Jovens torturadas e mortas em live na Argentina: ministra pede pena máxima a quem assistiu a transmissão ao vivo
Jovens foram vistas entrando em carro antes de serem achadas mortas em Buenos Aires A ministra da Segurança da Argentina, Patricia Bullrich, pediu nesta quarta (1º) que a Justiça da província de Buenos Aires estenda a Lei Antimáfia ao caso do assassinato e tortura de três jovens argentinas transmitido via live por uma quadrilha ligada ao narcotráfico. ✅ Clique aqui para seguir o canal de notícias internacionais do g1 no WhatsApp Em uma coletiva de imprensa transmitida pela TV pública "TPA", Bullrich pediu que a medida incluísse os 45 espectadores da transmissão, que podem ser responsabilizados e receber a pena máxima prevista. "Propusemos à Justiça da província de Buenos Aires que coloque em prática a lei antimáfia, contra o crime organizado. Hoje há nove detidos neste caso e, com essa legislação, todos eles, assim como os 45 que teriam assistido ao vídeo, podem receber a mesma pena máxima aplicada ao principal líder da organização." Tony Valverde Victoriano, conhecido como Pequeño J, foi preso nesta na terça-feira (30) na cidade de peruana Pucusana. Ele é apontado como o mentor do crime que chocou a Argentina pela brutalidade. Os corpos de Brenda Castillo e Morena Verri, de 20 anos, e Lara Gutiérrez, de 15, foram encontrados esquartejados em 25 de setembro, em uma casa ligada a uma organização criminosa, menos de uma semana após terem sido vistos pela última vez. Saiba quem eram jovens torturadas. A ministra ressaltou que este foi um triplo assassinato com características mafiosas e que, pela lei, ninguém teria penas reduzidas por participação menor: todos seriam responsabilizados igualmente, já que todos participaram do crime. Por isso, o governo pede que a província de Buenos Aires aplique a norma. Quem são as vítimas? As três mulheres foram identificadas como: Brenda Castillo, de 20 anos, mãe de uma criança; Morena Verri, 20 anos; Lara Morena Gutiérrez, de 15 anos. Morena Verdi, Brenda Castillo e Lara Gutiérrez Redes sociais / Reprodução Elas eram do distrito de La Matanza, o mais populoso dos 135 distritos da província de Buenos Aires, e trabalhavam como profissionais do sexo. Brenda Castillo De acordo com o jornal argentino La Nación, Brenda tinha 20 anos e era descrita pela família como uma jovem dedicada ao filho pequeno. Seu pai contou que a criou desde muito cedo, tentando ser o melhor pai possível apesar das dificuldades. A mãe, emocionada, disse que a filha era “uma boa menina” e exigiu justiça: “Eles a tiraram de mim e eu quero que paguem por tudo o que me fizeram”. Segundo a autópsia, Brenda foi esfaqueada no pescoço, agredida no rosto e morta com um golpe que esmagou sua face. Depois, teve o abdômen aberto pelos assassino. Morena Verri Morena era prima de Brenda e foi morta com extrema violência. A perícia apontou que ela foi espancada no rosto e assassinada com o pescoço quebrado. "Minha esposa chora, minha filha chora. Não conseguimos parar de chorar", relatou o avô das garotas em entrevista ao 'La Nación'. “Brenda e Morena estavam sempre brigando para ver quem carregaria a alça do meu caixão . Brenda dizia: 'Eu carrego a alça da frente, Tata'. E agora eu tenho que carregar a alça do caixão" Lara Gutiérrez, 15 anos A mais jovem do grupo, Lara foi vítima de uma crueldade ainda maior. Segundo a autópsia, teve cinco dedos da mão esquerda e uma orelha decepados antes de ser morta com golpes no pescoço. A irmã dela, Agostina, denunciou nas redes sociais que sua casa foi alvo de tiros após o crime e acusou uma quadrilha de peruanos de estar por trás da barbárie. O caso escancarou a brutalidade de um narcotráfico que, segundo investigadores, decidiu “dar o exemplo” ao torturar e executar adolescentes.


