanyahu, apoiar o plano pode ser uma forma de manter boas relações com os Estados Unidos. Ao mesmo tempo, ele tenta mostrar que não cedeu demais para não perder apoio político interno e rejeita a ideia da criação de um Estado palestino. Já o Hamas disse que concorda em libertar todos os reféns e aceita entregar o governo de Gaza a um órgão independente, mas ressaltou que alguns pontos ainda precisam ser negociados. Com isso, apesar de ter dado um sinal positivo, o grupo terrorista deixou várias questões em aberto. Israel afirma que 48 reféns continuam sob poder do Hamas, dos quais 20 estão vivos. VÍDEOS: mais assistidos do g1
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