Rússia diz que Europa encoraja Ucrânia a continuar a guerra e nega plano para atacar Otan: 'Estão criando histeria'
Vladimir Putin Alexander KAZAKOV / POOL / AFP A Rússia acusou a Europa de estar impedindo um acordo de paz entre o país e a Ucrânia, e negou que esteja interessada em entrar em conflito com a Otan, nesta quinta-feira (2). ✅ Clique aqui para seguir o canal de notícias internacionais do g1 no WhatsApp O presidente russo, Vladimir Putin, afirmou que os líderes europeus "estão criando histeria, dizendo que a guerra com a Rússia está próxima", mas que isso não está nos planos de Moscou. "Todos os países da Otan estão lutando contra a Rússia na Ucrânia. Eles estão fornecendo inteligência, armas e treinamento. Esse é um desafio sério para a Rússia, mas o exército russo é o mais capaz", declarou. No entanto, Putin também afirmou que está acompanhando de perto os movimentos de militarização feito pelos países europeus e que irá responder a qualquer provocação: "Se alguém quiser competir na esfera militar, a Rússia provará mais uma vez que respondemos rapidamente. A Rússia não deve ser provocada. A fraqueza é inaceitável". Questionado sobre a declaração dada pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, de que a Rússia é um "tigre de papel", Putin ironizou: "Não sei se ele foi irônico, mas se a Rússia é um tigre de papel, então o que é a Otan?". Mais cedo, o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, já havia feito as mesmas acusações. Disse a jornalistas que, um mês e meio após o encontro no Alasca entre Putin e Trump, "o mundo não está mais perto da paz" porque os líderes europeus estão encorajando o governo ucraniano a abandonar as negociações para continuar a guerra. Dmitry Peskov REUTERS Apesar de apontar a "histeria" da Europa como o "principal fator" que atualmente atua como obstáculo para a paz, o representante de Moscou também falou sobre a possibilidade dos EUA fornecerem mísseis Tomahawk à Ucrânia para ataques no interior da Rússia. Afirmou que está ciente de que o país está considerando a medida e que, se ela se concretizar, exigirá uma resposta da Rússia: "Se isso acontecer, será uma nova rodada séria de tensão que exigirá uma resposta adequada do lado russo", lamentou, seguindo, no entanto, com um tom mais conciliador: "Mas, por outro lado, também permanece óbvio que não há pílula mágica, nenhuma arma mágica para o regime de Kiev, nenhuma arma pode mudar radicalmente o curso dos acontecimentos". A informação de que os EUA estão considerando o pedido da Ucrânia para obter mísseis Tomahawk de longo alcance foi confirmada no domingo (28) pelo vice-presidente americano, J.D. Vance. A solicitação teria sido feita pelo presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, e a compra seria feita por países europeus que os enviariam para a Ucrânia. Os mísseis Tomahawk têm um alcance de 2.500 km (1.550 milhas) e seriam um recurso poderoso no arsenal da Ucrânia, no combate aos bombardeios regulares de mísseis e drones russos. Sobre o fato dos EUA estarem fornecendo informações sobre alvos de infraestrutura energética de longo alcance na Rússia, Peskov minimizou: "Eles já fizeram isso". Europa planeja defesa de ameaças aéreas da Rússia Países da Otan acusam a Rússia Os governos de países da Europa que já registraram drones de origem desconhecida em seu espaço aéreo vêm acusando a Rússia de estar por trás do que chamam de um "ataque híbrido" de Moscou. Aeronaves do tipo foram registradas na Polônia, na Romênia e na Dinamarca e levantaram suspeitas de uma ofensiva coordenada. O último episódio ocorreu na noite de sexta-feira (26), quando drones de origem desconhecida foram avistados sobre a maior base militar da Dinamarca, dias depois de o país anunciar que adquiriria armas de precisão de longo alcance pela primeira vez, argumentando que a Rússia representaria uma ameaça "nos próximos anos". Depois disso, a Otan anunciou que vai fortalecer a segurança no mar Báltico.