Jovens foram vistas entrando em carro antes de serem achadas mortas em Buenos Aires A ministra da Segurança da Argentina, Patricia Bullrich, pediu nesta quarta (1º) que a Justiça da província de Buenos Aires estenda a Lei Antimáfia ao caso do assassinato e tortura de três jovens argentinas transmitido via live por uma quadrilha ligada ao narcotráfico. ✅ Clique aqui para seguir o canal de notícias internacionais do g1 no WhatsApp Em uma coletiva de imprensa transmitida pela TV pública "TPA", Bullrich pediu que a medida incluísse os 45 espectadores da transmissão, que podem ser responsabilizados e receber a pena máxima prevista. "Propusemos à Justiça da província de Buenos Aires que coloque em prática a lei antimáfia, contra o crime organizado. Hoje há nove detidos neste caso e, com essa legislação, todos eles, assim como os 45 que teriam assistido ao vídeo, podem receber a mesma pena máxima aplicada ao principal líder da organização." Tony Valverde Victoriano, conhecido como Pequeño J, foi preso nesta na terça-feira (30) na cidade de peruana Pucusana. Ele é apontado como o mentor do crime que chocou a Argentina pela brutalidade. Os corpos de Brenda Castillo e Morena Verri, de 20 anos, e Lara Gutiérrez, de 15, foram encontrados esquartejados em 25 de setembro, em uma casa ligada a uma organização criminosa, menos de uma semana após terem sido vistos pela última vez. Saiba quem eram jovens torturadas. A ministra ressaltou que este foi um triplo assassinato com características mafiosas e que, pela lei, ninguém teria penas reduzidas por participação menor: todos seriam responsabilizados igualmente, já que todos participaram do crime. Por isso, o governo pede que a província de Buenos Aires aplique a norma. Quem são as vítimas? As três mulheres foram identificadas como: Brenda Castillo, de 20 anos, mãe de uma criança; Morena Verri, 20 anos; Lara Morena Gutiérrez, de 15 anos. Morena Verdi, Brenda Castillo e Lara Gutiérrez Redes sociais / Reprodução Elas eram do distrito de La Matanza, o mais populoso dos 135 distritos da província de Buenos Aires, e trabalhavam como profissionais do sexo. Brenda Castillo De acordo com o jornal argentino La Nación, Brenda tinha 20 anos e era descrita pela família como uma jovem dedicada ao filho pequeno. Seu pai contou que a criou desde muito cedo, tentando ser o melhor pai possível apesar das dificuldades. A mãe, emocionada, disse que a filha era “uma boa menina” e exigiu justiça: “Eles a tiraram de mim e eu quero que paguem por tudo o que me fizeram”. Segundo a autópsia, Brenda foi esfaqueada no pescoço, agredida no rosto e morta com um golpe que esmagou sua face. Depois, teve o abdômen aberto pelos assassino. Morena Verri Morena era prima de Brenda e foi morta com extrema violência. A perícia apontou que ela foi espancada no rosto e assassinada com o pescoço quebrado. "Minha esposa chora, minha filha chora. Não conseguimos parar de chorar", relatou o avô das garotas em entrevista ao 'La Nación'. “Brenda e Morena estavam sempre brigando para ver quem carregaria a alça do meu caixão . Brenda dizia: 'Eu carrego a alça da frente, Tata'. E agora eu tenho que carregar a alça do caixão" Lara Gutiérrez, 15 anos A mais jovem do grupo, Lara foi vítima de uma crueldade ainda maior. Segundo a autópsia, teve cinco dedos da mão esquerda e uma orelha decepados antes de ser morta com golpes no pescoço. A irmã dela, Agostina, denunciou nas redes sociais que sua casa foi alvo de tiros após o crime e acusou uma quadrilha de peruanos de estar por trás da barbárie. O caso escancarou a brutalidade de um narcotráfico que, segundo investigadores, decidiu “dar o exemplo” ao torturar e executar adolescentes.
What's Your Reaction?