Vladimir Putin Alexander KAZAKOV / POOL / AFP A Rússia acusou a Europa de estar impedindo um acordo de paz entre o país e a Ucrânia, e negou que esteja interessada em entrar em conflito com a Otan, nesta quinta-feira (2). ✅ Clique aqui para seguir o canal de notícias internacionais do g1 no WhatsApp O presidente russo, Vladimir Putin, afirmou que os líderes europeus "estão criando histeria, dizendo que a guerra com a Rússia está próxima", mas que isso não está nos planos de Moscou. "Todos os países da Otan estão lutando contra a Rússia na Ucrânia. Eles estão fornecendo inteligência, armas e treinamento. Esse é um desafio sério para a Rússia, mas o exército russo é o mais capaz", declarou. No entanto, Putin também afirmou que está acompanhando de perto os movimentos de militarização feito pelos países europeus e que irá responder a qualquer provocação: "Se alguém quiser competir na esfera militar, a Rússia provará mais uma vez que respondemos rapidamente. A Rússia não deve ser provocada. A fraqueza é inaceitável". Questionado sobre a declaração dada pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, de que a Rússia é um "tigre de papel", Putin ironizou: "Não sei se ele foi irônico, mas se a Rússia é um tigre de papel, então o que é a Otan?". Mais cedo, o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, já havia feito as mesmas acusações. Disse a jornalistas que, um mês e meio após o encontro no Alasca entre Putin e Trump, "o mundo não está mais perto da paz" porque os líderes europeus estão encorajando o governo ucraniano a abandonar as negociações para continuar a guerra. Dmitry Peskov REUTERS Apesar de apontar a "histeria" da Europa como o "principal fator" que atualmente atua como obstáculo para a paz, o representante de Moscou também falou sobre a possibilidade dos EUA fornecerem mísseis Tomahawk à Ucrânia para ataques no interior da Rússia. Afirmou que está ciente de que o país está considerando a medida e que, se ela se concretizar, exigirá uma resposta da Rússia: "Se isso acontecer, será uma nova rodada séria de tensão que exigirá uma resposta adequada do lado russo", lamentou, seguindo, no entanto, com um tom mais conciliador: "Mas, por outro lado, também permanece óbvio que não há pílula mágica, nenhuma arma mágica para o regime de Kiev, nenhuma arma pode mudar radicalmente o curso dos acontecimentos". A informação de que os EUA estão considerando o pedido da Ucrânia para obter mísseis Tomahawk de longo alcance foi confirmada no domingo (28) pelo vice-presidente americano, J.D. Vance. A solicitação teria sido feita pelo presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, e a compra seria feita por países europeus que os enviariam para a Ucrânia. Os mísseis Tomahawk têm um alcance de 2.500 km (1.550 milhas) e seriam um recurso poderoso no arsenal da Ucrânia, no combate aos bombardeios regulares de mísseis e drones russos. Sobre o fato dos EUA estarem fornecendo informações sobre alvos de infraestrutura energética de longo alcance na Rússia, Peskov minimizou: "Eles já fizeram isso". Europa planeja defesa de ameaças aéreas da Rússia Países da Otan acusam a Rússia Os governos de países da Europa que já registraram drones de origem desconhecida em seu espaço aéreo vêm acusando a Rússia de estar por trás do que chamam de um "ataque híbrido" de Moscou. Aeronaves do tipo foram registradas na Polônia, na Romênia e na Dinamarca e levantaram suspeitas de uma ofensiva coordenada. O último episódio ocorreu na noite de sexta-feira (26), quando drones de origem desconhecida foram avistados sobre a maior base militar da Dinamarca, dias depois de o país anunciar que adquiriria armas de precisão de longo alcance pela primeira vez, argumentando que a Rússia representaria uma ameaça "nos próximos anos". Depois disso, a Otan anunciou que vai fortalecer a segurança no mar Báltico.
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